quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

Pezão é identificado como recebedor de propina em documentos apreendidos pela PF

Material foi encontrado durante uma busca na casa de Luiz Carlos Bezerra, apontado operador financeiro de uma organização criminosa

Pezão é identificado como recebedor de propina em documentos apreendidos pela PFAgência Brasil

Rio - A Polícia Federal encontrou indícios de que o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), recebeu propina da organização criminosa que seria liderada pelo ex-governador Sérgio Cabral. O documento foi entregue ao juiz federal Marcelo da Costa Bretas, que sugere o encaminhamento do material ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), já que Pezão tem foro privilegiado.

O material foi encontrado durante uma busca na casa de Luiz Carlos Bezerra. Ele é suspeito de ser o operador financeiro do esquema. Assim como Cabral, Bezerra também foi preso na Operação Calicute, um desdobramento da Operação Lava Jato. A polícia informou ainda que foram achadas anotações sobre a distribuição da propina recebida por Cabral com a identificação de Pezão.
"Apesar de ainda não terminada a análise do material (outras pessoas recebedoras de valores estão sendo identificadas), é certo que foi identificado como recebedor de valores o senhor Luiz Fernando Pezão", diz no documento o delegado da PF Antonio Carlos Beaubrun Junior.
Em nota, Pezão afirmou que "continua à disposição da Justiça para prestar todos os esclarecimentos a respeito das investigações". O governador ressalta que suas contas já foram analisadas em processos anteriores da Polícia Federal, e "estes foram arquivados".
Doações de empresas provocam cassação de mandato de Pezão e Dornelles
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) decidiu nesta quarta-feira, por três votos a dois, cassar os mandatos do governador e do vice Francisco Dornelles. Entre as denunciadas, estão as construtoras Queiroz Galvão e OAS Engenharia, envolvidas nos escândalos de pagamento de propina da Lava Jato. Pezão e Dornelles foram condenados por abuso de poder econômico e político.
A condenação os torna inelegíveis por oito anos. Foram gastos mais de R$ 10 milhões com gráficas inexistentes, segundo Marcelo Freixo, do Psol, autor do pacote de denúncias ao TRE. Pezão garantiu ao DIA que não faltam argumentos para derrubar a decisão. “Meus advogados têm muitos”, comentou, sem entrar em detalhes sobre sua defesa.
Fonte: O Dia




Nenhum comentário:

Postar um comentário