quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Com susto na arquibancada, Grêmio despacha a LDU e está no grupo do Flu na Libertadores

Rio Grande do Sul - O Grêmio está classificado para o Grupo 8 da Libertadores. Nos pênaltis, o Tricolor bateu a LDU por 5 a 4 após vitória por 1 a 0 no tempo normal (no jogo de ida, a LDU venceu pelo placar mínimo). A alegria da classificação, porém, ficou marcada pelo susto na arquibancada. Na avalanche, comemoração de gol torcida do Grêmio, parte do estádio cedeu e torcedores caíram no chão. Oito torcedores foram atendidos. O jogo ficou paralisado seis minutos depois que Elano abriu o placar.
Foto: Folhapress
Avalanche não acaba bem: torcedores caem no chão | Foto: Folhapress
Com a classificação, o Grêmio entra no Grupo 8 da Libertadores, com Fluminense, Caracas e Huachipato.

O Grêmio tratou de partir para cima da LDU, mas esbarrou na falta de pontaria. A pressão não resultou em gol, e o clube equatoriano esfriou o jogo e levou o 0 a 0 para o intervalo.

No segundo tempo, Elano soltou uma bomba de fora da área para abrir o placar. A alegria na arquibancada deu lugar a um susto. Na comemoração do gol, na famosa avalanche, na qual os torcedores vão para perto da grade, a proteção da Nova Arena cedeu: torcedores foram ao chão. O jogo ficou paralisado para atendimento aos feridos.

Quando a bola voltou a rolar, o Grêmio bem que tentou partir para cima, mas viu a partida ir para os pênaltis. Nas cobranças, vitória por 5 a 4, mas não sem susto. Saimon perdeu a segunda batida, a LDU ficou na frente, mas Reasco também perdeu. Na série alternada, Alex Telles marcou. Morante parou em Marcelo Grohe: Tricolor está classificado.

Fonte: O Dia

Espetáculos de risco: Rio tem 49 espaços culturais sem alvará

Estado e prefeitura mantêm locais sem autorização dos Bombeiros
Teatro Sérgio Porto, no Humaitá, funciona sem autorização dos bombeiros há cinco anos Foto: Pedro Kirilos / O Globo
Teatro Sérgio Porto, no Humaitá, funciona sem autorização dos bombeiros há cinco anosPedro Kirilos / O Globo
RIO — Um levantamento solicitado pelo GLOBO à prefeitura do Rio e ao governo do estado constatou que, dos 56 espaços culturais do município, 36 estão em funcionamento sem a autorização do Corpo de Bombeiros, enquanto, dos 23 equipamentos vinculados ou de propriedade do estado, 13 seguem com suas programações mesmo sem o certificado da corporação. Ao todo, são 49 espaços culturais públicos no Rio e em Niterói que não poderiam estar funcionando.
A irregularidade poderá causar, nos próximos dias, a suspensão de toda a programação artística dos teatros, bibliotecas, museus, centros culturais e lonas culturais administrados pela prefeitura por tempo indeterminado, até que as casas sejam vistoriadas pelos Bombeiros e sejam cumpridas todas as exigências.
— Segurança é prioridade absoluta. Um equipamento sem a autorização dos Bombeiros e o alvará de funcionamento não pode estar em atividade, simplesmente porque não há garantia de que esse espaço oferece segurança aos frequentadores — disse o secretário municipal de Cultura, Sérgio Sá Leitão, que disse ter sido pego de surpresa pelo funcionamento irregular dos espaços culturais da prefeitura: — Não sabia que esses teatros funcionavam sem autorização dos Bombeiros. Assumi em dezembro, fiz reuniões com todos os gestores para saber as condições dos teatros, mas essa informação só nos chegou agora.


O secretário disse que está entrando em contato com os gestores de cada espaço cultural para pedir a suspensão das atividades:
— Vamos fazer o que deve ser feito da maneira mais organizada e menos traumática possível. Há espetáculos com entradas vendidas, compromissos agendados, mas os teatros serão fechados até que as exigências sejam cumpridas. O que tem de ser feito será feito. Melhor fazer agora do que não fazer, e espero que compreendam que essa paralisação é absolutamente necessária.
O governo do estado, por sua vez, decidiu submeter seus teatros e espaços culturais em situação irregular a uma vistoria. Em nota, a secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes, e o secretário estadual de Defesa Civil e comandante-geral do Corpo de Bombeiros, Sérgio Simões, informam que “todos os imóveis que ainda não possuem licenciamento dos Bombeiros serão vistoriados”.
Ontem à tarde, prefeitura e estado solicitaram aos Bombeiros uma inspeção completa em todos os seus espaços culturais. A vistoria nos equipamentos do estado começa na próxima segunda-feira; nos da prefeitura, somente após o carnaval. As avaliações deverão ser feitas em até 20 dias, quando um novo relatório vai detalhar as exigências direcionadas a cada equipamento. Daí em diante, cada secretaria terá 30 dias para apresentar projetos de regulamentação que, se aprovados pelos Bombeiros, deverão ser implementados no prazo máximo de 180 dias.
No caso dos espaços culturais do estado, até o fim da primeira fase de avaliação caberá ao comandante-geral dos Bombeiros decidir se cada espaço poderá permanecer aberto em caráter provisório, antes da emissão dos alvarás.
— Se, durante a inspeção, não for comprovado risco iminente aos frequentadores, os equipamentos poderão continuar funcionando, mas teremos que avaliar caso a caso — disse Simões. — Se Sá Leitão entende que a programação tem de ser suspensa de imediato, como forma de evitar qualquer risco, eu compreendo. Acontece que estamos lidando com um passivo de anos. Um problema que se estendeu e, agora, tem de ser contornado.

Fonte: O Globo

Falta de luz na Ilha do Governador atinge Aeroporto Tom Jobim

Em dezembro, apagão deixou aeroporto às escuras

RIO - Pouco mais de um mês após o apagão que deixou o Aeroporto Internacional Tom Jobim às escuras, mais uma vez o local ficou sem energia. Um novo apagão atingiu vários trechos da Ilha do Governador, como a Praia da Bica e o Jardim Guanabara, na noite desta quarta-feira. Uma problema ainda não detectado pela Infraero fez com que os terminais do aeroporto ficassem sem luz durante cinco minutos, pouco antes das 19h. Ainda de acordo com a Infraero, os geradores próprios do aeroporto foram acionados e não há transtorno.
No fim de dezembro do ano passado, o problema em um transformador da subestação do Aeroporto Internacional Tom Jobim acabou tirando do sistema a linha da Light, provocando um apagão na Ilha do Governador. O terminal 1 do aeroporto ficou cerca de uma hora sem luz. Os passageiros que estavam voltando de viagem no feriadão de Natal levaram um susto com a falta de energia. Muitos reclamavam da falta de informações e do calor, já que os aparelhos de ar-condicionado deixaram de funcionar.


Veja também
Fonte: O Globo

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Boates 021 e Nuth Club: interditadas em ação do Corpo de Bombeiros com a Seop

A boate Nuth Club (Av. Armando Lombardi, 999) e a boate 021 (Av. Armando Lombardi, 583) localizadas na Barra da Tijuca foram interditadas na noite desta quarta-feira, 30 de janeiro, durante uma operação do Corpo de Bombeiros que conta com o apoio da Secretaria Municipal de Ordem Pública (Seop).
Após vistoria realizada pelo Corpo de Bombeiros foram emitidos autos de interdição para os dois estabelecimentos. Foram constatadas que as boates funcionavam em desacordo com as normas de segurança contra incêndio e pânico. Na Nuth foram identificadas irregularidades com equipamentos fixos de segurança (como na mangueira de incêndio e na trava de segurança). Já na 021 foi constatada falta de dispositivos móveis contra incêndio.
Mediante as irregularidades constatadas pelo Corpo de Bombeiros, a Seop também emitiu autos de interdição dos estabelecimentos e multou a boate Nuth em R$2.414 por não manter em perfeito estado os equipamentos preventivos contra incêndio, as instalações de ar-condicionado, as dependências sanitárias e outras, conforme o artigo 100, inciso 3 do decreto 29.881/2008. O restaurante que funciona na Nuth Club continua com autorização de funcionamento. A boate 021 não foi multada por estar em obras e não estar em funcionamento.
Fonte: Jornal do Brasil

Justiça condena três policiais acusados de participar do assassinato da juíza Patricia Acioli

A Justiça condenou, na noite desta quarta-feira, após dois dias de julgamento, três PMs acusados de participar da morte da juíza Patrícia Acioli, em agosto de 2011. De acordo com informações do site G1, os cabos Jovanis Falcão e Jefferson de Araújo Miranda e o soldado Júnior Cezar de Medeiros vão cumprir pena pelos crimes de homicídio e formação de quadrilha.
Jefferson Miranda foi condenado a 26 anos pelos crimes de homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha, enquanto Jovanis Falcão teve uma pena de 25 anos e seis meses pelos mesmos crimes. Já o soldado Junior Cezar de Medeiros foi condenado a 22 anos e seis meses de prisão por homicídio duplamente qualificado.

Fonte: O Globo

Neymar para técnico do Ituano: 'Você me chamou de macaco?'

