terça-feira, 3 de junho de 2014

Ex-vice-governador do DF Paulo Octavio passa noite preso

Empresário é suspeito de fraudes em alvarás




Ex-vice-governador do DF Paulo Octavio passa noite preso
Empresário é suspeito de fraudes em alvarás

Brasília - A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu, na noite desta segunda-feira, mandado de prisão contra o ex-vice-governador e empresário Paulo Octávio, por suposto envolvimento em um esquema de pagamento de propina para a liberação de alvarás. Ele foi detido, por volta das 21h30, quando deixava o escritório onde trabalha, num hotel de sua propriedade, no centro de Brasília, e levado para a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Deco). Depois de prestar depoimento, foi conduzido ao Departamento de Polícia Especializada (DPE).
O Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e promotores criminais de Taguatinga (cidade-satélite de Brasília) cumpriram o mandado de prisão expedido pelo juiz Wagno Antônio de Sousa, da 2ª Vara Criminal de Taguatinga. São pelo menos cinco denúncias contra Paulo Octávio, entre elas, corrupção ativa e falsidade ideológica em documento público.
As investigações começaram no ano passado, com a deflagração da Operação Átrio, e apuram a atuação de uma suposta organização criminosa que corrompia agentes públicos para violarem normas urbanísticas e ambientais referentes a vários empreendimentos imobiliários em Taguatinga e em Águas Claras. Além da concessão irregular de alvarás, a construção dos imóveis provocou danos urbanísticos. Um dos empreendimentos investigados é o JK Shopping, em Taguatinga Norte, erguido pelas organizações Paulo Octávio. Segundo o MPDFT, a empresa dele teria apresentado uma planta com vagas fictícias de estacionamento.
Fraude em alvarás


A deflagração da Operação Átrio, pela Polícia Civil do DF e pelo Ministério Público, já resultou na exoneração de cinco administradores regionais nos últimos três anos. Todos por suspeita de envolvimento em casos de mau uso do dinheiro público. Os episódios mais recentes, ocorridos em novembro do ano passado, levaram à prisão do ex-administrador de Águas Claras Carlos Sidney de Oliveira, e do então administrador de Taguatinga, Carlos Jales. Eles são acusados de irregularidades na concessão de alvarás de construção a empresas.
Paulo Octávio já estava envolvido com a Justiça como réu no chamado mensalão do DEM, esquema que acabou levando à renúncia o ex-governador José Roberto Arruda, e do próprio empresário, que chegou a assumir o cargo, por 12 dias, na condição de vice-governador. O empresário foi deputado federal e senador do DF, pelo DEM.

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