segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

EM POSSE, PT SE UNE CONTRA MARTA E EM DEFESA DE JUCA

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Ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, não quis comentar as declarações da ex-ministra da Cultura, que o chamou de "inimigo de Lula" em entrevista no fim de semana; mas defendeu com veemência a trajetória do novo titular da pasta, Juca Ferreira, alvo de denúncia de Marta Suplicy à Controladoria Geral da União; fez um "belíssimo pronunciamento" e tem uma "bela história em defesa da cultura", disse Mercadante; durante a posse de Juca, nesta manhã, petistas não pouparam críticas à senadora, que está prestes a deixar o PT
 Os petistas se uniram na manhã desta segunda-feira 12, em Brasília, contra as declarações feitas pela senadora Marta Suplicy em entrevista publicada no fim de semana e em defesa do novo ministro da Cultura, Juca Ferreira, que tomou posse hoje. Marta enviou à Controladoria-Geral da União (CGU) documentos que apontam supostas irregularidades em contratos de R$ 105 milhões firmados pela gestão de Juca Ferreira com uma entidade ligada à Cinemateca Brasileira.
O ministro da Casa Civil, Aloizio Mercadante, disse que Juca Ferreira fez um "belíssimo pronunciamento" e tem uma "bela história em defesa da cultura". "O discurso dele fala tudo", acrescentou o petista. Mercadante não quis comentar a entrevista da ex-ministra, que o chamou de "inimigo de Lula" e disse que ele é "candidatíssimo" à presidência nas eleições de 2018. "Não vou falar sobre esse assunto", afirmou o ministro a jornalistas.
Petistas presentes na posse não pouparam críticas às declarações de Marta, que está prestes a deixar o PT. "As críticas que ela faz têm muito mais a ver com a sucessão paulistana do que com os grandes temas nacionais", disse o deputado Jorge Bittar (PT-RJ), em referência à disputa contra o prefeito Fernando Haddad (PT). Em 2012, Marta foi convencida por Lula a retirar sua pré-candidatura em favor do atual prefeito.
Segundo Bittar, a entrevista de Marta "cria um problema grave" para o PT "pela dimensão que ela (Marta) tem". O deputado Alessandro Molon, também do Rio de Janeiro, definiu as declarações da senadora como "fogo amigo" e defendeu que o diretório nacional do PT tome uma posição oficial em relação ao assunto. "É importante que seja uma posição do partido, para que não sejam posições individuais", disse. Ele também defendeu a recondução de Juca Ferreira ao cargo.
Na entrevista, além de Mercadante, Marta criticou o presidente do PT, Rui Falcão, a quem chamou de "traidor", afirmou que a presidente Dilma Rousseff "não ouve" e que o ex-presidente Lula não teve coragem de se impor como candidato em 2014. Ela afirmou ainda que "ou o PT muda ou acaba"
Fonte: 247

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