O atacante Neymar discutiu com Roberto Fonseca, técnico do Ituano, durante o confronto do Santos contra a equipe de Itu na noite desta quarta-feira. A confusão começou após uma entrada dura em cima do jogador santista e rendeu um questionamento polêmico por parte do astro.
- Você me chamou de macaco? - disse Neymar, em imagens flagradas pela televisão.
Em seguida, o craque se dirigiu ao quarto árbitro da partida, Paulo Estevão Alves da Silva, e reclamou:
- Você viu isso? Isso é o que? É legal? Não viu ele me chamando de macaco? - Insistiu, enquanto Roberto Fonseca dizia:
- Você está surdo, moleque? Está surdo?
Em entrevista à TV Bandeirantes, o quarto árbitro disse que não ouviu a declaração rascista do comandante do Ituano. Já Neymar, na saída para o intervalo, não soube precisar se ouviu mesmo o termo macaco.
- Eu não entendi direito, tanto que voltei para perguntar - disse.
Já Roberto Fonseca se defendeu e ainda ironizou o jogador do Santos.
- Eu acho que ele deve está surdo, eu falei para ele cai-cai, porque toda hora ele cai. A não ser que agora ele vai fazer adivinhação também - declarou.

Fonte: O Globo

Governo do Rio segue recomendações internacionais para garantir segurança em futuros grandes eventos

Rio de Janeiro - Os órgãos envolvidos na preparação dos principais eventos que ocorrerão no Rio de Janeiro nos próximos anos – Copa das Confederações, Copa do Mundo, Jogos Olímpicos e Paralímpicos - evitaram se estender sobre as providências que vêm sendo tomadas para garantir a segurança do público para evitar, por exemplo, tragédias como a que aconteceu em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, onde mais de 230 jovens morreram em consequência de um incêndio na Boate Kiss.

A Empresa de Obras Públicas do Estado do Rio de Janeiro (Emop), responsável pela execução das obras de adequação e reforma do Complexo do Maracanã para a Copa das Confederações, este ano, e para a Copa do Mundo de 2014, limitou-se à divulgação de uma nota à Agência Brasil em que diz que a execução das obras seguem “recomendações da Fifa”.

Segundo a nota, as mais importantes são as que dispõem sobre acessibilidade, visibilidade, conforto e segurança. “Esta última questão foi muito detalhada, para possibilitar a saída de todo o público do estádio em até oito minutos e meio. Para isso, foram construídas mais quatro rampas de acesso [além da recuperação das duas existentes], instalados novos elevadores e escadas rolantes, e ampliados vomitórios [acessos numerados por onde o torcedor deve passar até seu assento, e outros acessos e que podem ser utilizados também na necessidade de uma evacuação de emergência]”.

A Emop ressalta que, por meio de uma sala de controle, todo o movimento no estádio será controlado eletronicamente, detectando qualquer incidente em todo o complexo.

Não menos sucinta foi também a nota divulgada pela Empresa Olímpica Municipal (EOM) em resposta à solicitação da Agência Brasil. Nela, a EOM informa que o Dossiê de Candidatura do Rio estabelecia normas de segurança para a construção das instalações esportivas dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos e que estas normas estão sendo seguidas no desenvolvimento dos projetos de responsabilidade da prefeitura.

“Estão sendo adotadas medidas de prevenção que incluem a utilização de materiais resistentes ao fogo, instalação de equipamentos para detecção e controle de incêndios e o desenho de sistemas de acesso e saídas de emergência”, informou a nota.

O comunicado ressalta que o desenvolvimento dos projetos “está sendo acompanhado passo a passo por representantes do Corpo de Bombeiros e as instalações seguirão as normas estabelecidas pela corporação."

A Secretaria de Segurança Publica informou à Agência Brasil que caberá ao governo do estado garantir apenas a segurança externa dos eventos e também a circulação do público pelos diversos pontos turísticos do estado. Segundo a assessoria da Secretaria de Segurança, caberá à Polícia Federal, à Força Nacional de Segurança e aos órgãos responsáveis pelos eventos – com a contratação de seguranças particulares – garantir a tranquilidade no interior dos eventos.

Até o fechamento desta matéria, a Defesa Civil do Estado não havia respondido à solicitação da Agência Brasil. Por e-mail, no entanto, o órgão informou que a demanda estava sendo providenciada.

Fonte: Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro tem mais de 6 mil casos suspeitos de dengue

Rio de Janeiro – O estado do Rio de Janeiro registrou 6.131 mil casos suspeitos de dengue entre os dias 1º e 26 de janeiro de 2013. Não foi notificada nenhuma morte. No mesmo período do ano passado, foram registrados 7.766 casos suspeitos da doença, segundo dados da Secretaria Estadual de Saúde.

Segundo o superintendente de Vigilância Epidemiológica e Ambiental da secretaria, Alexandre Chieppe, a circulação do vírus tipo 4 no estado deixa a população mais vulnerável à doença. A maioria não tem imunidade contra esse vírus. “Nós já verificamos uma intensificação da transmissão em alguns municípios da região noroeste, particularmente em Itaperuna, Miracema, Aperibé e Itaocara, uma região que historicamente começa a ter casos de dengue mais precocemente, nos meses de dezembro e janeiro. Neste momento, temos uma transmissão mais intensa em Campos, Rio das Ostras, Rio Bonito e Itaboraí”, explicou.

Chieppe informou que houve também aumento da transmissão em Xerém, distrito de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, que sofreu com os estragos causados pelas chuvas no início do ano. “O restante da Baixada até o momento não apresenta alta transmissão, mas é importante ressaltar que não é ainda no mês de janeiro que ocorre o maior número de casos, que se dá entre os meses de março e abril. Então, a gente não pode garantir que não vai ocorrer nenhum problema nesses municípios”, disse o superintendente.

Em todo o estado, cerca de 10 mil agentes de saúde estão atuando no controle da doença. Até o momento, oito centros de hidratação foram instalados, sendo um em Xerém, um em Nova Iguaçu, e o restante no noroeste do estado. Amanhã (31), está prevista a instalação de mais um centro no município de Sapucaia.

“Nós devemos realizar um roteiro de inspeção por dez minutos por semana na nossa residência, seguindo um check list de todos os locais que podem acumular água parada, desde aquele ralo esquecido no jardim, o vaso sanitário afastado que não é utilizado, até os mais comuns, como a caixa d'água ou uma calha de água entupida. Se cada um fizer sua parte, conseguiremos eliminar 90% dos possíveis focos do mosquito que hoje identificamos no estado”, acrescentou o superintendente.

Um levantamento feito na capital fluminense, entre os dias 6 e 12 de janeiro, apontou que cerca de 70% dos criadouros do mosquito transmissor está dentro das casas. A cada 1.000 casas vistoriadas pelos agentes de saúde, 17 têm criadouros da dengue, o equivalente a um índice de infestação de 1,7%. No mesmo período de 2012, o índice de infestação médio no Rio chegava a 2,3%, representando uma queda de 26%. O levantamendo foi conduzido pela Secretaria Municipal de Saúde e a Defesa Civil.

Fonte:Agência Brasil

Um partido para Marina

Enviado por Ricardo Noblat

Um partido para Marina chamar de seu, por Sérgio Vaz


É o esforço suprapartidário para que a população tenha nojo da política.

Sérgio Vaz

Marina Silva é igual a Gilberto Kassab. Pode, à primeira vista, não parecer: ela tem uma história de vida respeitabilíssima, um passado glorioso. Mas Marina, hoje, é igual a Kassab.

Exatamente como Kassab, Marina vai fazer um novo partido.

O país não precisa de mais um partido político. Quem precisa é Marina. Marina não quer um partido para defender uma plataforma, um ideário – quer um partido para chamar de seu.

Marina se revela uma caudilha. Caudilhinha verde, com passado de glória e cara de pureza angelical cuidadosamente ensaiada, mas caudilha.

Há no Brasil 30 partidos políticos registrados no Tribunal Superior Eleitoral, todos com direito ao fundo partidário (pago com o nosso dinheiro) e horário na TV e no rádio (dito gratuito, mas na verdade pago com o nosso dinheiro).

Há vários partidos que se dizem socialista, comunista, verde, “dos trabalhadores” – as áreas em que Marina transitou ao longo da vida. Mas nenhum deles serve para ela. Quer um só dela. Afinal, ela teve uns 20 milhões de votos nas eleições presidenciais de 2010.






Na época, estava no Partido Verde, após ter abandonado o PT porque o PT não dava a menor pelota para ambiente. Como acha que é muito maior do que o PV, vai criar um novo.

Ainda não se definiu pelo nome. Poderia ser Partido da Marina Silva, PMS – será que já existe uma sigla PMS entre as 30 registradas? –, mas aí talvez fosse dar bandeira demais. Poderia, talvez, ser PN, de Partido Natureza, ou Partido Natureba, ou Partido Natura.

Nome é de somenos importância. Algum ela haverá de achar.

Insensato mundo, por Dora Kramer

Enviado por Ricardo Noblat -

Insensato mundo, por Dora Kramer


Dora Kramer , O Estado de S.Paulo

A frase, no original de Millôr Fernandes, é a seguinte: "Vossa Excelência chegou ao limite da ignorância e, no entanto, prosseguiu".

O Congresso certamente não ignora o cenário em que ocorre a eleição das presidências de suas duas Casas. Até porque não há um dia em que não exista uma nova notícia desabonadora sobre aqueles que já são tidos como escolhidos para comandar a Câmara e o Senado.

Além das suspeitas de todo tipo (processos, inquéritos, fisiologismo, nepotismo, uso indevido de verba parlamentar, manipulação de emendas etc.) há os fatos.

