segunda-feira, 27 de março de 2017

Em dois anos, Estado do Rio eleva em 66% as despesas com contratos sem licitação

                     

De forma descontrolada, o Estado do Rio elevou em R$ 640 milhões, somando 2015 e 2016, seu gasto previsto com contratos sem a aplicação de licitações (ver o quadro ao lado). A elevação corresponde a 66% a mais em gastos, se comparado com o que foi comprometido em 2013 e 2014 somados. A ferramenta administrativa tem sido usada como forma de manter serviços essenciais em atividade. Da necessidade de contratação de pessoal de apoio para unidades da Secretaria de Saúde ao fornecimento de comida para presos, as pastas somaram R$ 1,597 bilhão em contratos de emergência só nos dois últimos anos.

— Tem secretaria que não consegue finalizar um edital de licitação para contratações. Pediram orçamento (emergencial) para oferecer alimentos aos presos, ofereci e ele foi aceito — disse um responsável por empresa com contrato ativo com a Secretaria de Administração Penitenciária.

Segundo membros do governo, as condições previstas na lei que regulamenta os processos de licitação dão respaldo à administração. Uma das condições é a situação de calamidade pública aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio, em 2016.

— O Rio mostra a acefalia administrava. Não temos estratégia, planos a longo prazo. Precisamos de auditorias pesadas — disse Istvan Kasznar, professor de Economia, Administração Pública e de Empresas da FGV.
Fonte: Extra

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