De acordo com Ricardo, 82% da produção de petróleo do país são no Rio de Janeiro, ameaçando o meio ambiente do estado. “Os licenciamentos ambientais não estão levando em conta os ecossistemas, os pescadores artesanais e muito menos os riscos ambientais dessa atividade. No Rio, há um apagão na política ambiental. Isso tem ameaçado a nossa rica biodiversidade”, avaliou.
O ambientalista acrescentou que, nos últimos anos, foram dadas mais de três mil licenças ambientais, que chama de licenças “fast food”, pois “saem do forno com uma rapidez meteórica”. Segundo Ricardo, o processo de licenciamento da Comperj (Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro) se deu em apenas seis meses.
Em nota, a Petrobras disse que respeita e atende aos requisitos da legislação ambiental brasileira e internacional. Segundo a empresa, a água produzida junto com o petróleo nas plataformas é tratada e descartada de acordo com a legislação brasileira. Além disso, informa que, nas plataformas onde não há sistema de tratamento, a água é enviada para outras plataformas ou outras instalações para destinação adequada.
A estatal informou ainda que o descarte da água atende às resoluções do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) 393 e 357, e à convenção Marpol 73/78, da Organização Marítima Internacional (IMO), agência especializada da Organização das Nações Unidas (ONU). O documento trata de compromissos internacionais para evitar a poluição do mar por petróleo.
Fonte: Jornal do Brasil
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