segunda-feira, 18 de julho de 2016

Dornelles indica caminhos para tirar o Rio da penúria: prorrogação da operação da folha dos servidores e venda da Dívida Ativa


O governador em exercício, Francisco Dornelles, apresentou alguns caminhos traçados para o Estado do Rio tentar elevar suas receitas, em meio ao atoleiro. Uma das ações adotadas nos próximos meses, se depender do desejo, será a prorrogação, por um ano, do contrato firmado com a Bradesco para a operação das contas-correntes dos mais de 460 mil servidores. O valor a mais arrecadado seria importante para fechar as contas de 2016, e abriria a possibilidade de o governo planejar com calma um novo leilão da folha de pagamento, em 2017.
A ideia anterior era vender a folha ainda neste ano, com um lucro estimado de quase R$ 2 bilhões. Em 2011, o Bradesco venceu a concorrência para operar as contas do funcionalismo por R$ 1,8 bilhão, desbancando o Itaú, que era o banco pagador dos salários. O novo contrato passou a vigorar em 2012 e vencerá em dezembro de 2016.
— Se prorrogarmos (o contrato com o Bradesco) por mais um ano, vamos receber algo agora. E ainda poderemos fazer a nova licitação no ano que vem — disse Dornelles ao EXTRA.
A segunda alternativa defendida pelo governador é a securitização da Dívida Ativa estadual, que hoje supera R$ 60 bilhões. O Estado do Rio venderia esses créditos a receber a outras instituições, por um valor menor, e a estas caberia cobrar os devedores. Dornelles está confiante num parecer favorável do Tribunal de Contas da União (TCU) para a operação, atraindo bancos públicos e privados. A receita extra seria de R$ 3 bilhões ainda em 2016.
Ainda nesta semana, o governador terá uma reunião para decidir como será a oferta dos primeiros dez imóveis estaduais a serem vendidos para fazer caixa. A Ilha de Brocoió já tem um valor estimado por ele:
— Pensamos em partir de R$ 14 milhões. É um valor considerável e justo.
Frota ganha sobrevida
O problema que o Estado do Rio tem com a empresa responsável pela frota de veículos das polícias Civil e Militar está temporariamente contornado, de acordo com Dornelles. Ele explicou que, recentemente, foi paga uma “boa parcela” da dívida em torno de R$ 140 milhões. O valor garantiu um respiro, para que a cidade não fique sem patrulhamento durante os Jogos Olímpicos e Paralímpicos.
— Repassamos valores que bancam a empresa durante os próximos três meses. Depois, vamos reanalisar a situação. A tendência é fazer uma nova licitação para a oferta de veículos para policiamento — disse.
De acordo com o Diário Oficial do dia 7 de julho, foram repassados R$ 110 milhões à empresa responsável por manter a frota: foram R$ 69 milhões para os carros da Polícia Militar e R$ 49 milhões para os veículos da Polícia Civil.
Este, porém, não é o único problema estrutural da Segurança Pública. O governo estadual deve R$ 60 milhões à BR Distribuidora pelo abastecimento dos carros dos policiais. Foi negociado o pagamento de parte da dívida para solucionar o problema, mais uma vez, durante a realização dos Jogos.

Fonte: Extra


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