O deputado Henrique Eduardo Alves - concluíram os aliados de então, PSDB e PMDB - não servia para ocupar a vaga de vice-presidente na chapa de José Serra, em 2002, porque em processo de divórcio litigioso sua ex-mulher revelou a existência de depósitos de R$ 15 milhões em contas no exterior sem a devida declaração.

O senador Renan Calheiros foi levado a concluir, em 2007, que não servia para presidir o Senado por causa da história das despesas pessoais pagas por lobista de empreiteira, apresentação de documentação falsa como prova de defesa, uso de laranjas em emissoras de rádio e por aí vai.

Portanto, deputados e senadores não ignoram que, ao menos em tese e por critérios razoáveis de avaliação, nenhum dos dois serviria para ocupar postos de tanto destaque que, entre outras atribuições, os colocam na linha de sucessão da Presidência da República.

Tomando por base a frase de Millôr, dela fiquemos com o conceito da insistência, mas afastemos a hipótese de a motivação se sustentar na ignorância. Imprudência, talvez?

Uma boa dose, sem dúvida. Mas a receita leva outros ingredientes: covardia, descaso, desrespeito, petulância, malícia, zombaria, cinismo, desprovimento completo de espírito público e tudo o mais que compõe o quadro de tranquilidade com que suas excelências chegam ao limite da desmoralização e, no entanto, prosseguem.

Acusados de matar torcedor afirmam terem recebido apoio de ex-dirigentes do Flamengo

Reportagem revela que acusados de matar torcedor teriam recebido apoio de ex-dirigente do Flamengo
Relações entre clubes de futebol e torcidas organizadas que extrapolam as arquibancadas. É o que revela uma investigação da Polícia Civil do Rio de Janeiro, sobre a Torcida Jovem do Flamengo (TJF), à qual a ESPN teve acesso.
Agência Estado
Protesto no Ninho do Urubu, em 2011, teve integrantes da Torcida Jovem
Protesto no Ninho do Urubu, em 2011, teve integrantes da Torcida Jovem

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Tolerância que fez com que acusados de cometerem um assassinato, recebessem, na prisão, visita de dirigentes do Flamengo, dois dias depois do crime. É o que afirmam dois presos pela Divisão de Homicídios. Segundo eles, através dos emissários, o clube teria oferecido ajuda financeira e jurídica para se defenderem das acusações.



De acordo com o depoimento de um dos presos — que é um dos acusados de matar o torcedor da Força Jovem Vascaína Diego Martins Leal, em agosto passado — o então vice-presidente de Finanças do Flamengo, Michel Levi, teria ido à carceragem acompanhado do diretor financeiro da Jovem Fla, Alexandre Medeiros, que acabou preso três meses depois.



O depoimento deste acusado é repetido por outro integrante da TJF, preso na mesma ocasião.



Dirigente nega ida à prisão e outro confirma

No dia 6 de dezembro, Michel Levy prestou depoimento em cumprimento à intimação policial. Ele negou a ida à prisão e disse que não manteve qualquer relacionamento com os presos. Informou, ainda, que na data citada pelos acusados estava fora do Rio.



Já outro dirigente, Luiz Cláudio Cotta da Silva, conhecido no Flamengo como Cacau Cotta confirmou que visitou o preso na cadeia. Segundo ele, que à época era o vice-presidente Social do clube, esteve com o acusado numa manifestação de solidariedade.



Na ocasião, disse Cotta à polícia, ele colocou o clube à disposição para ajudar a família do preso.



Quanto a ter ajudado os acusados financeiramente, Cotta respondeu: “não se recorda de ter entregue qualquer quantia para o preso”.

Por dois dias, Michel Levy foi procurado pela ESPN para comentar os depoimentos nos quais foi citado. Ele não retornou aos recados deixados pela reportagem.

Os depoimentos dos dirigentes foram colhidos no decorrer da operação Fair Play, da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio. Onze integrantes da Jovem Fla foram presos e denunciados pelo Ministério Público. O grupo responde pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha, em processo que corre no II Tribunal do Júri.
Veja aonde e como foi o assassinato do torcedor vascaíno pela organizada do Flamengo
 
 
Fonte: Por Gabriela Moreira, para o ESPN.com.br

Viagem paga pelo Flamengo teve espancamento e uso de drogas

Espancamento e uso de drogas com dinheiro do Flamengo. Foi o que fez a Jovem Fla, numa das viagens patrocinadas pelo clube, ano passado, segundo investigações da Polícia Civil do Rio de Janeiro. Viagem que ocorreu num período em que a organizada estava banida de frequentar estádios pelo Ministério Público do Rio.

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Ingressos e até relógios eram fornecidos pelo Flamengo à torcida organizada-----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

De acordo com escutas em poder da Justiça, no dia 30 de outubro do ano passado, o presidente da TJF, Carlos Renato Silva Santos, conhecido como Macedo — preso em novembro — comenta que recebeu R$ 11 mil para organizar uma viagem das torcidas para Belo Horizonte, em Minas Gerais. Na conversa, ele informa que um interlocutor foi até a Gávea pegar o dinheiro e combina:

“Vou colocar dois ônibus e uma van”, disse, completando: “e o lucro vou dividir para três”.

A viagem ocorreu no dia seguinte, mas, no meio do caminho, como mostram as investigações, o ônibus quebrou. Insatisfeitos, o grupo espanca o motorista, deixando a vítima desfigurada:



Traficante nas viagens

Nas viagens, como conta um dos presos em depoimento, a presença de pessoas vendendo drogas é constante. O mesmo fornecedor também fornece armas à torcida. Escutas e depoimentos que embasaram a denúncia do Ministério Público, enviada à Justiça na semana passada:



A atual diretoria do Flamengo informou que desde que assumiu, em janeiro, não forneceu ingresso, repassou dinheiro ou qualquer benefício às torcidas organizadas.

Os depoimentos e as escutas foram colhidas no decorrer da operação Fair Play, da Divisão de Homicídios da Polícia Civil do Rio, que investigou a morte do torcedor vascaíno Diego Martins Leal, em agosto passado. Onze integrantes da Jovem Fla foram presos e denunciados pelo Ministério Público. O grupo responde pelos crimes de homicídio qualificado e formação de quadrilha, em processo que corre no II Tribunal do Júri.
Agência Estado
Protesto no Ninho do Urubu, em 2011, teve integrantes da Torcida Jovem
Protesto no Ninho do Urubu, em 2011, teve integrantes da Torcida Jovem
 
Fonte: ESPN.com.br

Terceiro uniforme do Vasco é proibido pela Justiça

Rio - O uniforme número três do Vasco, onde predomina a cor azul, está proibido de ser utilizado pelo clube carioca. A camisa que foi um sucesso de vendas não agradou a um sócio benemérito que foi a Justiça e conseguiu no último dia 23, a proibição do uso do terceiro uniforme em jogos oficiais.

Foto: Marcelo Regua / Agência O Dia
Uniforme três foi proibido | Foto: Marcelo Regua / Agência O Dia
Marco Antônio de Amorim Monteiro entrou com ação na 37ª Vara Cível da Comarca do Rio de Janeiro alegando que a camisa azul fere o estatuto vascaíno, que obriga as camisas de terem as cores do Gigante da Colina.

A diretoria do Vasco pretende recorrer, afirmando ter faturado R$ 1 milhão com as vendas do uniforme alternativo. Como a ação não prevê multa por descumprimento, o clube pode até utilizar a camisa em jogo próximo.

Fonte: O Dia

Douglas vai para a Ucrânia e Vasco sai em busca de zagueiro

Negociação deve ser fechada até o fim de semana e clube já teria nome de substituto, mantido em sigilo

Rio - O zagueiro Douglas já tem praticamente certa sua saída do Vasco, rumo ao Dnipro, da Ucrânia. A certeza vem até o fim de semana, mas em São Januário a diretoria se movimenta em busca de reposição. Há motivos para os dirigentes agirem assim.
Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Contrato de Douglas termina no meio do ano, mas não deve ser renovado | Foto: Carlos Moraes / Agência O Dia
Como o dinheiro do patrocínio da Eletrobras ainda não está liberado, o Vasco ainda precisa fazer caixa, pois há jogadores com cinco meses de salários atrasados. Daí ver com bons olhos a saída de Douglas.

O fato de o zagueiro não ter atuado nas duas últimas rodadas, no entanto, nada tem a ver com a saída. Douglas sofreu um pisão durante um treino, o que gerou dor e desconforto. A única coisa que não se sabe em São Januário é quem seria o substituto do jogador, considerado titular. Dirigentes afirmam que há uma negociação em andamento, porém, citar nomes poderia atrapalhar a conclusão.

Fonte: O Dia

Nei treina no Vasco antes de apresentação oficial

Lateral-direito fez atividade com elenco cruzmaltino nesta terça-feira e já está inscrito no Campeonato Carioca

Rio - Recentemente contratado pelo Vasco, o lateral direito Nei já participou do treino desta terça-feira. Ele foi anunciado no site oficial do clube na segunda e sua apresentação oficial está prevista para esta quarta.
Nei fechou contrato de três anos com o Clube da Colina | Foto: Divulgação Vasco
Nei fechou contrato de três anos com o Clube da Colina | Foto: Divulgação Vasco
O jogador está inscrito para disputar a Taça Guanabara, mas deve ficar de fora do clássico contra o Flamengo, na quinta-feira. Ele vem fazendo trabalhos à parte de aprimoramento físico.

