Brasília – Depois de 35 dias de greve, parte dos professores da Universidade
Federal de Santa Catarina (UFSC) decidiu ontem (16) suspender o movimento
grevista. Mas o grupo é dividido no estado e os professores ligados ao Sindicato
Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes - SN) em Santa
Catarina votarão a proposta de fim da paralisação apenas no próximo dia 23. No
total, a greve envolve cerca de 2 mil professores.
O Sindicato dos Professores das Universidades Federais de Santa Catarina
(Apufsc) promoveu ontem uma votação em urna que registrou 959 votantes, dos
quais a maioria aprovou o fim da paralisação.
No entanto, o presidente do Andes em Santa Catarina, Paulo Rizzo, disse à
Agência Brasil que não arrisca dizer se no próximo dia 23,
quando a entidade faz assembleia, todos os professores irão votar pelo fim do
movimento grevista. “Não é possível fazer essa afirmação. Vamos ter de esperar a
assembleia. Não houve ainda uma decisão sobre o assunto”, disse ele.
A UFSC reúne quatro campi em Florianópolis, Araranguá, Joinville e
Curitibanos. A greve em Santa Catarina começou no dia 11 de julho, depois do
primeiro semestre letivo. Pelos dados do Andes nacional, docentes de 57
universidades mantêm o movimento de greve, que já dura quase três meses na maior
parte dos casos, em rejeição à proposta do governo.
Texto encaminhado ontem pelo Andes ao Palácio do Planalto inclui as duas
propostas de reajuste feitas pelo Ministério da Educação aos docentes - de 12%
a 40% e de 25% a 40%. Porém, os professores se queixam da falta de diálogo.
O Andes diz ainda que os percentuais aumentam as distorções salariais
existentes na carreira. O reajuste de cada professor depende de vários fatores,
inclusive títulos, se é mestre, doutor ou pós-doutor, se tem dedicação exclusiva
e quantas horas trabalha.
Fonte: Repórter da Agência Brasil
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