segunda-feira, 20 de junho de 2016

Governo do estado tem dez dias para decidir onde colocar computadores de R$ 200 milhões


Datacenter do Proderj não tem destino
Datacenter do Proderj não tem destino Foto de Nelson Lima Neto/ Extra
O governo do Rio tem até o fim de junho para definir onde colocará equipamentos de datacenter estimados em R$ 200 milhões que servem de base para o funcionamento do Centro de Tecnologia da Informação e Comunicação do Estado (Proderj). A estrutura fica no prédio do Banerjão, no Centro, edifício comprado em 2015 pela Assembleia Legislativa do Rio.
A preocupação aumenta pois a estrutura contém dados que com informações essenciais para o funcionamento de setores da administração, como protocolos das matrículas dos alunos da rede estadual, o levantamento a respeito de furtos e roubos e cadastros dos policiais militares que atuaram no PROEIS.
A falta de planejamento fará com que o Estado adote medidas emergenciais para alocar equipamentos e dados, além de um espaço alugado para o trabalho dos servidores do Proderj. Segundo a Associação dos Servidores do Proderj (ASCPDERJ), o gasto estimado com estruturas alugadas será de R$ 80 milhões em dois anos. Outra preocupação é sobre a operação dos dados em função da mudança do Proderj. A tendência é que estes sejam administrados por uma empresa privada, e salvos na internet.
Procurado, o Proderj garantiu que um planejamento foi montado para a operação da mudança do centro. O órgão ainda informou que um “programa de comunicação” está sendo feito para informar as demais secretarias a respeito.
Banerjão: sujeira e descaso com servidores
Após anos de trabalho no Banerjão, os servidores lamentam o descaso com o qual o governo tratou a estrutura. Desde o início do ano, os funcionários passam o dia diante de sujeira e falta de itens básicos, como água. Em abril deste ano, por exemplo, um bituca de cigarro foi jogada em meio ao lixo que fica entulhado nas escadas, e ocorreu um princípio de incêndio.
— Nos deixaram à mercê dessa situação. Tem andares que viraram verdadeiros depósitos. A parte do porão é pura sujeira. Você anda em meio aos ratos. Não tem como trabalhar dessa forma. No início da manhã, não temos nem água nas torneiras — disse Julio Faustino, presidente da Associação dos Servidores do Proderj (ASCPDERJ).
Banheiros estão sem limpeza
Banheiros estão sem limpeza Foto: Nelson Lima Neto/Extra
Apenas dois elevadores, dois seis que existem no local, estão em funcionamento. Para os que trabalham além do 20º andar, o jeito é esperar muito até que um deles pare nos pavimentos. Nos corredores dos 22º, 23º e 24º andares, o lixo se acumula. A mesma situação é encontrada nos banheiros. Os sanitários não têm assentos nem suportes para papel higiênico.
No 3º andar, onde está a estrutura de informação do Proderj, não há qualquer monitoramento de segurança para preservar o patrimônio (computadores de grande porte). A entrada de pessoas está liberada a qualquer momento.
A direção do Proderj prometeu aos servidores que uma equipe de limpeza será enviada, hoje, para realizar a limpeza necessária nos andares.

Fonte Ex

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