quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Dr. Aluízio cobra explicações à Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA)

A Comissão de Seguridade Social e Família (CSSF), da Câmara dos Deputados, aprovou, nessa semana o requerimento do deputado federal Dr. Aluizio (PV-RJ) pedindo a realização de uma audiência pública para discutir os riscos à saúde do trabalhador e da população em consequência das atividades da Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), em Santa Cruz, no Rio de Janeiro, na Zona Oeste da Cidade. Segundo o deputado, membro da subcomissão de Saúde do Trabalhador, o objetivo é chamar a atenção para os problemas denunciados pela população vizinha a Companhia. A CSA é um complexo siderúrgico, erguido na zona oeste, e que fica numa área de 10 milhões de metros quadrados. Em maio, a Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, apresentou, durante audiência na Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, um laudo apontando a necessidade de monitoramento da saúde dos moradores de Santa Cruz por pelo menos 20 anos após o fim da exposição à fuligem emitida pela CSA. O documento aponta que o contato com essas partículas pode gerar diversos prejuízos à saúde, como alergias respiratórias e de pele, problemas cardiológicos e surgimento de casos de câncer.
De acordo com Dr. Aluízio, a CSA, braço da empresa alemã Thyssenkrupp, é alvo de denúncias frequentes por agressão ao meio ambiente e a saúde dos moradores, e apesar disso vem obtendo vantagem econômica com o descumprimento de leis e regulamentos ambientais. A companhia já responde a varias ações do Ministério Público por crimes contra o meio ambiente provocados pelo funcionamento de seus fornos e por derramamento de ferro-gusa em poços ao ar livre, sem qualquer controle. Após o início das atividades da CSA, Santa Cruz passou a registrar poluição atmosférica em níveis capazes de provocar danos à saúde humana. Para o MP do Rio, a empresa não apenas põe em risco como efetivamente causa danos à população da região, na medida em que o material emitido na atmosfera alcança casas e estabelecimentos comerciais, provocando dermatites, irritação de mucosas e problemas respiratórios por inalação do material expelido pelos fornos.
“Não podemos aceitar que a saúde das pessoas seja posta em risco por problemas no projeto da CSA. Sabemos que o empreendimento é importante para a economia, mas a saúde e a vida das pessoas estão acima de qualquer coisa”, destacou Dr. Aluízio. O deputado explicou que, além da fuligem que vem saindo da empresa, há registros de poluição sonora. Segundo o requerimento, os parlamentares deverão convidar a presidente do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Marilene Ramos, além de promotores e um representante da CSA para prestar esclarecimentos. A expectativa é que a audiência seja convocada em duas semanas.


Fonte: Macaé News (www.macaenews.com.br)

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