O governo do Rio tem até o fim de junho para definir onde colocará equipamentos de datacenter estimados em R$ 200 milhões que servem de base para o funcionamento do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado (Proderj). A estrutura fica no prédio do Banerjão, no Centro, edifício comprado em 2015 pela Assembleia Legislativa do Rio.
A preocupação aumenta pois a estrutura contém dados que com informações essenciais para o funcionamento de setores da administração, como protocolos das matrículas dos alunos da rede estadual, o levantamento a respeito de furtos e roubos e cadastros dos policiais militares que atuaram no PROEIS.
A falta de planejamento fará com que o Estado adote medidas emergenciais para alocar equipamentos e dados, além de um espaço alugado para o trabalho dos servidores do Proderj. Segundo a Associação dos Servidores do Proderj (ASCPDERJ), o gasto estimado com estruturas alugadas será de R$ 80 milhões em dois anos. Outra preocupação é sobre a operação dos dados em função da mudança do Proderj. A tendência é que estes sejam administrados por uma empresa privada, e salvos na internet.
Procurado, o Proderj garantiu que um planejamento foi montado para a operação da mudança do centro. O órgão ainda informou que um “programa de comunicação” está sendo feito para informar as demais secretarias a respeito.
Banerjão: sujeira e descaso com servidores
Após anos de trabalho no Banerjão, os servidores lamentam o descaso com o qual o governo tratou a estrutura. Desde o início do ano, os funcionários passam o dia diante de sujeira e falta de itens básicos, como água. Em abril deste ano, por exemplo, um bituca de cigarro foi jogada em meio ao lixo que fica entulhado nas escadas, e ocorreu um princípio de incêndio.
— Nos deixaram à mercê dessa situação. Tem andares que viraram verdadeiros depósitos. A parte do porão é pura sujeira. Você anda em meio aos ratos. Não tem como trabalhar dessa forma. No início da manhã, não temos nem água nas torneiras — disse Julio Faustino, presidente da Associação dos Servidores do Proderj (ASCPDERJ).
Apenas dois elevadores, dois seis que existem no local, estão em funcionamento. Para os que trabalham além do 20º andar, o jeito é esperar muito até que um deles pare nos pavimentos. Nos corredores dos 22º, 23º e 24º andares, o lixo se acumula. A mesma situação é encontrada nos banheiros. Os sanitários não têm assentos nem suportes para papel higiênico.
No 3º andar, onde está a estrutura de informação do Proderj, não há qualquer monitoramento de segurança para preservar o patrimônio (computadores de grande porte). A entrada de pessoas está liberada a qualquer momento.
A direção do Proderj prometeu aos servidores que uma equipe de limpeza será enviada, hoje, para realizar a limpeza necessária nos andares.
Fonte Ex
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