Vindo do Internacional, o atleta assinou contrato de três anos com o clube carioca e é o 10º reforço vascaíno para a temporada. "Estar aqui me dá alegria para trabalhar, render bem dentro de campo e conquistar títulos", declarou Nei em sua chegada.
Fonte: O Dia

Incêndio em boate no RS gerou o mesmo gás usado por nazistas

O incêndio na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), que matou mais de 230 pessoas no último domingo, liberou a mesma substância usada por nazistas para matar judeus e outros prisioneiros nas câmaras de gás na Segunda Guerra Mundial. O cianeto - princípio ativo do pesticida Zyklon B, utilizado pelas tropas de Adolf Hitler - é um dos venenos mais letais que existem. Ele mata as células por impedir que elas produzam energia, disse o diretor médico do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP (Ceatox), Anthony Wong, ao jornal Folha de S. Paulo.
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Galeria de fotos: Veja quem são as vítimas do incêndio em boate de Santa Maria
Infográfico: Veja como a inalação de fumaça pode levar à morte
Veja relatos de sobreviventes e familiares após incêndio no RS
A queima dos materiais usados no isolamento acústico da Boate Kiss produziu cianeto junto com a fuligem e o monóxido de carbono. "Não tem cheiro nem cor e é capaz de matar em um prazo curtíssimo, de quatro a cinco minutos", disse o médico. "O gás é subproduto da combustão de materiais como espuma de poliuretano, usada em revestimentos baratos com finalidades acústicas", afirmou Wong. Alguns dos feridos no incêndio precisaram de tratamento com hidroxocobalamina, medicamento usado para combater a intoxicação por cianeto.
Incêndio na Boate Kiss
Um incêndio de grandes proporções deixou mais de 230 mortos na madrugada deste domingo em Santa Maria (RS). O incidente, que começou por volta das 2h30, ocorreu na Boate Kiss, na rua dos Andradas, no centro da cidade. O Corpo de Bombeiros acredita que o fogo iniciou com um sinalizador lançado por um integrante da banda que fazia show na festa universitária.
INCÊNDIO EM SANTA MARIA

Entenda detalhes de como aconteceu a tragédia em Santa Maria, na região central do RS, que chocou o País e o mundo e como era a Boate Kiss por dentro
Segundo um segurança que trabalhava no local, muitas pessoas foram pisoteadas. "Na hora que o fogo começou foi um desespero para tentar sair pela única porta de entrada e saída da boate e muita gente foi pisoteada. Todos quiseram sair ao mesmo tempo e muita gente morreu tentando sair", contou. O local foi interditado e os corpos foram levados ao Centro Desportivo Municipal, onde centenas de pessoas se reuniam em busca de informações.
A prefeitura da cidade decretou luto oficial de 30 dias e anunciou a contratação imediata de psicólogos e psiquiatras para acompanhar as famílias das vítimas. A presidente Dilma Rousseff interrompeu viagem oficial que fazia ao Chile e foi até a cidade, onde se reuniu com o governador Tarso Genro e parentes dos mortos.



Fonte: Terra Brasil

Atualizada - Gasolina e diesel ficam mais caros nas refinarias a partir de amanhã

Rio de Janeiro - A Petrobras anunciou agora à noite um aumento de 6,6% no preço da gasolina comum (Gasolina A) e de 5,4% no preço do óleo diesel nas refinarias da companhia em todo o país a partir da meia-noite do dia 30. A nota conclui que o reajuste foi definido levando em consideração a política de preços da companhia de buscar alinhar os preços dos derivados aos vigentes no mercado internacional.

Segundo nota da estatal, os preços da gasolina e do diesel, sobre os quais incide o reajuste, não incluem os tributos federais como a Contribuição de Intervenção do Domínio Econômico (Cide) e PIS/Cofins e o tributo estadual ICMS.

O último reajuste anunciado pela estatal para a gasolina ocorreu em 25 de junho do ano passado, quando o tipo comum do produto subiu 7,83% nas refinarias. Na ocasião, o óleo diesel foi reajustado em 3,94%, também sem a incidência dos tributos federais e estadual.

Naquela ocasião, no entanto, o aumento não chegou ao bolso do consumidor final uma vez que o governo, para manter a inflação sobre controle, zerou a alíquota da Cide.

No caso do óleo diesel, no entanto, a Petrobras voltou a anunciar um novo aumento de 6%, que passou a vigorar no dia 16 de julho de 2012, nas refinarias da estatal.

Fonte: Nielmar de Oliveira
Repórter da Agência Brasil

Delegado confirma tentativa de suicídio de sócio da Boate Kiss

Santa Maria (RS) - O delegado Marcelo Arigony, que cuida das investigações do incêndio na Boate Kiss, confirmou hoje (30) que um dos sócios da casa noturna, Elissandro Spohr, conhecido como Kiko, tentou se matar na noite de ontem (29). Kiko está internado, sob custódia, em um hospital na cidade de Cruz Alta e teria usado a mangueira do chuveiro para tentar se enforcar. “Mas ele está bem e foi agora algemado na cama para evitar novas tentativas”, disse o delegado.

Elissandro Spohr está preso temporariamente por cinco dias e deve ser posto em liberdade na sexta-feira (1º). Além dele, estão presos dois integrantes da banda Gurizada Fandangueira e o outro sócio da boate, Mauro Hoffman. Hoje o delegado Arigony disse que está com dificuldades de conseguir prorrogar a prisão dos quatro por motivos legais.

“Pedimos a prisão temporária por 30 dias e só conseguimos cinco. Agora precisamos renovar essas prisões e estamos com dificuldade. Não é culpa do promotor, do juiz ou do delegado, é a legislação que exige requisitos muito específicos”, explicou Arigony.

Segundo ele, há uma preocupação com a preservação de provas e que os suspeitos possam corromper testemunhas. “Um deles [sócio da boate], por exemplo, tem muita influência sobre os funcionários”, explicou.

Apesar disso, o promotor criminal Joel Dutra também admitiu que será difícil manter os suspeitos presos. De acordo com ele, a legislação é feita para privilegiar a liberdade, enquanto não houver julgamento, questões como o clamor público não podem ser usadas para justificar as prisões temporárias. “É preciso comprovar requisitos muito específicos [de acordo com a jurisprudência], como a possibilidade de fuga ou a reincidência no crime, coisas que aparentemente não são prováveis de acontecer neste caso”, explicou.

Segundo ele, o Código de Processo Penal Brasileiro prevê a substituição da prisão por medidas preventivas como proibir que os suspeitos deixem a cidade. Nem a preservação da integridade física dos próprios presos, diante do clima emotivo que se estabeleceu em Santa Maria, poderá ser usada como justificativa para manter a prisão deles. “Caberá ao Estado garantir a integridade dessas pessoas, não se pode mantê-las presas sob essa justificativa”, completou o promotor.

Fonte: Mariana Jungmann
Enviada Especial

Índios se negam a deixar prédio do antigo museu no Rio

Rio de Janeiro - Os índios que habitam o antigo Museu do Índio negaram a proposta do governo do estado de serem transferidos para o Centro de Referência da Cultura de Povos Indígenas, na Quinta da Boa Vista, que ainda será construído. O prédio ocupado fica ao lado do Estádio Jornalista Mário Filho (Maracanã), na zona norte da cidade. Como representante da comunidade Indígena Aldeia Maracanã, a Defensoria Pública da União no Rio de Janeiro (DPU/RJ) enviou na noite de ontem (31) a resposta à carta-proposta da Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos. O documento foi enviado também à Procuradoria-Geral do Estado do Rio de Janeiro.

Os índios informaram que não sairão do antigo museu e que estão dispostos a negociar “qualquer coisa, menos isso”. “Não adianta mandar polícia nem tropa de choque. Até porque já enfrentamos a violência de fazendeiros, bandeirantes, milícias e forças militares”, informa trecho da carta.

O governo do Rio desistiu da demolição do antigo prédio, que seria feita por causa das obras do Maracanã para a Copa de 2014, mas insiste em transferir os índios para o centro de referência que ainda será construído, e se compromete a criar o Conselho Estadual dos Direitos Indígenas.

O Museu do Índio, abandonado desde os anos de 1990 e ocupado pelos índios em 2006, foi comprado no ano passado pelo governo do estado por R$ 60 milhões da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Entretanto os índios são os legítimos proprietários, por usucapião, de acordo com a lei.

“Queremos mostrar para o povo brasileiro não indígena que estamos vivos e que podemos contribuir para o avanço da cultura brasileira. O mundo vem mudando muito rapidamente. Em nossas terras sentimos dificuldades de compreender essas mudanças. Assim, a vinda de parentes indígenas às cidades não é só para passear, para vender artesanato ou para trabalhar, mas também para conhecer e vivenciar”, diz um trecho da carta, em que os indígenas convidam ainda o governador do Rio, Sérgio Cabral, a visitar o prédio construído em 1862.

Fonte: Flávia Villela
Repórter da Agência Brasil

Contran reduz tolerância de álcool no teste do bafômetro

Brasília – A partir de hoje (29), quem for pego dirigindo sob efeito de álcool sofrerá penalidades e pode ser preso. O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) publicou hoje (29), no Diário Oficial da União, a Resolução 432/13 que estabelece diretrizes para o cumprimento da Lei Seca mais rigorosa, sancionada em dezembro do ano passado. Pela resolução, se o teste do bafômetro apontar marca igual ou superior a 0,05 miligrama de álcool por litro de ar, o motorista será autuado, responderá por infração gravíssima, pagará multa de R$ 1.915,40, terá a carteira de habilitação recolhida, o direito de dirigir suspenso por 12 meses, além da retenção do veículo. Antes, o limite era 0,1 miligrama de álcool por litro de ar.

