sábado, 5 de dezembro de 2015


Eles pedem cancelamento da reestruturação e dizem que ocupação segue.
Mudanças foram suspensas pelo governador Geraldo Alckmin na sexta.


                                           Manifestantes na Rua da Consolação, altura do Cemitério (Foto: Fabio Tito/G1)

Um dia após o governador Geraldo Alckmin (PSDB) anunciar a suspensão da reorganização escolar, manifestantes voltaram a protestar neste sábado (5) contra a reestruturação do ensino paulista. Um grupo caminhou pela Avenida Paulista e pela Rua da Consolação até a Praça da República, onde fica a Secretaria da Educação. Eles pediram o cancelamento da reorganização escolar no estado.
Os manifestantes levaram faixas e cartazes dizendo que "a luta só acaba quando a vitória for completa". O protesto começou às 15h e acabou por volta das 18h.
O protesto foi pacífico. A Polícia Militar acompanhou o trajeto. Alguns estudantes fizeram um "catracaço" no Metrô República, saltando ou passando por baixo das catracas. Houve um princípio de confusão com os seguranças do Metrô, mas o tumulto acabou rapidamente.
O decreto que revogou a transferência dos funcionários da Secretaria da Educação foi publicado no Diário Oficial neste sábado. Segundo Alckmin, ao longo deste ano a Secretaria da Educação vai discutir as mudanças nas escolas com os pais e alunos caso a caso.
O governo afirma que o objetivo da reforma é aumentar o número de unidades com ciclos únicos, diminuindo assim o número de escolas que atendem crianças e adolescentes de diferentes faixas etárias.
Suspensão
A decisão foi tomada após uma onda de protestos realizada por estudantes que ocuparam escolas por todo o estado. São 195 escolas ocupadas, segundo a Secretaria da Educação – o sindicato dos professores, Apeoesp, afirma que são 205.
O governador recuou e suspendeu a reestruturação que previa o fechamento de mais de 90 escolas e afetaria mais de 300 mil alunos nesta sexta. Na mesma data também foi divulgado pelo instituto Datafolha que o governador teve seu índice de popularidade mais baixo, com apenas 28% de aprovação.
Durante os protestos, a Polícia Militar foi criticada por agir com truculência com os estudantes que interditaram vias públicas da capital paulista.
O tucano disse que irá dialogar com pais e alunos no ano que vem a respeito da reorganização da rede de ensino estadual e que os estudantes permanecerão em suas unidades em 2016.
O secretário de Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorwald, em foto de 2013 (Foto: Tiago Queiroz/Estadão Conteúdo)O ex-secretário de Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorwald (Foto: Tiago Queiroz/Estadão)
Após o governador suspender a reforma da rede de ensino, o secretário da Educação do Estado de São Paulo, Herman Voorwald, pediu para deixar o cargo. A carta com o pedido de demissão foi entregue ao governador, que aceitou a decisão de Voorwald. Alckmin deve anunciar o nome do novo secretário no início da próxima semana.
Fonte: G1

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