Em reunião na sede do governo do Maranhão, representantes do setor prometem
resposta até 15 de junho. Chega de blablablá.
Reunião com o vice-governador do Maranhão Washington Luiz de Oliveira,
Greenpeace e empresas de ferro gusa, no palácio Henrique de la Roque, em São
Luís. Foto: ©Greenpeace/Rodrigo Paiva
A lista de exigências inclui a total rejeição a carvão ilegal ou produzido com o uso de trabalho escravo e de matéria-prima vinda de florestas nativas e áreas protegidas. A proposta foi apresentada em reunião no palácio do governo do Maranhão. Representada pela Viena Siderúrgica e pelo Sifema (Sindicato das Indústrias de Ferro Gusa do Maranhão), a indústria adiantou que não vê problema na lista, e terá até 15 de junho para assiná-la.
“Um passo muito importante foi dado para que o passivo ambiental da indústria do gusa seja equacionado em benefício da população da Amazônia”, diz Paulo Adario, diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace. “Vamos cobrar. Estamos cansados de blablablá. Queremos ação.”
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O encontro foi mediado pelo vice-governador do Maranhão, Washington Luiz de Oliveira, e teve a presença de três secretarias estaduais – Meio Ambiente, Agricultura e Indústria e Comércio –, do Ministério Público Federal, Ministério Público Estadual do Maranhão, Ordem dos Advogados do Brasil e movimento Justiça nos Trilhos. A reunião foi marcada como condição para que ativistas suspendessem o bloqueio que faziam a um carregamento de ferro gusa no porto de Itaqui, no último sábado.
Uma investigação
do Greenpeace divulgada no último dia 14 denunciou que algumas carvoarias
que alimentam siderúrgicas do Pará e do Maranhão, na Amazônia, têm envolvimento
com extração ilegal de madeira, trabalho análogo ao escravo e invasão de terras
indígenas.
Em fins de março, o Greenpeace lançou uma campanha nacional pelo Desmatamento
Zero, apoiada por movimentos sociais – como Via Campesina e sindicatos
de trabalhadores rurais da Amazônia –, organizações indígenas e quilombolas,
entidades ambientalistas e artistas. Quase 280 mil pessoas já assinaram por uma
lei de iniciativa popular pelo fim do desmatamento. Quando 1,4 milhão de
assinaturas forem recolhidas, o projeto será encaminhado ao Congresso. Assine,
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