Caso o teste aponte concentração igual ou superior a 0,34 miligrama por litro de ar, o ato de dirigir passa a ser considerado crime e o motorista, além de pagar a multa e ter a carteira de motorista apreendida, será encaminhado para a delegacia. Comprovada a embriaguez, o condutor pode ser condenado à detenção de seis meses a três anos.

Nem mesmo o uso de enxaguantes bucais com algum teor alcoólico escapa das novas regras. “A lei não dá margem. Qualquer concentração estará sujeita a penalidade. No caso do enxaguante, o caso teria que ser analisado individualmente, mas o condutor seria pego pelo bafômetro", explica o ministro das Cidades, Aguinaldo Ribeiro.

A embriaguez pode ser comprovada pelo teste do bafômetro, exames laboratoriais, vídeos ou testemunhos, de acordo com a resolução. Os policiais deverão preencher um questionário. No documento, marcarão os possíveis sinais de embriaguez que o condutor apresente, como sonolência, olhos vermelhos, vômito, soluços, desordem nas vestes, odor de álcool no hálito, agressividade, exaltação, arrogância, ironia ou dispersão. De acordo com o ministro, não existe um número mínimo de características exigido para justificar a embriaguez. “Ele deve apresentar um conjunto dessas características. Geralmente uma vem acompanhada de mais”.

Caso o condutor apresente esses sinais, está sujeito às penas administrativas mesmo que se recuse a fazer o teste do bafômetro ou o exame de sangue. Para a infração ser considerada crime, é preciso a comprovação por meio de exames, não necessariamente de sangue. “Eles [os exames] serão determinados pelo agente de trânsito e o condutor será encaminhado ao laboratório indicado na delegacia”, explica o ministro. O condutor pode recorrer à Justiça.

Aguinaldo Ribeiro disse que, para melhor aplicação da legislação, os agentes de trânsito estão fazendo cursos de capacitação, que serão ampliados em 2013. O governo espera, com as medidas, reduzir em 50% o número de acidentes de trânsito até 2020. De acordo com dados do ministério, a redução tem por base o número de mortes registrado em 2010, 42 mil.

Fonte: Mariana Tokarnia
Repórter da Agência Brasil

Ex-comandante geral da PM afirma que morte de Patrícia Acioli acabou com sua carreira

  • Depoimento de Mario Sérgio Duarte aconteceu durante o primeiro dia do julgamento de três PMs acusados pela morte da juíza
  • Audiência durou mais de 12 horas e será retomada na manhã desta quarta-feira

  • Coronel Mário Sérgio, ex comandante geral da PM. Ele passou mal no fim do depoimento Foto: Fabiano Rocha / Extra
    Coronel Mário Sérgio, ex comandante geral da PM. Ele passou mal no fim do depoimentoFabiano Rocha / Extra
    RIO - O ex-comandante-geral da Polícia Militar Mario Sérgio Duarte afimou que a morte da juíza Patrícia Acioli foi o motivo do fim de sua carreira. De acordo com informações do site G1, da TV Globo, as declarações foram dadas durante depoimento do ex-comandante, que chegou a passar mal, como testemunha de defesa de um dos três PMs acusados de participar da morte da juíza, em agosto de 2010. Junior Cezar Medeiros, Jefferson de Araújo Miranda e Jovanis Falcão respondem por homicídio triplamente qualificado e formação de quadrilha. Caso condenados, podem pegar 30 anos de prisão.

     Fiquei interessado no processo porque esse crime encerrou a minha carreira. Eu me vi compelido pelas circunstâncias a encerrar a minha carreira. Saíram todos os coronéis da minha equipe, aqueles que participaram do processo de pacificação, todos foram retirados de seus postos antes dos 40 anos de idade - disse o coronel, que comandou a PM do Rio de julho de 2009 a setembro de 2011 - declarou Mário Sério Duarte, que criticou ainda as investigações sobre o caso, conduzidas pela Polícia Civil:
    - Eu penso que a investigação, ao final, tomou um rumo diferente: passou a ter um caráter literário persuasivo, deixando de ter um aspecto de revelação, para ser um conjunto de informações que ora está no processo, ora não. Observei nos depoimentos, principalmente relativos à delação premiada, que em alguns momentos as informações são contraditórias dentro do próprio depoimento. No caso do Jefferson, por exemplo, ele presta dois depoimentos completamente diferentes. Eles [réus] são inconsistentes quando falam do espólio do crime e do valor, por exemplo.
    O primeiro dia da audiência no no 3º Tribunal do Júri de Niterói, na Região Metropolitana do Rio, durou mais de 12 horas e foi encerrado por volta das 20h40m. Durante a manhã, foram ouvidas quatro testemunhas de acusação e o cabo Sérgio Costa Júnior, que também é réu do processo e foi condenado a 21 anos de reclusão no último dia 4 de dezembro. O julgamento, presidido pelo juiz Peterson Barroso Simão, deve durar três dias.
    No total, onze policiais são acusados de envolvimento no crime, ocorrido em 2011. Entre eles, o tenente-coronel Cláudio Oliveira e o tenente Daniel Benitez, do 7º BPM (São Gonçalo). Arrolado pela defesa de Junior Cezar de Medeiros, Sérgio Costa Júnior prestou depoimento como colaborador na qualidade de informante. Ele declarou que, pelo que sabe, ninguém comunicou ao soldado Medeiros do atentado. E que nem todos os integrantes do Grupo de Ações Táticas (GAT) do 7º BPM estavam presentes quando o tenente Benitez trouxe a ideia de matar a magistrada.
    Primeira testemunha de acusação a depor, o delegado Felipe Ettore contou que presidiu o inquérito sobre a morte da juíza na Delegacia de Homicídios, realizou a perícia do local e recolheu imagens do trajeto da vítima. Quanto aos réus que estão sendo julgados, o delegado ressaltou que “os três tinham ciência do assassinato da juíza Patricia Acioli desde o início do planejamento até o seu desfecho final”. Ettore afirmou, ainda, que o depoimento prestado sob o benefício da delação premiada por Jefferson Miranda, durante o inquérito, foi totalmente espontâneo e que, naquele momento, a investigação já estava quase chegando ao fim. “A nova sistemática que ele deu foi o diálogo entre o Benitez e o coronel Claudio sobre a morte da juíza”, completou.
    O promotor Paulo Roberto Mello Cunha, que atuava na 4ª Vara Criminal de São Gonçalo, lembrou que, desde 2008, estava sendo feito um trabalho conjunto de verificação e denúncia de autos de resistência supostamente forjados por policiais do 7º BPM. Já o advogado Bernardo Pinto Lugão confirmou que estava presente quando Jefferson de Araújo Miranda prestou depoimento na época da medida cautelar, sob o benefício da delação premiada, e que o procedimento ocorreu normalmente, sem qualquer irregularidade.
    Em seu depoimento, a advogada Ana Claudia Abreu Lourenço disse que incentivou Jefferson de Araújo Miranda a fazer a delação premiada quando esteve com ele na Delegacia Anti-sequestro e acredita que ele tenha negado o depoimento anterior em função de ameaças. “O que eu posso dizer é que alguém, no meio do caminho, o fez voltar atrás da verdade”, concluiu.
    O corpo de jurados é formado por quatro homens e três mulheres e a previsão é de que o julgamento termine na próxima quinta-feira, dia 31. Os PMs Junior Cezar de Medeiros, Jefferson de Araújo Miranda e Jovanis Falcão vestiam camisa branca e calça azul, uniforme do Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, onde estão presos. A mãe de Patrícia, Marli Acioli, chegou ao local apoiada numa bengala. Abatida, ela se sentou na primeira fila da plateia. Com os olhos muito vermelhos, como quem segura o choro, Marli recebeu o apoio de amigos e parentes.
    O crime
    A juíza Patrícia Acioli foi morta no dia 11 de agosto de 2011 na porta de sua casa, em Piratininga, na Região Oceânica de Niterói , por dois policiais militares. Para chegar aos 11 acusados - entre eles, o tenente-coronel Cláudio Oliveira e o tenente Daniel Benitez - a Divisão de Homicídios analisou todos os sinais de celulares captados por antenas e imagens de câmeras do trajeto feito pela juíza do Fórum de São Gonçalo até em casa. Ela foi morta porque estava revendo ações de PMs do 7º BPM (São Gonçalo) registradas como autos de resistência (morte em confronto) forjados e o envolvimento deles com o tráfico de drogas no município.
    O caso teve a primeira condenação em dezembro do ano passado, quando o cabo da Polícia Militar Sergio Costa Júnior, réu confesso, foi condenado a 21 anos de prisão. O julgamento desta terça-feira, que será presidido pelo juiz Peterson Barroso Simão, titular da 3ª Vara Criminal, o mesmo que julgou Costa, deve durar três dias.
    Réu foi beneficiado por delação premiada
    Inicialmente, Costa Júnior havia sido condenado a 36 anos de prisão, mas teve a pena reduzida por colaborar com as investigações, a chamada delação premiada. O cabo assumiu ter atirado 15 vezes na direção da juíza. A defesa buscava uma redução maior.
    A Justiça ainda não tem data para os julgamentos dos dois principais acusados do crime: o tenente-coronel Cláudio Luiz Silva de Oliveira, que comandava o 7º BPM (São Gonçalo) na época do assassinato e que teria sido o mandante do crime; e o tenente Daniel dos Santos Benitez, que chefiava diretamente o grupo de PMs envolvidos no caso.

