Ex-ministro do regime militar foi citado em delação premiada.
Advogado diz que recebimentos do economista são lícitos e declarados.
Delfim Netto foi visitar o vice-presidente Michel Temer em São Paulo (Foto: GloboNews/Reprodução)
O economista e ex-ministro da Fazenda do Regime Militar Delfim Netto foi intimado para prestar esclarecimentos na Polícia Federal (PF), em Curitiba, sobre assuntos ligados à Operação Lava Jato. A intimação foi confirmada ao G1 nesta sexta-feira (10) pelo advogado de Delfim Netto, Maurício Silva Leite.
Leite afirmou que não teve acesso aos autos e que não poderia adiantar o tema do depoimento. O inquérito tramita em sigilo, e não há data definida para a oitiva.
Leite afirmou que não teve acesso aos autos e que não poderia adiantar o tema do depoimento. O inquérito tramita em sigilo, e não há data definida para a oitiva.
O nome do ex-ministro apareceu nas investigações da Lava Jato na delação premiada do ex-executivo da Andrade Gutierrez Flávio Barra.
Ele relatou à Procuradoria-Geral da República (PGR) pagamento de R$ 15 milhões de propina ao economista e ex-ministro Delfim Netto, em 2010
O dinheiro, de acordo com Barra, foi uma gratificação por ele ter ajudado a montar consórcios de empresas que disputaram licitações para obras da Usina Belo Monte.
O montante teria chegado a Delfim por meio de contratos fictícios de empresas de um sobrinho dele, Luiz Apolônio Neto, com a construtora.
O advogado Maurício Leite afirma que a defesa nunca teve acesse a essas informações e que refuta veementemente qualquer questionamento da vida profissional do economista. Segundo o advogado, Delfim Netto sempre prestou consultoria na área econômica e sempre recolheu todos os impostos de acordo com a lei.
“Todos os recebimentos que Delfim Netto teve em sua carreira foram decorrentes de serviços por ele prestados. Acho que é inquestionável a capacidade dele para prestar consultoria na área econômica e com recolhimento dos devidos impostos. Então, não há nada a ser questionado a respeito disso”.
Fonte: G 1
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