domingo, 29 de janeiro de 2017

Texto anônimo que circula, felizmente, nas redes sociais de excelente análise política e avaliação da "crise".



RJTV entrevistou o Pezão. Ele ficou uns dezoito minutos falando, falando, falando...Foi quase um pronunciamento, explicando porque é tão importante, porque é tão bom para o Rio de Janeiro, o maravilhoso acordo firmado com o governo federal.
Uma conquista dele esse congelamento do pagamento de dívidas com o Planalto – do também peemedebista Michel Temer. E que se dane que a dívida fica para daqui a três anos, ou seja, para o próximo governador resolver.
Com um sorrisinho de canto de boca, como sempre, Pezão disse que a culpa de o Estado do Rio de Janeiro ter chegado a esse ponto é de todo mundo. Menos deles. E deixou claro que vai aprovar o pacote de maldades na Alerj, custe o que custar. Senão, os servidores terão apenas uns sete ou oito salários em 2017. Foi uma chantagem ameaçadora que serviu de alerta.
O governador do Rio, que desde janeiro de 2007 está na cúpula do Palácio Guanabara – até 2014 foi o vice e braço-direito do hoje presidiário Sergio Cabral – disse que pretende também ir ao STF para pedir um parecer favorável às medidas, mesmo antes da votação na Assembleia Legislativa.
Sobre o governador Sergio Cabral, que está preso, e do qual foi vice e a quem visitou semana passada, não foi perguntado.
Sobre o secretário de governo Wilson Carlos, que também está preso, e com quem trabalhava lado a lado, não foi perguntado.

Sobre seu braço-direito e subsecretário de obras (pasta que comandava), Hudson Braga, que também está preso, não foi perguntado.
Depois de duas fases da operação Lava Jato no Rio (Calicute e Eficiência), sabe-se que quem comandava o governo foi responsável pelo desvio de centenas de milhões para contas particulares em pelo menos sete países. Mas na entrevista ninguém perguntou sobre o efeito nocivo dessa corrupção na falência do Estado.
É uma vergonha que a imprensa que ajudou a afundar o Rio ao blindar, de todas as maneiras, o governo que saqueou os cofres públicos (inclusive irrigando os cofres dos veículos de comunicação com bilhões de reais em ‘arrego' travestido de propaganda), continue tentando maquiar os efeitos devastadores do governo mais corrupto da história do Rio de Janeiro. E quem vai pagar essa conta somos nós.
Fonte: Texto Anônimo

Nenhum comentário:

Postar um comentário