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    Fonte: O Globo

    Recuperação estrutural do viaduto do Joá sobe de R$ 7 milhões para R$ 70 milhões

    Sinais de degradação do elevado tinham sido apontados por um estudo da Coppe/UFRJ
    
Péssimo estado de conservação do viaduto do Joá. Foto de 04/12/2012
Foto: Pablo Jacob / O Globo
    Péssimo estado de conservação do viaduto do Joá. Foto de 04/12/2012Pablo Jacob / O Globo
    RIO - Em vez de R$ 7 milhões, como anunciado pela prefeitura em dezembro passado, as obras de reforço estrutural no Elevado do Joá custarão R$ 70 milhões, ou seja dez vezes mais. Foi o próprio prefeito Eduardo Paes que informou na terça-feira, na Rádio CBN, o novo valor das intervenções, pouco depois de aprovar proposta apresentada pela Secretaria municipal de Obras. Os sinais de degradação do elevado tinham sido apontados por um estudo da Coordenação dos Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe/UFRJ). O trabalho já começou na parte inferior do viaduto (pista Barra-São Conrado) e, segundo o coordenador-geral de projetos da Secretaria de Obras, João Luiz Reis, será intensificado a partir da próxima semana. A reforma será feita simultaneamente nos dois níveis: no inferior, durante as 24 horas do dia, sem necessidade de interromper o tráfego; e, no superior, de quinta a domingo, de 23h às 5h, com interdição do trânsito. O esquema de circulação está sendo detalhado pela CET-Rio.


    É um custo elevadíssimo. São R$ 70 milhões que acabei de autorizar para realizar a obra em toda a sua plenitude, para acabar com qualquer risco, com qualquer problema no Elevado do Joá. Já vínhamos fazendo intervenções há algum tempo. Agora, são intervenções definitivas, pesadas, para acabar com essa história de que o elevado corre risco de cair. Você resolve todos os problemas. Estávamos fechando o projeto executivo, e acabamos de ter essa notícia, que não foi a mais agradável do meu dia, mas é fundamental para dar segurança à população — disse o prefeito à CBN.
    Mais tarde, ao GLOBO, Paes complementou:
    — Não vou deixar de fazer o que os meus técnicos dizem que é importante. Estou indo à plenitude. O Elevado do Joá vai ficar zerado, novo.
    Dois túneis também terão reparos
    Paes e Reis dizem que houve um mal-entendido, quando da divulgação da obra em dezembro. Segundo o coordenador de projetos, o custo seria R$ 7 milhões se o município optasse por fazer a recuperação estrutural de 23 dentes Gerber (que fazem a transferência da carga das vigas para os pórticos) — que estão em pior situação. Após estudos, os técnicos da Secretaria de Obras decidiram abandonar esse projeto, optando por uma solução mais cara. Em vez de reforçar os dentes Gerber, em cada nível do elevado (tabuleiro) serão instaladas 128 vigas metálicas em todos os pórticos. Só de aço especial, essas vigas terão 1.641 toneladas. As novas vigas ficarão sob os dentes Gerber, apoiadas em macacos tóricos que, por sua vez, estarão sobre estruturas de concreto chamadas consoles.
    — Os dentes Gerber deixarão de ter função estrutural com a obra. Os consoles vão receber as cargas das vigas, que serão descarregadas nos pórticos. Os pórticos, por sua vez, vão descarregar nas fundações — explicou Reis.
    Mas a reforma, realizada pelo consórcio formado pelas empresas Concrejato e Geomecânica, irá além da recuperação estrutural. A prefeitura decidiu incluir no projeto a reforma dos guarda-rodas (barreiras laterais de concreto) do viaduto. Serão recuperados ainda os chamados pergolados (vigas na entrada e na saída) dos túneis de São Conrado e do Joá, sentido Barra-São Conrado. As paredes laterais, as vigas e as lajes desses dois túneis também terão obras.
    — Vamos ter um elevado e túneis novos. Com as obras que serão executadas e a manutenção rotineira, o Joá não precisará de reforço estrutural por 20 anos, 30 anos — disse Reis.
    Para garantir a estabilidade estrutural do Elevado do Joá, a prefeitura adotou medidas emergenciais em dezembro passado. A CET-Rio vetou a circulação de caminhões na via. A velocidade máxima também foi alterada, passando de 80 para 60 quilômetros por hora. Essas recomendações constavam do estudo da Coppe.
    As intervenções emergenciais não vão atrapalhar os planos de Paes de criar duas faixas, independentes e paralelas às existentes, no sentido Barra, com a construção de dois túneis. O projeto executivo será apresentado em fevereiro.
    Ex-secretário defende construção de nova via
    Para o ex-secretário municipal de Transportes Márcio Queiroz, que participou da construção do elevado, a alternativa proposta pela prefeitura é uma boa solução. Mas ele defende a construção de uma nova via ligando a Barra à Zona Sul para comportar o aumento de tráfego:
    — Os dentes Gerber eram uma técnica muito adotada na época da construção. O problema é que se partia do princípio que a estrutura teria um programa de conservação permanente, o que nem sempre ocorreu. O ideal é que se invista, por ano, em manutenção, de 3% a 5% do que foi gasto na obra.
    Já o presidente da Câmara Comunitária da Barra, Delair Dumbrosck, vê a obra com desconfiança, diante do histórico de problemas estruturais do Joá. Para ele, a prioridade deveria ser a construção de um novo acesso, como recomendou o estudo elaborado pela Coppe.
    A construção de um novo elevado, segundo João Luiz Reis, custaria R$ 300 milhões.


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    Fonte:O Globo

    terça-feira, 29 de janeiro de 2013

    Into fará cirurgia em pacientes com problemas de mandíbula

    Rio de Janeiro - Pacientes com problemas de desenvolvimento de mandíbula poderão fazer, a partir de hoje (29), novo tratamento cirúrgico no Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jammil Haddad (Into). A cirurgia de alongamento ósseo beneficiará crianças e adolescentes, com idade de 5 a 15 anos, que têm deformidades congênitas ou adquiridas em traumatismos.

    De acordo com o Into, a técnica de reparação tem como objetivo atenuar o crescimento deficiente da mandíbula, utilizando um aparelho feito com titânio que é afixado no maxilar do paciente para estimular o desenvolvimento de tecido ósseo no local. Com os movimentos diários do aparelho - que podem ser internos ou externos - ocorre o alongamento do osso, proporcionando melhorias funcionais e estéticas.

    Segundo o chefe do Centro de Cirurgia Crâniomaxilofacial do instituto, Ricardo Cruz, o aparelho externo, apesar de parecer incômodo quando colocado no rosto, é um procedimento menos invasivo e que possibilita a alta do paciente em poucos dias. "Existem outras alternativas para tratar essas doenças, mas o alongamento mandibular ou distração óssea é o mais moderno hoje e consideramos a melhor opção em pacientes jovens com anomalias congênitas ou adquiridas”, disse Cruz.

    A cirurgia é indicada ainda para casos de microssomia hemifacial, em que um lado do rosto nasce menor que o outro, síndromes de Pierre-Robin e Treacher-Collins, além de anomalias em trauma e sem causa específica, como a anquiose temporomandibular, em que uma ridigez na articulação impossibilita o crescimento da mandíbula.

    Por meio do tratamento, o paciente apresenta melhora em suas atividades de mastigação e respiração, além de uma estética mais adequada. Para a completa recuperação, é necessário que os pacientes recebam acompanhamento médico e fonoaudiológico por cerca de quatro meses.

    Desde 1989, o Into vem realizando o alongamento ósseo de pessoas com doenças no aparelho locomotor, permitindo a correção de deformidades nos membros superiores e inferiores, por meio da aplicação de aparelhos de fixação externa.
     
