Técnicos das universidades federais no Rio estão divididos. Parte encerrou a
greve, seguindo o acordo assinado com o governo pela Federação dos Sindicatos
dos Trabalhadores das Universidades Públicas Brasileiras (Fasubra), mas
funcionários da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Universidade Federal do
Estado do Rio de Janeiro (UniRio) decidiram não retomar as atividades. O retorno
ao trabalho de técnicos não significa a retomada do calendário escolar em
instituições como Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e na
Universidade Federal Rural (UFRRJ), já que professores continuam com a
paralisação.
Os técnicos da UFF decidiram, em assembleia nesta terça, pela manutenção da
greve. Já na UniRio, a categoria aceitou o acordo com a Fasubra, mas manteve
"greve interna em solidariedade" aos professores e alunos. O acordo de escalonar
o reajuste em três anos de 15,8% desagradou a muitos.
"Voltamos ao trabalho para seguir a maioria. Mas minha posição é de que o
acordo foi uma enganação. Não houve resposta por parte do governo; as
reivindicações atendidas para reestruturar a carreira já constava do acordo
assinado com a greve de 2005. Fechamos acordo no momento errado. Era melhor ter
interrompido o movimento", defende Paulo José Ferreira, coordenador do
Sintur-RJ, sindicato da Rural.
Os professores das federais do Rio têm assembleias marcadas ao longo da
semana. Na sexta-feira, os professores da UFRJ se reúnem. É uma das
universidades mais divididas. Na última assembleia, a manutenção da greve foi
decidida com apenas 28 votos, num encontro que reuniu quase 600 professores.
Sem acordo
O Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais Reguladoras
(Sinagências), que representa dez agências, como a de Vigilância Sanitária
(Anvisa), de Saúde Suplementar (ANS) e de Telecomunicações (Antatel), tentava
ainda ontem uma reunião com o Ministério do Planejamento para rediscutir a
tabela encaminhada pelo governo.
"O governo oferece 0,46% de reajuste no primeiro ano para analistas e
especialistas, enquanto a inflação no período de quatro anos foi de 24%. Não tem
como aceitar isso", afirmou Ricardo de Hollanda, diretor do Sinagências.
Fonte: CLARISSA THOMÉ - Agência Estado
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