quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Professores do Rio avaliam acordo com prefeitura e estado

Categoria se reúne na quinta e sexta

Os professores do Estado e do município do Rio de Janeiro decidem nesta semana se a grave da categoria continua, após a reunião de conciliação promovida graças aos esforços do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, com o governo do estado e a prefeitura. A coordenadora-geral do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe), Marta Moraes, ressalta que o acordo firmado não atendeu a maior parte das reivindicações da categoria, mas é fundamental, por reabrir o diálogo entre a categoria e o poder público.
"Nossa avaliação é que poderíamos ter avançado muito mais, tanto no governo do estado quando no município. O pouco que se construiu, foi graças à intervenção do Supremo Tribunal. Vamos passar toda essa discussão à categoria nas assembleias e ela vai definir se continua ou não a greve. A assembleia é sempre soberana", declarou Marta.
Os professores do estado se reunirão em assembleia nesta quinta-feira (24/10), às 14h. Já os profissionais do município têm assembleia marcada para sexta-feira, às 13h. 
Os professores da rede municipal reivindicavam a reabertura de negociação e a elaboração de novo Plano de Cargos e Salários, diferente do que foi aprovado pela Câmara Municipal e sancionado pelo prefeito Eduardo Paes. O plano não foi revisto, de acordo com Marta, por questões jurídicas. A Prefeitura também manteve o reajuste de 8% nos salários, contra os 15% solicitados. "Não conseguimos a revogação do plano, mas conseguimos 6,75% para todos os funcionários, atualização do salário mínimo e vencimento de 8% para todos". 
O Governo de Cabral, no entanto, não ofereceu nenhum reajuste, além dos 8% de abril. A categoria pedia 20%. Ficou acordado, no entanto, que será criado um grupo de trabalho para discutir questões pedagógicas, como implementação de um terço da carga horária para planejamento de aula e revisão da grade curricular. "Temos uma grade curricular muito ruim, muito pouco qualitativa. A gente quer mostrar ao governo que mudanças são possíveis, e ouvir também o outro lado. A intenção é que o resultado da reunião seja implementado a partir de 2014. É fundamental a reabertura da negociação. Esperamos que as portas não voltem a se fechar", declarou. 
A reunião da categoria com o governo do estado deve acontecer dentro de duas semanas. No município, ainda deve ser criado o fórum de discussão entre Secretaria de Educação, Sepe, e conselho da escola com a comunidade.

Fonte: Jornal do Brasil Pamela Mascarenhas

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