O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, e a presidente do
Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, promoveram na
noite desta terça-feira (20/09), em Santa Cruz, na Zona Oeste, uma
reunião de prestação de contas sobre a Companhia Siderúrgica do
Atlântico (CSA) com entidades representativas de moradores, pescadores
e dos próprios trabalhadores da empresa.
Cerca de 300 pessoas praticamente lotaram o pátio do Colégio Estadual
Erich Walter Heiner, que fica próxima à CSA, no conjunto habitacional
João XXIII. Os participantes da mesa, composta, entre outros, por
Minc, Marilene e o coordenador de Saúde Ambiental da SEA, Luiz Roberto
Tenório, apresentaram então as medidas adotadas pelo governo em
relação aos problemas causados pela siderúrgica na região.
Foram ouvidas também opiniões e críticas de moradores, pescadores e
trabalhadores. No total, 22 pessoas se inscreveram para fazer
perguntas e questionamentos. O secretário reiterou que a companhia não
terá sua licença de operação definitiva enquanto não cumprir todas as
exigências ambientais e corrigir os problemas que vem causando à
população do entorno decorrentes de sua operação.
“A nossa expectativa é assinar, até o final deste mês, um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC) com a CSA, em que constará, com prazos
estipulados, investimentos e as melhorias que a companhia terá de
realizar”, disse o secretário do Ambiente.
Minc ressaltou que voltará a se reunir outras vezes com entidades
representativas de moradores, pescadores e de trabalhadores de Santa
Cruz com o objetivo de ouvi-los e de apresentar tudo o que está sendo
feito. “Queremos dar total transparência ao que está sendo definido
junto à população e aos trabalhadores da CSA”, acrescentou.
Dentre as medidas adotadas pelo Governo do Estado, está a realização
de duas auditorias, uma industrial – iniciada pela Usiminas e agora
sob o comando de uma conceituada empresa canadense – e outra de saúde,
com o objetivo de identificar as patologias que estão eventualmente
afetando a população devido à operação da siderúrgica – realizada pela
Fundacentro, do Ministério do Trabalho, e por profissionais e
pesquisadores da Uerj, UFRJ, Fiocruz e secretarias estadual e
municipal de Saúde.
“Essas auditorias estão em andamento e deverão obrigatoriamente ser
concluídas até o final do ano. O resultado dessas auditorias será
apresentado aqui, para as entidades representativas. Tudo será feito
com o conhecimento de vocês. Estamos dando duro nas empresas e não
será diferente com a CSA”, afirmou o secretário.
A presidente do Inea, Marilene Ramos, falou dos problemas causados
devido à operação da CSA no caso da emissão da fuligem. Segundo ela,
além das três estações para o monitoramento da qualidade do ar
instaladas pela siderúrgica – obrigação imposta à companhia –, o Inea
já instalou duas estações que medem as partículas inaláveis, para
checar as condições de saúde da população. Marilene afirmou ainda que
uma terceira estação será instalada em Santa Cruz.
Segundo Marilene, a emissão de fuligem ocorre quando a gusa não é
aproveitada pela acearia. Quando isto ocorre, deveria ir para uma
máquina lingotadeira, que, no entanto, apresentou problemas nos
testes. Em função disso, acaba despejada em poço de emergência, que
não conta com equipamento de controle.
“A companhia vai instalar sistemas de exaustão e filtro, acabando com
o problema da emissão de tanta fuligem”, explicou ela, em resposta à
queixa da presença de fuligem nas casas e de problemas respiratórios
em moradores.
Outra reclamação de moradores foi em relação a enchentes causadas pelo
transbordamento do Canal de São Fernando. O subsecretário do Ambiente
Luiz Firmino ressaltou que está em curso obra de separação da rede de
esgotamento sanitário da rede de água pluvial. A iniciativa, no valor
de R$ 1, 5 milhão, foi garantida como parte de R$ 14 milhões advindos
de compensação indenizatória paga pela CSA, por decisão da SEA.
“Também será feita a drenagem do canal, cujo projeto já está pronto”,
completou Firmino.
Ao todo, o encontro durou três horas e meia. Ao final da reunião, um
representante do Conselho Distrital de Saúde, o morador de Santa Cruz
Getúlio Gomes da Rocha entregou um documento com queixas e reclamações
de moradores, inclusive relacionada à piora do trânsito na região
desde a instalação da CSA.
Participaram, entre outros, representantes das seguintes entidades: da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da CSA; da
Associação de Moradores de Jardim Palmares; do Sindicado Estadual dos
Profissionais de Educação (SEPE); da Associação de Pescadores do Rio
São Francisco; da Associação de Moradores de São Fernando; do Conselho
Distrital de Saúde; da Associação de Pescadores dos Rios; da Federação
das Associações de Moradores do Rio de Janeiro, dentre outros.
A reunião começou tensa, por causa de grupo de 50 pessoas que chegou
em um ônibus fretado. Os manifestantes tentaram tumultuar o encontro,
com parte deles subindo junto à mesa onde estavam Minc e Marilene,
entre outros, portando cartazes e apitos. A palavra foi dada para
perguntas desse grupo. Quatro dos manifestantes fizeram
questionamentos. Depois, deixaram o local sem ouvir as respostas das
autoridades presentes.
,Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, promoveram na
noite desta terça-feira (20/09), em Santa Cruz, na Zona Oeste, uma
reunião de prestação de contas sobre a Companhia Siderúrgica do
Atlântico (CSA) com entidades representativas de moradores, pescadores
e dos próprios trabalhadores da empresa.
Cerca de 300 pessoas praticamente lotaram o pátio do Colégio Estadual
Erich Walter Heiner, que fica próxima à CSA, no conjunto habitacional
João XXIII. Os participantes da mesa, composta, entre outros, por
Minc, Marilene e o coordenador de Saúde Ambiental da SEA, Luiz Roberto
Tenório, apresentaram então as medidas adotadas pelo governo em
relação aos problemas causados pela siderúrgica na região.
Foram ouvidas também opiniões e críticas de moradores, pescadores e
trabalhadores. No total, 22 pessoas se inscreveram para fazer
perguntas e questionamentos. O secretário reiterou que a companhia não
terá sua licença de operação definitiva enquanto não cumprir todas as
exigências ambientais e corrigir os problemas que vem causando à
população do entorno decorrentes de sua operação.
“A nossa expectativa é assinar, até o final deste mês, um Termo de
Ajustamento de Conduta (TAC) com a CSA, em que constará, com prazos
estipulados, investimentos e as melhorias que a companhia terá de
realizar”, disse o secretário do Ambiente.
Minc ressaltou que voltará a se reunir outras vezes com entidades
representativas de moradores, pescadores e de trabalhadores de Santa
Cruz com o objetivo de ouvi-los e de apresentar tudo o que está sendo
feito. “Queremos dar total transparência ao que está sendo definido
junto à população e aos trabalhadores da CSA”, acrescentou.
Dentre as medidas adotadas pelo Governo do Estado, está a realização
de duas auditorias, uma industrial – iniciada pela Usiminas e agora
sob o comando de uma conceituada empresa canadense – e outra de saúde,
com o objetivo de identificar as patologias que estão eventualmente
afetando a população devido à operação da siderúrgica – realizada pela
Fundacentro, do Ministério do Trabalho, e por profissionais e
pesquisadores da Uerj, UFRJ, Fiocruz e secretarias estadual e
municipal de Saúde.
“Essas auditorias estão em andamento e deverão obrigatoriamente ser
concluídas até o final do ano. O resultado dessas auditorias será
apresentado aqui, para as entidades representativas. Tudo será feito
com o conhecimento de vocês. Estamos dando duro nas empresas e não
será diferente com a CSA”, afirmou o secretário.
A presidente do Inea, Marilene Ramos, falou dos problemas causados
devido à operação da CSA no caso da emissão da fuligem. Segundo ela,
além das três estações para o monitoramento da qualidade do ar
instaladas pela siderúrgica – obrigação imposta à companhia –, o Inea
já instalou duas estações que medem as partículas inaláveis, para
checar as condições de saúde da população. Marilene afirmou ainda que
uma terceira estação será instalada em Santa Cruz.
Segundo Marilene, a emissão de fuligem ocorre quando a gusa não é
aproveitada pela acearia. Quando isto ocorre, deveria ir para uma
máquina lingotadeira, que, no entanto, apresentou problemas nos
testes. Em função disso, acaba despejada em poço de emergência, que
não conta com equipamento de controle.
“A companhia vai instalar sistemas de exaustão e filtro, acabando com
o problema da emissão de tanta fuligem”, explicou ela, em resposta à
queixa da presença de fuligem nas casas e de problemas respiratórios
em moradores.
Outra reclamação de moradores foi em relação a enchentes causadas pelo
transbordamento do Canal de São Fernando. O subsecretário do Ambiente
Luiz Firmino ressaltou que está em curso obra de separação da rede de
esgotamento sanitário da rede de água pluvial. A iniciativa, no valor
de R$ 1, 5 milhão, foi garantida como parte de R$ 14 milhões advindos
de compensação indenizatória paga pela CSA, por decisão da SEA.
“Também será feita a drenagem do canal, cujo projeto já está pronto”,
completou Firmino.
Ao todo, o encontro durou três horas e meia. Ao final da reunião, um
representante do Conselho Distrital de Saúde, o morador de Santa Cruz
Getúlio Gomes da Rocha entregou um documento com queixas e reclamações
de moradores, inclusive relacionada à piora do trânsito na região
desde a instalação da CSA.
Participaram, entre outros, representantes das seguintes entidades: da
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA) da CSA; da
Associação de Moradores de Jardim Palmares; do Sindicado Estadual dos
Profissionais de Educação (SEPE); da Associação de Pescadores do Rio
São Francisco; da Associação de Moradores de São Fernando; do Conselho
Distrital de Saúde; da Associação de Pescadores dos Rios; da Federação
das Associações de Moradores do Rio de Janeiro, dentre outros.
A reunião começou tensa, por causa de grupo de 50 pessoas que chegou
em um ônibus fretado. Os manifestantes tentaram tumultuar o encontro,
com parte deles subindo junto à mesa onde estavam Minc e Marilene,
entre outros, portando cartazes e apitos. A palavra foi dada para
perguntas desse grupo. Quatro dos manifestantes fizeram
questionamentos. Depois, deixaram o local sem ouvir as respostas das
autoridades presentes.
Fonte: http://www.inea.rj.gov.br/noticias/noticia_dinamica1.asp?id_noticia=1487
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