sábado, 1 de setembro de 2012

Em assembleia, professores da UFRJ decidem encerrar a greve

UFF, Rural e Unirio optaram por continuar a paralisação; Andes se pronunciará hoje à noite

Em assembleia nesta sexta-feira, professores da UFRJ decidiram encerrar a paralisação Foto: Divulgação
Em assembleia nesta sexta-feira, professores da UFRJ decidiram encerrar a paralisaçãoDivulgação
RIO - Depois de mais de cem dias de greve, os professores da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) decidiram encerrar a paralisação, em assembleia realizada na tarde desta sexta-feira e que contou com a presença de mais de 500 docentes. Foi votado também um indicativo para que o reinício das aulas seja feito no dia 10 de setembro. A greve foi iniciada no dia 22 de maio. Foi a maior paralisação da instituição desde 2001. No fim da tarde, servidores de dez agências reguladoras também anunciaram o fim da greve, mesmo sem fechar acordo com o governo.

Na última quarta-feira, o Conselho de Ensino e Graduação (CEG) da UFRJ aprovou as diretrizes para o novo calendário que ainda será discutido. A partir da retomada das aulas, o primeiro semestre será completado em cinco semanas. Não está descartada a possibilidade de classes aos sábados ou em horários além da grade prevista do curso, para que seja completada a carga horária. O segundo semestre começará assim que terminar o primeiro, sem nenhum intervalo. Está previsto um recesso acadêmico entre os dias 22 de dezembro e 20 de janeiro.
As assembleias desta semana são vistas como decisivas porque esta sexta-feira (31) marca o dia em que o governo federal vai apresentar a Lei Orçamentária Anual ao Congresso. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) disse que vai anunciar à noite sobre a decisão de continuidade ou não da greve.
Em assembleias regionais realizadas entre esta quarta (29) e quinta-feira (30), a Universidade Federal Fluminense (UFF), a Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) e a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ) decidiram pela continuidade da greve. Nos três casos, a manutenção da paralisação venceu por uma ampla maioria dos votos: na UFF foram 73 votos a favor e 19 contra; na Rural foram 101 contra 9; e a Unirio contou com apenas um voto contrário à greve.
No início de agosto, o governo federal fechou um acordo com o ProIfes, um sindicato nacional que representa apenas oito associações de docentes, que prevê reajustes de 25% a 40% aos professores parcelados até 2015, tendo como salário-base os vencimentos de 2010. A Andes não concorda com a proposta. pois alega que a maioria dos docentes teria perda real, já que o Índice de Custo de Vida (ICV) medido pelo Dieese prevê alta de 35,5% no período. O Ministério da Educação (MEC) deu a negociação por encerrada e encaminhou a sua proposta ao orçamento do ano que vem.

Fonte: O Globo

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