O local de onde o governo de São Paulo pretende transpor água para o Cantareira também atravessa uma crise de estiagem
Rio Paraíba do Sul em Guaratinguetá: as simulações mostram cenários alarmantes, com o volume dos reservatórios entre 6,6% e 13,7% em novembro
São Paulo - Relatório finalizado em março pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) mostra que a Bacia do Rio Paraíba do Sul, de onde o governo de São Paulo pretende transpor água para o Sistema Cantareira, também atravessa uma crise de estiagem que pode deixá-la com apenas 1,8% da capacidade já em novembro.
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O nível seria o mais baixo da história dos reservatórios que abastecem a região do Vale do Paraíba e 80% do Estado do Rio.
O cenário é resultado de uma simulação feita pelo ONS com base na pior seca já registrada na região, em 1955, e na vazão de 190 mil litros por segundo que podem ser bombeados hoje na usina elevatória de Santa Cecília, em Barra do Piraí, para a geração de energia pela Light e para o abastecimento do Rio.
Desta forma, a bacia entraria em colapso em oito meses, segundo o relatório de condições hidrológicas e de armazenamento ao qual o jornal O Estado de S.Paulo teve acesso.
"Por sua posição estratégica para a segurança do abastecimento da Região Metropolitana do Rio, a Bacia do Rio Paraíba do Sul merece uma especial atenção no que tange à gestão de recursos hídricos", aponta o ONS, órgão responsável pelo controle da operação da geração e transmissão de energia elétrica do País.
Mesmo com a redução das vazões, que poderia afetar o abastecimento no Rio, as simulações mostram cenários alarmantes, com o volume dos reservatórios entre 6,6% e 13,7% em novembro.
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