SÃO PAULO - Acompanhantes e pacientes encontram, em São Paulo, casas de apoio que oferecem moradia gratuita e atendimentos psicológico e social. Com uma forte presença de pessoas que chegam do Norte e Nordeste do país, essas entidades procuram diminuir a angústia de longos períodos de tratamento oferecendo cursos de costura, manicure e culinária.
Ligada ao departamento de Pediatria da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), a Casa de Apoio Pais Participantes abriga 34 pais e crianças, mas também oferece espaço para as mães com filhos internados apenas descansarem durante o dia.
A psicóloga que coordena a casa, Silvia Joppert, diz que, em geral, a falta de acomodações satisfatórias para acompanhantes contribui para o desgaste físico e emocional, tanto dos pacientes quanto de parentes:
— É um momento muito difícil porque as mães deixam as vidas delas para trás, casa, marido e outros filhos. É importante oferecer algo a mais que moradia temporária.
Para Claudia Bonfiglioli, uma das fundadoras da Casa Hope, que tem 188 vagas e recebe pacientes encaminhados pelo A.C. Camargo, um dos principais centros de tratamento de câncer do país, a saudade causa angústia em quem está longe de casa. Claudia tem como desafio construir uma outra entidade para abrigar 30 jovens curados que precisam passar por consultas de monitoramento. Nas duas casas, a maioria dos pacientes é do Norte e Nordeste.
Na que atende a pediatria da Unifesp, a maioria são os tratamentos e cirurgias em gastroenterologia, seguidos de otorrinolaringologia, alergia, doenças renais e cirurgias gerais. Ali, 67% das crianças têm entre 5 e 10 anos. Segundo dados do A.C. Camargo, 82% dos pacientes atendidos pelo hospital são da Grande São Paulo e 12,5% do interior. E 5,5% de outros estados.
Fonte: O Globo
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