sexta-feira, 10 de junho de 2016

Estado quer limitar acesso ao Bilhete Único Intermunicipal

Governador Francisco Dornelles analisa o benefício
Governador Francisco Dornelles analisa o benefício Foto: Domingos Peixoto / O Globo
Parte dos quatro milhões de usuários do Bilhete Único Intermunicipal está na mira do governo. Segundo o governador em exercício, Francisco Dornelles, o subsídio oferecido às empresas de transporte público será revisto em função do tamanho do gasto e de possíveis irregularidades. A ideia, ainda em estudo, é garantir o benefício apenas aos usuários de menor poder aquisitivo. O ideal, segundo Dornelles, é que este seja limitado a quem é isento de Imposto de Renda (IR), ou seja, a quem ganha menos de R$ 1.903,98 por mês.
— Não é simples administrar um benefício como o Bilhete Único. Temos uma análise em curso sobre irregularidades, de pessoas que usam os (cartões) de outras pessoas — disse o governador.
O governo ainda não informou quantos passageiros deixarão de ter descontos nas passagens, se a medida — que não foi incluída nos cinco decretos publicados ontem —, for aprovada pela Assembleia Legislativa do Rio (Alerj).
Para 2016, o gasto previsto com os subsídios do Bilhete Único é de R$ 13 milhões por semana. Até o fim do ano, será de R$ 676 milhões. Já com a pretensão de reavaliar o formato do benefício, o governo não incluiu, no Orçamento de 2017, o valor a ser desembolsado.
O presidente do Tribunal de Contas do Estado (TCE), Jonas Lopes, classificou como tímidas as medidas anunciadas, mas disse que é necessário o Estado revisar os gastos com as Organizações Sociais (OS), que administram unidades de saúde e que consumiram mais de R$ 2 bilhões, em 2015.
O Estado pretende, ainda, transferir dez imóveis ao Rioprevidência, a quem caberá vendê-los para pagar servidores inativos e pensionistas. A estimativa é de arrecadar um total equivalente a R$ 50 milhões. Entre os bens, está o Palácio Brocoió, na ilha de mesmo nome, na Baía de Guanabara. Trata-se da residência de verão do governador, a 300 metros de Paquetá. A manutenção da casa, com oito salões e cinco quartos, custa R$ 15 mil por mês, com cinco empregados.

Fonte: Extra


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