sábado, 18 de fevereiro de 2017

Intervenção federal pedida em Brasília

Medida tem o apoio até mesmo de um ex-secretário do governador Pezão

Rio - A intervenção federal no Estado do Rio, já discutida nos bastidores da política fluminense, chegou a Brasília. E tem o apoio até mesmo de um ex-secretário do governador Pezão.
O deputado federal Hugo Leal (PSB) discursou no plenário da Câmara, quinta, para pedir a medida. Para ele, que coordenou a bancada fluminense em busca de soluções, a situação chegou ao limite. “Não há outra saída. É como se a União fosse uma mãe com 27 filhos, e o Rio fosse o filho mais doente de todos. Precisa voltar a morar com a mãe.”
Também a favor da intervenção, o ex-secretário de Trabalho de Pezão Arolde de Oliveira (PSC) emenda: “O governador está tentando com todas as forças, mas não dá para funcionários públicos ficarem sem receber. A intervenção permitiria que problemas fossem eliminados rapidamente.”.
Temer
Na opinião do deputado estadual Luiz Paulo (PSDB), a intervenção dificilmente terá o aval do presidente Michel Temer. “Se o governo federal aceitar bancar as despesas do Rio, mesmo que temporariamente, outros estados vão pedir o mesmo. A saída mais simples seria o impeachment. Tudo vai depender das votações, semana que vem, na Assembleia Legislativa.”
Inversão histórica 
O tucano Luiz Paulo é contra a privatização da Cedae. O petista André Ceciliano, a favor — diz que a medida permitirá a obtenção de empréstimos e o pagamento do funcionalismo.
Fator abacaxi
De um aliado de Pezão: “Para haver impeachment, alguém precisa querer assumir. Quem está disposto a segurar esse abacaxi?”
Pesquisas
O ex-governador Anthony Garotinho (PR) anda animado com pesquisas internas de intenção de voto que encomendou para o governo do estado. Ele, que já discutiu a candidatura ao Senado com aliados, volta a sonhar com o Palácio Guanabara. Insatisfeito com o partido, deixará o PR. Ainda não se sabe qual será a futura legenda.
Tô nem aí
Marcelo Crivella prestigiou a abertura dos trabalhos na Câmara Municipal, mas a Câmara não o prestigiou. O presidente da Casa, Jorge Felippe (PMDB), precisou mais de uma vez interromper o blá-blá-blá de vereadores que mal davam atenção ao (longo) discurso do prefeito.
Armar ou não armar?
A discussão sobre o armamento da Guarda Municipal foi acalorada esta semana na Câmara. E promete render rounds disputados no futuro. No ringue, os vereadores David Miranda (Psol), Fernando William (PDT) e Reimont (PT), contrários à medida; e Jones Moura (PSD), a favor.
Fonte: O Dia

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