Na reunião, que aconteceu nesta terça-feira (21/06), Marilene falou sobre as medidas que estão sendo tomadas pelo Inea para a adequação da siderúrgica. “A empresa só vai ter a licença definitiva quando se adequar a todas as normas ambientais e corrigir os eventuais problemas que poderão ser apresentados pela auditoria que está sendo feita na companhia”, informou.
Presidente da comissão, a deputada Lucinha (PSDB) lamentou que o órgão estadual não tenha enviado com antecedência os documentos, solicitados há mais de um mês. “Segundo os documentos que recebemos hoje, a CSA está funcionando provisoriamente com a licença de instalação. Isso nos preocupa muito porque a população de Santa Cruz vai continuar sofrendo até que seja concedida a licença definitiva”, afirmou. Segundo Lucinha, a comissão vai receber novamente o Inea após analisar toda a documentação, que inclui relatórios com pesquisas feitas com moradores sobre a qualidade do ar e documentos em que o Instituto Brasileiro de Meio Ambiente (Ibama) transfere para o Inea a responsabilidade pelo licenciamento ambiental, entre outros.Segundo o Inea, a CSA a licença de instalação concedida aponta que o empreendimento está em fase de pré-operação onde possíveis problemas devem ser identificados e corrigidos. “A CSA está operando com a licença de instalação, que tem como prazo final o dia 28 de setembro de 2012.
Apenas após serem cumpridas todas as nossas exigências na fase atual é que vamos conceder a licença de operação”, relatou Marilene. Segundo ela, o Inea solicitou a realização de duas auditorias, uma para apontar problemas na CSA e outra para avaliar impactos na saúde de trabalhadores e moradores dos arredores.
Ainda de acordo com a presidente do instituto, as emissões de fuligem prateada que assustaram os moradores da região ocorreram por problemas que já estão sendo solucionados. “A emissão da fuligem acontece quando a siderúrgica precisa despejar o ferro gusa, subproduto da produção do aço, em um poço de emergência”, explicou. Segundo Marilente, a CSA já está instalando um equipamento que vai cobrir este poço e fazer a sucção da fuligem que é expelida quando o ferro precisa ser jogado dentro dele. “Esta é uma das principais exigências feitas para que possamos dar a licença definitiva”, completou, informando ainda que, segundo monitoramento feito pelo órgão, a poluição do ar na região está dentro dos padrões estabelecidos pelo Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Na audiência estavam presentes, ainda, a deputada Janira Rocha (PSol), relatora da comissão, e os deputados Paulo Ramos (PDT) e Zaqueu Teixeira (PT), membros do colegiado, além do deputado Sabino (PSC).Texto de André Coelho
Fonte:
JusClip
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