A UPP do Fallet, de onde foram afastados 30 policiais militares acusados de corrupção: crise arranha imagem do programa (Paulo Jacob/Agência O Globo)
O PM Barbosa Leonel é lotado na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) do morro do Fallet, na região central da cidade. Ou seja: ele deveria fazer parte da nova forma de policiamento que consiste em afastar o poder armado dos traficantes, aproximar-se da população e contribuir para o aumento da credibilidade da corporação. Em vez disso, é acusado de integrar o crime que, no momento, ameaça a imagem das polícias no Rio: os sequestros cometidos por policiais.
A UPP do Fallet tem um histórico de problemas. Em setembro do ano passado, foram afastados 30 policiais - entre eles oficiais - acusados de receber uma mesada de traficantes, para não atrapalhar o movimento da venda de drogas. Em junho deste ano, 12 policiais da UPP da Mangueira também foram afastados. A acusação: extorsão contra traficantes.
Barbosa Leonel é o quinto preso em duas semanas. Os outros quatro policiais foram presos em São Gonçalo, e integravam o 7º BPM – o mesmo de onde partiram os assassinos da juíza Patrícia Acioly, no ano passado. Patrícia investigava exatamente os policiais acuados de extorsão e de cometer execuções disfarçadas de autos de resistência. Em São Gonçalo, os policiais fizeram dois reféns. Os dois foram presos pela Corregedoria da Polícia MIilitar.
Nos últimos dois anos a PM prendeu, com base no Art. 244 do Código Penal Militar (extorsão mediante sequestro), 26 policiais.
A edição de VEJA desta semana mostrou como agem os grupos de policiais que sequestram traficantes e parentes de criminosos presos para extorquir grandes somas de dinheiro.
Fonte: Veja
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