segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

Pezão corrige Meirelles e diz que contrato em que Cedae é garantia 'já está resolvido'


Após o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmar que o empréstimo de R$ 2,9 bilhões negociado pelo Estado do Rio precisa ser tratado com o Banco Mundial, o governador Luiz Fernando Pezão se manifestou para esclarecer o que ele classificou como equívoco. Segundo Pezão, a Cedae, que é dada como garantia para a obteção do empréstimo de R$ 2,9 bilhões, não integra as garantias de qualquer contrato junto ao Banco Mundial.
O governador detalhou que a Cedae faz parte de outro acordo, esse firmado junto ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). A questão foi levantada pelos procuradores da Fazenda Nacional, mas já não é mais entrave para a liberação do empréstimo.
— Ele se equivocou. O empréstimo era com o BNDES. E já está resolvido. Falei com ele (Meirelles) — afirmou Pezão.
Em evento realizado no Rio de Janeiro, Meirelles disse ser necessária uma negociação entre o Rio e o Banco Mundial antes de uma resolução para o empréstimo.
— É uma negociação entre o Estado e o banco que venceu a concorrência (acredito que aqui ele se refere ao BNP Paribas). Tem uma garantia, sim, do Tesouro, mas existe uma negociação que está sendo feita com o Banco Mundial que é muito importante que seja resolvida o mais rapidamente possível porque uma parte das ações da Cedae estão dadas como garantia ao empréstimo atual, e o Banco Mundial tem que concordar, digamos assim, com o novo empréstimo e com o penhor das ações da Cedae — afirmou.
A Fazenda, o Estado do Rio e o banco BNP Paribas, que aceitou emprestar os R$ 2,9 bilhões com a garantia de 50% dos ativos da Cedae, negociam o contrato de empréstimo há pouco menos de um mês. Em nota, a Secretaria de Fazenda e planejamento confirmou a informação passada por Pezão, mas reforçou a necessidade de um aval por parte do Banco Mundial em função de outros contratos.
O governo do Rio promete utilizar todo o valor recebido com o empréstimo para pagar o que deve aos servidores estaduais. Hoje, o Estado deve dois meses de salários atrasados, além do 13º de 2016 e gratificações.
Fonte: Extra

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