Entidades representativas cobram do secretário da Previdência crédito da primeira parcela na folha de agosto
Rio - Revoltados com a não antecipação da primeira parcela do décimo terceiro na folha de agosto, entidades que representam aposentados e pensionistas prometem fazer mais manifestações e ocupar agências do INSS em todo país. A informação foi publicada na edição de quinta-feira do DIA. Em reunião do Conselho da Previdência, o presidente da Confederação Brasileira de Aposentados (Cobap), Warley Martins, entregou a integrantes do governo Temer — entre eles o próprio secretário da Previdência, Marcelo Caetano — um documento cobrando o pagamento da antecipação do abono natalino.
“É uma vergonha o que estão fazendo com a Previdência e com os aposentados”, desabafou Martins.
Reação similar teve o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, ligado à Força Sindical, Carlos Ortiz. Segundo ele, a entidade está mobilizada para evitar que o governo cometa essa “atrocidade contra os aposentados”. E dispara: “Para pagar outras categorias (servidores) o país não está quebrado. Mas para o aposentado, que 80% da categoria recebe um salário mínimo, o governo diz que não tem dinheiro”.
Reação similar teve o presidente do Sindicato Nacional dos Aposentados, ligado à Força Sindical, Carlos Ortiz. Segundo ele, a entidade está mobilizada para evitar que o governo cometa essa “atrocidade contra os aposentados”. E dispara: “Para pagar outras categorias (servidores) o país não está quebrado. Mas para o aposentado, que 80% da categoria recebe um salário mínimo, o governo diz que não tem dinheiro”.
Segundo Ortiz, o sindicato vai convocar outras entidades para manifestações em defesa dos inativos.
Em forma de denúncia, o assunto entrará na pauta do Congresso Mundial dos Aposentados que acontecerá de 8 a 12, em Araxá, Minas Gerais. De acordo com Ortiz, a Previdência Social, segundo maior arrecadador do governo, não pode ficar sem ministério.
Em forma de denúncia, o assunto entrará na pauta do Congresso Mundial dos Aposentados que acontecerá de 8 a 12, em Araxá, Minas Gerais. De acordo com Ortiz, a Previdência Social, segundo maior arrecadador do governo, não pode ficar sem ministério.
“Não temos mais com quem negociar, o governo está parado”, critica. E acrescenta: “Não vamos deixar o Ministério da Previdência, que tem 90 anos, virar um ‘puxadinho’ da Fazenda”.
Outro motivo de protesto das entidades é que a antecipação da gratificação foi cancelada ao mesmo tempo em que a Câmara aprovou 14 projetos de reajustes salariais para servidores do Executivo, Legislativo, Judiciário e para a Procuradoria-Geral da República, além de militares das Forças Armadas.
Presidente da Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio (Faaperj), Yedda Gaspar criticou o aumento de outras categorias e a não antecipação da primeira parcela do 13º. “Já contamos com a antecipação para aliviar dívidas. O governo não pensa mesmo nos aposentados”, reclama.
Esse alívio nas contas Moacir José de Lima, 65 anos, aposentado da Rede Ferroviária Federal, não vai ter. “Com esse dinheiro pago contas atrasadas, ajudo meus netos. Agora só no final do ano”, lamenta.
Agências são ocupadas em todo país
Várias agências do INSS foram ocupadas ontem por aposentados em todo o país, inclusive no Rio. As manifestações, lideradas pela Confederação Brasileira de Aposentados (Cobap) e federações filiadas, reivindicaram a volta no Ministério da Previdência Social, que foi anexado ao Ministério da Fazenda como uma das medidas do presidente interino Michel Temer (PMDB).
A Federação das Associações de Aposentados e Pensionistas do Estado do Rio (Faaperj) levou manifestantes idosos, que mesmo debaixo de chuva, ocuparam o posto do INSS em Copacabana. Foram três horas de protesto, com faixas e panfletos de conscientização.
“O momento é grave, pois o fim do Ministério da Previdência Social, com o fatiamento de seus órgãos em diversas pastas, representa ataque frontal aos direitos de mais de 30 milhões de aposentados e de mais de 50 milhões de contribuintes da Previdência”, afirma Yedda Gaspar, da federação.
Brasília, Minas Gerais, Mato Grosso, Pernambuco, Santa Catarina e São Paulo também mobilizaram centenas de aposentados e pensionistas e ocuparam as principais agências do instituto.
Fonte: O Dia
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