    Fonte: Agência Brasil

    Boate Kiss recebeu mais clientes que o permitido no dia do incêndio


    tragédia no SulA casa noturna Kiss, em Santa Maria (RS), onde 231 pessoas morreram em um incêndio no domingo, estava autorizada a receber até 691 pessoas, informou o comando do Corpo de Bombeiros gaúcho. Naquele dia, abrigava entre 900 e 1.000, segundo a polícia.
    Acompanhe a cobertura completa da tragédia em Santa Maria
    Seis toneladas de doações são enviadas ao RS; veja como ajudar
    Sobrevivente de incêndio diz que táxis dificultaram saída da Kiss
    Vocalista encostou sinalizador no teto, diz sobrevivente de incêndio
    Interrogados não admitem ter usado sinalizador em boate incendiada
    O plano de segurança da casa, que estava vencido, também não previa o uso de fogos em seu interior.
    Um dos pontos de investigação é que a superlotação tenha impedido uma saída rápida do prédio, expondo por muito tempo as vítimas à fumaça. Elas morreram por asfixia ou intoxicação.
    A casa não possuía portas de emergência, o que não é uma obrigação, desde que respeite o limite estabelecido em seu plano de segurança.
    "A norma brasileira 9077 [que dispõe sobre saídas de emergência] diz que a saída deve ser adequada ao número de pessoas autorizadas no local. Para aquele número, 691 pessoas, aquela abertura era suficiente", disse à Folha o comandante do Corpo de Bombeiros do RS, coronel Guido Pedroso de Melo.
    A porta tem cerca de 4 m de largura. Anteontem, o delegado Sandro Meiners disse que ela era "pequena" para um local com aquele público.
    Os bombeiros são responsáveis por aprovar o plano de segurança. O da Kiss expirou em agosto --a licença da prefeitura também estava vencida.
    Editoria de Arte/Folhapress
    "Fizemos vistoria assim que o alvará expirou e verificamos que os itens mínimos de segurança --iluminação e sinalização de emergência, além dos extintores-- estavam em dia", afirmou o coronel.
    Os donos da Kiss já haviam solicitado renovação. "A lei diz que, enquanto está em andamento a renovação, não há motivo para interditar o local se ele tem [equipamentos de] prevenção. E ele tinha."
    No entanto, diz ele, para usar artefatos pirotécnicos seria preciso pedir permissão aos bombeiros, com a apresentação do projeto de prevenção de incêndio específico.
    Segundo a polícia, o fogo começou quando um integrante da banda ergueu um artefato chamado de "vela fria", uma espécie de sinalizador.
    Faíscas atingiram o teto, revestido de espuma para isolamento acústico --material inflamável, conforme os bombeiros--, iniciando as chamas.
    Anteontem, um segurança da casa e o guitarrista da banda afirmaram à Folha que tentaram conter as chamas, mas os extintores não funcionaram.
    O coronel disse que, na vistoria em 2012, os bombeiros se certificaram de que os extintores estavam dentro do prazo de validade. "Pode ter sido a maneira que ele foi manuseado no momento de pânico. A perícia vai dizer se a validade e a carga estavam em dia."
    Questionados sobre a superlotação, os advogados da boate não se manifestaram.


    Moradores se agrupam diante da boate Kiss para uma passata pelas ruas de Santa Maria, no Rio Grande do Sul
     
    Fonte: Folha de S. Paulo

    Dilma: temos o dever de assegurar que a tragédia jamais se repetirá

    Presidente pede um minuto de silêncio pelas vítimas da tragédia em Santa Maria e suas famílias

    A presidente Dilma Rousseff discursa no centro de convenções em Brasília durante o Encontro Nacional dos novos prefeitos Foto: Gustavo Miranda / Agência O Globo
    A presidente Dilma Rousseff discursa no centro de convenções em Brasília durante o Encontro Nacional dos novos prefeitosGustavo Miranda / Agência O Globo

    BRASÍLIA – Na abertura do encontro nacional de prefeitos nesta segunda-feira, a presidente Dilma Rousseff lembrou diante de 28 ministros e 26 prefeitos de capitais a responsabilidade que os ocupantes do Poder Executivo têm com a população. A presidente pediu um minuto de silêncio pelas vítimas da tragédia em Santa Maria (RS) e suas famílias.
    - Estou aqui sob a emoção dessa terrível tragédia em Santa Maria. Eles eram jovens, tinham sonhos, poderiam ser nossos futuros prefeitos, prefeitas, presidentes ou presidentas, futuros cientistas, agrônomos, juízes, filhos, filhas, netos, netas de cada um de nós. A dor que presenciei é indescritível. Falo dessa dor para falar da responsabilidade que todos nós, do Executivo, temos com a população. Temos o dever de assegurar que ela jamais se repetirá - disse Dilma, sendo aplaudida.
    Ela lembrou que o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, está em Santa Maria e que ficará lá "até que fique clara a situação dos nossos brasileiros , brasileiras que foram feridos".
    - O nosso trabalho é cuidar da nossa gente, garantido a eles e a elas oportunidades de melhorar de vida – disse a presidente.


    Pacote de bondades
    A presidente fez uma série de anúncios para agradar os prefeitos. Segundo ela, em 2013, são R$ 66,8 bilhões de recursos novos para obras e ações. Mas cobrou a agilidade na execução de obras, avisando que as verbas do PAC não sofreram cortes.
    A presidente afirmou que o governo é parceiro comprometido e, através do diálogo, dará suporte para encontrar as melhores soluções para os municípios. Também ressaltou a importância de "planejar, priorizar, implementar e acompanhar, fiscalizando" a execução dos projetos.
    Dilma disse também que os novos prefeitos devem colocar em prática seus planos de governo, executando as promessas que foram feitas durante a eleição.
    - Eu sei do tamanho do desafio – afirmou.
    “Tenho certeza de que o Brasil vai crescer”
    Diante dos prefeitos, a presidente Dilma Rousseff disse que é preciso enfrentar a discussão sobre o destino dos royalties do petróleo e reafirmou a posição de que os recursos deveriam ser destinados à Educação. Os prefeitos, na sua maioria, querem a verba para outras ações.
    - Temos que discutir o que fazer com os royalties do petróleo. Sempre disse aos senhores: não faço demagogia. Não temos de onde tirar. Temos que ter uma visão de médio e longo prazo. Precisamos colocar mais recursos na Educação - disse Dilma, afirmando que mais importante do que se carrega nos bolsos e bolsas é o que se carrega nas mentes.
    Ela disse que vai trabalhar, até o final do seu mandato, para melhorar as condições da Educação no país
    Ao anunciar recursos de R$ 66,8 bilhões, Dilma destacou uma verdadeira plataforma: recursos para quadras de esportes, unidades de saúde, estradas, saneamento básico
    Também anunciou encontro de contas previdenciárias, beneficiando mais de 800 cidades neste ano. Os valores aos municípios que têm a receber no encontro de contas começará em março.E destacou o "relacionamento republicano" com todos os prefeitos, afirmando que não há discriminações.
    Na economia, disse que o Brasil vai crescer.
    - Tenho certeza de que o Brasil vai crescer e que 2013 será um bom ano para o Brasil e para todos nós. E faremos parceria fraterna , respeitosa para superar as barreiras e gargalos na atividade que exercemos - disse Dilma.
    Prefeito de Porto Alegre cobra gestores
    O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati, que teve encontro com a presidente no Planalto antes de seguir para o evento, disse nesta segunda-feira que todos os gestores dos municípios têm que tomar providências. Ele também foi cobrado por Dilma.
    - Depois da tragédia acontecida não adianta buscarmos culpados, nós temos que resolver o problema antes. Tenho a convicção de que o que aconteceu ontem em Santa Maria vai servir de exemplo para que todos os gestores do país tomem providências adequadas. Eu vou cumprir meu papel para que normas de segurança sejam observadas com todo o rigor. Não dá para passar panos quentes em cima de situações que trazem consequências para a vida das pessoas - disse.
    O prefeito afirmou também que 44 vítimas da tragédia na boate Kiss foram transferidas para hospitais especializados em queimados na capital gaúcha e outros sete estão a caminho. Segundo o prefeito, todos eles se encontram em estado grave. A prefeitura enviou a Santa Maria respiradores móveis e médicos especialistas para fazer uma triagem e enviar, por helicóptero, os casos mais críticos. Os dois centros de queimados em Porto Alegre para onde estão sendo levados os jovens (Grupo Hospitalar Conceição e HPS) têm capacidade para atender até 150 pacientes, segundo o prefeito.
    As famílias dos jovens encaminhados para Porto Alegre estão sendo avisadas e contam com "centros de convivência", montados nas proximidades dos hospitais para abrigar e acolher os parentes, com psicólogos e técnicos que os abastecem com informações sobre o estado de seus entes. Segundo Fortunati, a presidente Dilma, que esteve ontem com familiares em Santa Maria, pediu solidariedade e apoio especial aos pais e mães das 231 pessoas que morreram no incêndio que ocorreu na boate Kiss, que deixou outras 106 pessoas feridas.
    - A presidente Dilma manifestou toda a dor que ela sentiu no dia de ontem ao avistar os pais, especialmente as mães. Quando ela chegou em Santa Maria e teve contato com as mães e pais isso a deixou muito chocada. Segundo as palavras da presidenta, ela se colocou no lugar de cada uma daquelas mães. E ela ficou muito abatida e, naquele momento, acabou externando isso com choro. Ela tem essa grande preocupação de que a gente trate os sobreviventes da melhor forma possível, mas também dê apoio aos familiares (das vítimas fatais) - relatou o prefeito.


    Veja também
    Fonte: O Globo

    Tropa de 290 policiais civis e militares começa a reprimir vans piratas após o carnaval

    Interessados em obter permissões devem entregar documentos até dia 7 de fevereiro

    
Cobradora com a cabeça para fora de uma van que estaria em situação irregular
Foto: Pedro Kirilos / O Globo
    Cobradora com a cabeça para fora de uma van que estaria em situação irregularPedro Kirilos / O Globo
    RIO - A tropa de choque do delegado Cláudio Ferraz, coordenador especial de Transporte Complementar da prefeitura, vai para as ruas na primeira semana após o carnaval. O alvo da fiscalização serão as vans piratas — estimadas em seis mil por Ferraz — que disputam passageiros com outras 6.055 que têm autorização precária. Trabalharão diretamente com o delegado 40 policiais civis e militares. O grupo contará ainda com outros 250 policiais em segundo emprego — do Programa Estadual de Integração da Segurança (Proeis) —, e terá o apoio de equipes do Detro e da Corregedoria Geral Unificada.



