De acordo com informações da Companhia de Desenvolvimento Urbano da Região do Porto do Rio de Janeiro (Cdurp), o novo trecho terá 3,5 km de extensão e três faixas por sentido, além de saídas para a distribuição interna do trânsito. O sistema é parte do projeto Porto Maravilha que, além da abertura da Via Binário do Porto, também transformará a Avenida Rodrigues Alves em uma Via Expressa.
Haverá uma ampliação do número maior de faixas de rolamento, que subirá das oito atuais para 12 até 2016, aumentando a capacidade de trânsito no trecho. Além disso, ruas que eram inutilizadas, como a Via Trilhos, foram abertas pelo projeto, o que contribui para a ampliação do fluxo e acesso. O projeto ainda prevê a instalação de ciclovias e do VLT, novas alternativas de tráfego.
As obras prometem transformar não apenas a mobilidade urbana, mas também a relação da população carioca com o local. Considerada apenas trecho de passagem, principalmente de veículos, a Região Portuária do Rio passará a ser atrativa também para pedestres. Ao substituir o trecho da Avenida Rodrigues Alves entre o Armazém 6 e a Praça Mauá por túnel subterrâneo, o espaço passa a ser destinado ao passeio público e à área de convivência. As paisagens escondidas do local, há muito esquecidas, voltam a fazer parte do cenário da cidade.
O Morro da Saúde, abrigo da Igreja da Nossa Senhora da Saúde, erguida em 1742, voltará a ser avistado de perto, além da Cidade do Samba e da Praça da Harmonia, que devem ter um aumento nas suas visitações.
Desaparecimento de vigas removidas da Perimetral
Nesta terça-feira (8), foi constatado o desaparecimento de seis vigas de 40 metros de comprimento, 60 centímetros de largura e 20 toneladas, que foram retiradas da Perimetral como parte do processo de demolição do Elevado. As vigas estavam em um depósito da Prefeitura e seriam vendidas em leilão ou utilizadas em obras municipais. Juntas, as vigas valem cerca de R$ 14 milhões, segundo avaliação do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea-RJ).
O prefeito Eduardo Paes classificou o desaparecimento das vigas como "inacreditável". De acordo com ele, a Concessionária Porto Novo, que tem a concessão da área, terá que ressarcir a prefeitura caso as vigas não apareçam. "Eles tinham a obrigação de tirar e guardar para a prefeitura. Isso é um absurdo, mas ninguém vai imaginar também que alguém ia roubar vigas com não sei quantas toneladas. O concessionário vai ter que pagar por isso".
Em nota oficial, a Cdurp informa que determinou à Concessionária Porto Novo, responsável pela guarda do material, que desse início imediato à apuração dos fatos a fim de recuperar as peças e punir os responsáveis. Procurada pelo Jornal do Brasil, a assessoria da Concessionária Porto Novo não retornou o contato.
Fonte: Jornal do Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário