sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

AMBIENTE FAZ INSPEÇÃO EM ÁREA DE EXPLOSÃO NO PORTO DO RIO


Fotografia de Luiz Morier



O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e a presidente do Instituto Estadual do Ambiente, Marilene Ramos, inspecionaram nesta quinta-feira (02/02) a área interditada do pátio de manobras do Armazém 30, no Porto do Rio, onde ocorreu uma explosão na galeria de águas pluviais na segunda-feira. Além das medidas mitigadoras para evitar novos acidentes, foram anunciadas medidas para descobrir a proveniência do óleo que provocou a explosão.

De acordo com o secretário do Ambiente, o chamado índice de explosividade, em dois pontos da galeria, alcançou 91 e 100 (índices acima de 20 indicam alto risco de explosão). Diante disso, a área do acidente continua interditada e foram determinadas medidas para eliminar o risco de novos acidentes: O índice de explosividade será monitorado duas vezes por dia e um sistema de ventilação instalado para evitar o acúmulo de gás nas galerias. Além disso, haverá um trabalho de limpeza do óleo das galerias.

- Quatro empresas operam com hidrocarbonetos nas proximidades e foram notificadas: Chevron, Ipiranga, Manguinhos e a Tecmar, esta mais distante. Sabe-se que existe um duto de Manguinhos que passa sob a área onde foi constatada a explosão. Por esse duto foi descarregado, no domingo, um condensado de petróleo, derivado de gás natural, que é parecido com nafta. Mas não podemos afirmar por enquanto que esta tenha sido a causa da explosão – informou o secretário.

De acordo com Minc, o acidente revelou a existência de um verdadeiro “terreno minado” na região, em consequência dos dutos que passam sob os pátios e a existência de contaminação por hidrocarbonetos no solo. O monitoramento vai se estender à rede de águas pluviais que deságua no mar no Armazém 30 – e que, segundo os mapas da Prefeitura, vem da Rua do Bonfim, em São Cristóvão, próximo a instalações da Chevron, Ipiranga e Manguinhos.

- Há um labirinto sob essa área e, por falta de informações precisas, estamos sendo obrigados a fazer um verdadeiro jogo de gato e rato para descobrir a origem do óleo. É preciso mais profissionalismo e prevenção para evitar a perda de vidas em acidentes como esse – afirmou Minc.

Os técnicos do Inea coletaram novas amostras do óleo encontrado na galeria de águas pluviais. De acordo com a presidente do Inea, Marilene Ramos, as quatro empresas que operam dutos na área serão notificadas para realizar testes para verificar a existência de vazamentos, e também para informar quais substâncias foram transportadas pelos dutos nos últimos meses.

- O Inea também vai notificar a Triunfo Logística, que opera a área onde houve o acidente, para fazer uma investigação sobre a possível contaminação do solo, de acordo com um plano de trabalho apresentado por nossos técnicos – informou Marilene.

A inspeção foi acompanhada pelo presidente da Companhia Docas, Jorge Luís de Mello, além do diretor de Engenharia e Gestão Portuária, Danilo Luna; o superintendente do Porto do Rio, Adácio de Carvalho; e o gerente geral da Triunfo Logística, Rodrigo Caffaro. A área onde ocorreu o acidente é arrendada pela Triunfo junto a Docas, e utilizada para transporte de equipamentos off shore da Petrobras.
Fotografia de Luiz Morier
Fotografia de Luiz Morier
Fonte: INEA
 

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