    Não atuaremos em relação à questão policial, que está sendo apurada pela Secretaria de Segurança e pelo Ministério Público. Mas sabemos que há focos de extorsão. Os permissionários da Zona Oeste se queixam de milicianos que tentam se impor para extorquir. Temos informações ainda que traficantes atuam em locais como a Ilha do Governador e a Vila Aliança — diz Ferraz.
    Rotineiramente, as vans desrespeitam as normas de trânsito. Na Enseada de Botafogo, disputam passageiros em pontos de ônibus. Num trecho do início da Enseada, sentido Centro, motoristas param num recuo para aguardar passageiros, impedindo que os pedestres vejam os ônibus. Na Praia de Botafogo, usam um retorno para a Enseada, sentido Copacabana, onde desembarcam passageiros. No Leme, usam até duas pistas para embarque e desembarque. E os cobradores ficam com parte do corpo para fora da janela.
    Embora considere o veículo inseguro, Oswaldo Gorski, morador do Leme, tem usado vans para se deslocar para a estação Cardeal Arcoverde, do metrô. Ele justifica:
    — Os ônibus que fazem esse percurso costumam demorar até 40 minutos para aparecer .
    Moradora do Rio há três anos, a espanhola Ayara Mendo usa quase diariamente o serviço de van entre o Largo do Machado e Santa Teresa. Para ela, o transporte alternativo é a maneira mais rápida de transitar pela cidade. Mas Ayara também acha que o serviço poderia ser mais seguro e interligado com o ônibus e o metrô. Ela é contra a redução do número de vans:
    — Mas as vans precisam melhorar e ser interligadas ao bilhete único. São um tipo de transporte rápido e permitem chegar a locais onde os ônibus não chegam.
    O programa Transporte Legal — que promete rigor contra irregularidades das vans — será deflagrado após a conclusão da licitação para 1.738 permissões de 80 linhas, divididas em sete lotes. Em meio a ações impetradas pelos dois sindicatos do setor, a prefeitura começa a receber hoje, no Riocentro, os envelopes com a documentação dos interessados em explorar o transporte na área do Méier. Já o diretor-secretário do Sintral, Valmir Oliveira, diz que a categoria está programando uma paralisação.
    A entrega de envelopes com os documentos vai até 7 de fevereiro, de acordo com o lote. Nesta quarta-feira, será a vez da Ilha do Governador e de bairros da Leopoldina. Na quinta-feira, será feito o credenciamento dos interessados no lote de Pavuna, Anchieta e adjacências. No da 5 de fevereiro, serão entregues os envelopes do lote de Jacarepaguá e Recreio. Na quarta-feira da semana que vem, serão cadastrados os interessados nos lote de Santa Cruz. Os lotes da Rocinha e de Campo Grande ficaram para o dia 7.
    As 519 permissões concedidas na Zona Oeste serão mantidas e readequadas. A prefeitura poderá fazer outra licitação e aumentar essas permissões para 1.764. Ao todo, haverá 3.502 licenças.
    Pelo novo sistema, as vans serão um transporte complementar e não passarão pelos grandes corredores, como as avenidas Brasil e Presidente Vargas, pelo Centro e por quase toda a Zona Sul. A permissão é por dez anos, podendo ser prorrogada por mais dez. Dividido em turnos de 12 horas, o serviço deverá operar por 24 horas. Os veículos deverão contar com bilhetagem eletrônica, sendo integrados ao Bilhete Único Carioca. Todos os veículos serão monitorados por GPS.


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    Fonte: O Globo

    segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

    Rio de Janeiro é único estado brasileiro com diretoria específica para regular diversões públicas, diz Corpo de Bombeiros

    Rio de Janeiro - Mais de 5 mil processos, entre liberados e negados, foram analisados pela Diretoria de Diversões Públicas do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro no ano passado, informou hoje (28) à Agência Brasil o subdiretor do departamento, tenente-coronel Leonardo Tupã.

    O Rio de Janeiro é, segundo Tupã, o único estado da Federação que tem uma diretoria específica para serviços de diversões públicas, criada por resolução em 2004. O militar explicou que, às vezes, um indeferimento dado em um primeiro momento, uma vez cumpridas as exigências, pode virar um processo liberado.

    Com 200 fiscais atuando em todo o estado – cada quartel dos bombeiros tem uma seção - a diretoria de Diversões Públicas é a responsável pela regulação de todo tipo de eventos e o funcionamento de casas de entretenimento. “É todo um sistema que a diretoria controla”, disse Tupã.

    A diretoria concede autorizações para eventos que reúnam público, incluindo jogos de futebol e certificados de registro anuais que todas as casas de espetáculos têm que ter, como cinemas, boates e teatros. No caso dos jogos de futebol, além de os estádios terem um documento de registro anual, para cada jogo é emitida uma autorização pelo Corpo de Bombeiros.

    A atividade da diretoria de Diversões Públicas segue o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico, datado de 1976, que foi complementado por algumas resoluções. “Foi o primeiro código do Brasil”. Ele foi elaborado após os incêndios dos edifícios Andraus (1972) e Joelma (1974), em São Paulo. “Apesar de antigo, ele é um código bem eficiente e atende bem ao estado”, assegurou o tenente-coronel Tupã.

    Para locais que apresentam aglomerações de público, o código estabelece as saídas. Para locais fechados, a orientação é que a cada metro de saída devem passar 100 pessoas. Isso significa que para cada mil pessoas, as portas de saída devem ter dez metros.

    Não foi o que ocorreu na Boate Kiss, em Santa Maria (RS), onde mais de 230 jovens morreram. Ali, mais de mil de pessoas, de acordo com estimativa inicial, participavam da festa Agromerados, organizada por estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). Mas só havia uma porta de saída, com apenas dois metros de largura. “O cálculo da lotação é feito em cima disso”, disse o tenente-coronel Tupã, referindo-se ao tamanho das portas de evacuação.

    O código fluminense está em processo de revisão para incluir o fator tempo, visando adequá-lo à legislação internacional, devido à proximidade no Brasil de eventos mundiais, entre os quais a Copa das Confederações e o Encontro da Juventude com o Papa, este ano, além da Copa do Mundo de 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. “As normas internacionais estão trabalhando dessa forma. Então, até em virtude dos grandes eventos que a gente vai ter aqui no Rio de Janeiro, estamos adequando [o código], apesar de serem próximos os valores. Incluindo [o fator] tempo, você modifica pouca coisa. Mas, para que todos fiquem falando a mesma linguagem, a gente está fazendo essa adequação”.

    A parte de revisão do código relativa a estádios, arenas e ginásios está na Casa Civil do governo fluminense para aprovação. A reformulação restante do código deverá ser publicada até o final deste ano, estimou Tupã.

    O tenente-coronel recomendou que pessoas que frequentam locais de reunião de público devem, ao chegar, observar sempre onde estão os extintores e saídas de emergência e verificar se a casa está muito cheia, além de sua capacidade. “Se uma casa pequena, de repente, não tem nem espaço para circular, denuncie ao Corpo de Bombeiros, que a gente vai tomar providência. A gente vai até o local e, se for o caso, vai proceder a uma interdição. Os cidadãos são os maiores fiscais que nós temos”.

    Fonte: Alana Gandra
    Repórter da Agência Brasil

    Tragédia de Santa Maria: 75 pacientes ainda correm risco de morte

    Santa Maria - As autoridades de saúde do Rio Grande do Sul e do governo federal estão especialmente preocupadas com os 75 pacientes vítimas do incêndio em Santa Maria que permanecem em estado crítico de saúde, com risco de morte. Somente na cidade onde ocorreu a tragédia com 231 mortos, existe 83 pacientes internados, sendo 33 em estado grave.

    Os pacientes em estado mais crítico são, em geral, os que estão intoxicados gravemente com a fumaça do incêndio ou sofreram queimaduras intensas. Para este último caso, o Ministério da Saúde pediu ajuda a profissionais de hospitais de referência no Rio de Janeiro e do Paraná, além do Hospital Albert Einstein, de São Paulo.

    Segundo o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, os 75 casos gravíssimos incluem pacientes que precisam de diálise permanente, medicação para manter a pressão sanguínea e ventilação mecânica, por exemplo. Em dois casos, a situação é tão crítica que as pessoas não puderam ser transferidas de Santa Maria para Porto Alegre, porque não suportariam a viagem.

    O número de pacientes graves, no entanto, vem sendo reduzido e alguns já deixaram a UTI. Apesar disso, novos casos críticos ainda podem surgir. Segundo o ministro, 30 pacientes procuraram ontem (28) a Unidade de Pronto Atendimento 24 horas de Santa Maria porque apresentaram sintomas como tosse e falta de ar.

    “Depois da data do incêndio, mesmo pessoas que inicialmente não tiveram nenhum sintoma, começaram a aparecer com sinais de tosse, falta de ar e começaram a evoluir para o que nós chamamos de uma pneumonite química”, explicou.

    Hoje, no entanto, apenas duas pessoas apresentaram os sintomas da intoxicação pela fumaça do incêndio. Entretanto, o ministro alerta que os casos de pneumonite podem se agravar rapidamente e levar o paciente à morte se não forem tratados. Por isso, pede que qualquer pessoa que esteve na boate no momento do acidente e inalou a fumaça procure uma unidade de atendimento, se vier a se sentir mal.

    De acordo com Padilha, exames de raio X não são suficientes para atestar a intoxicação e o paciente deve ser examinado clinicamente por um médico.

    Apesar de Santa Maria ter 30 leitos de UTI, os casos graves estão sendo levados aos poucos para Porto Alegre (RS). A intenção do comitê de gerenciamento de crise formado pelo ministro e pelos secretários de Saúde do estado e do município é deixar esses leitos vagos para casos de pneumonite que vierem a exigir respiração artificial.

    Fonte: Agência Brasil