sábado, 1 de setembro de 2012

Barra da Tijuca tem mais uma mortandade de peixes em lagoa

Moradores de grande parte do bairro estão sofrendo com o mau cheiro



Nova mortandade de peixes em lagoa da Barra
Foto: Marcelo Carnaval / Agência O Globo
Nova mortandade de peixes em lagoa da BarraMarcelo Carnaval / Agência O Globo
Mais uma vez uma mortandade de peixes está causando transtornos aos moradores da Barra. Agora, o problema é na Lagoa da Tijuca. De acordo com o biólogo Mário Moscatelli, que presta serviços a vários condomínios do bairro, só de quarta a sexta-feira, 2,5 toneladas de peixes mortos de diferentes espécies foram removidas por sua equipe.
— O vento forte e a ressaca revolveram o fundo das lagoas, liberando gases nocivos à saúde e ao meio ambiente, como o metano e o sulfídrico, provenientes do esgoto — disse.
Nas margens das lagoas, milhares de peixes podem ser vistos em estado de decomposição. Por causa do problema, moradores têm sofrido com o mau cheiro. Joseph Farsoun, que vive no condomínio Península Barra da Tijuca, bem ao lado da lagoa, contou ontem que a situação piora de madrugada, quando a maré está baixa.
— As pessoas estão tendo dor de cabeça, náuseas, vômitos e problemas respiratórios — disse ele.
O mesmo problema ocorreu na Lagoa de Marapendi em fevereiro. Na época, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) afirmou que a causa mais provável para o problema era uma alteração das condições hidrodinâmicas da lagoa, provocada pela entrada de frentes frias.
Mas, para Moscatelli, só existe uma solução para o problema, que poderá se agravar nos próximos anos.
— É necessário que o despejo de esgoto nas lagoas e nos canais seja interrompido imediatamente. Precisamos construir unidades de tratamento. Como o problema ocorre há anos, é urgente a realização de uma dragagem. O cheiro já pode ser sentido na Ponte da Joatinga, por todo o Jardim Oceânico, em Jacarepaguá e outros pontos onde teremos os Jogos Olímpicos de 2016 — alertou.
O Inea informou que enviará técnicos amanhã à região para analisar o problema.

Fonte:O Globo

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