Como os ministros do STF estão no topo da carreira do funcionalismo, os desembargadores do estado recebem 95% desses subsídios. Hoje, sem os aumentos, um magistrado do Rio tem vencimento-base de R$ 32.074,85. Em 2017, quando os salários do Supremo forem de R$ 39.293,32, os ganhos dos desembargadores serão de R$ 37.328,63.
A estimativa de quase R$ 100 milhões a mais na folha até o fim do ano é de servidores da Secretaria estadual de Planejamento. O reajuste dos ministros do STF aumentarão, também, os vencimentos dos juízes de primeira instância no Rio, que receberão R$ 35.363,97, em 2017.
Desde o início da crise, o governo fluminense tem dificuldade para repassar ao Judiciário estadual a parcela do Orçamento destinada ao poder. O custo mensal supera R$ 250 milhões.
TJ-RJ tenta economizar
Entre os desembargadores do Estado do Rio, os últimos encontros serviram para discutir possíveis maneiras de se economizar com a folha de pagamento. O Judiciário estadual está preocupado com a queda da arrecadação fluminense. Com menos dinheiro no caixa do governo, menor será o repasse constitucional mensal feito ao Judiciário.
A alternativa lançada, na última semana, foi a de cortar benefícios acumulados e ajudas de custo. Caso um desembargador tenha direitos acumulados de receber esses adicionais durante 12 meses, o pagamento seria feito por apenas oito, numa espécie de racionamento.
Os servidores do Judiciário também estão preocupados. Eles acreditam que serão afetados pela política de austeridade. Abonos e bonificações estão na mira dos chefes e podem ser diminuídos. Em 2015, segundo o relatório Justiça em Números, feito pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), o Tribunal de Justiça do Rio (TJ-RJ) gastou 10,6% de seu orçamento para pagar benefícios ao seu pessoal.
Fonte: Extra
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