sábado, 11 de junho de 2011

PARECER TÉCNICO SOBRE O RELATÓRIO DE IMPACTO AMBIENTAL DA USINA DA COMPANHIA SIDERÚRGICA DO ATLÂNTICO (CSA)

Autores
da Saúde do Trabalhador e Ecologia Humana da escola Nacional de Saúde Pública
Sérgio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz

3.3 Emissões atmosféricas
A questão das emissões atmosféricas das usinas siderúrgicas é a mais problemática
dentre os itens discutidos nessa questão. Por esse motivo, esse assunto é descrita em
maiores detalhes. No processo de sinterização são produzidos óxidos de enxofre (SOx),
óxidos de nitrogênio (NOx), além de monóxido de carbono (CO) e diferentes
hidrocarbonetos aromáticos. Durante a coqueificação gera-se o “gás de coque”, que é
composto por dióxido de carbono (CO
nitrogênio; este processo tem como subprodutos material particulado, alguns compostos
orgânicos voláteis (benzeno, tolueno e xileno), fenóis, gás sulfídrico (H
amônia (NH
CO
A  emissão de CO
de redução do minério de ferro. Estes gases contribuem para o aumento da quantidade
de carbono na atmosfera e, conseqüentemente, para as mudanças climáticas. SOx e NOx
também são produzidos a partir da queima de carvão. Estes componentes reagem com a
umidade presente no ar e formam, respectivamente, ácidos de enxofre e de nitrogênio
dando origem à chamada “chuva ácida”. Dependendo do grau de acidez da chuva, ela
pode impactar negativamente plantas, aumentar a acidez de rios e lagos (aumentando a
mortandade de peixes e outros animais) e danificar prédios e construções. Análise de
amostras de ar da cidade de Volta Redonda (RJ), onde se encontra a Companhia
Siderúrgica Nacional (CSN), encontraram concentrações de 186
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sobre a saúde humana, segundo a Organização Mundial de Saúde, eles já são tóxicos
para a vegetação. O estudo da distribuição espacial desse poluente apontou a CSN como
principal responsável pela sua presença na atmosfera (Gioda, Sales
2), metano (CH4), etano (C2H6), hidrogênio e2S), SOx e3). Na produção de ferro gusa, é gerado o gás de alto forno composto por2, CO, nitrogênio e hidrogênio. 2 e metano deve-se, principalmente, à queima do carvão no processoμg/m3 (1995/1996) eμg/m3 (1999) de SO2. Apesar desses valores não representarem efeitos negativoset al., 2004).

LEIA MAIS: http://www.observatoriodopresal.com.br/wp-content/uploads/2011/05/Parecer-FIOCRUZ-CSA.pdf


: Marcelo Firpo Porto e Bruno Milanez – pesquisadores do Centro de estudos

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