sexta-feira, 1 de março de 2013

Rio Ônibus pede à justiça que decrete ilegalidade da greve dos rodoviários

  • Paralisação causa transtornos na cidade
  • Categoria não aceitou proposta de reajuste oferecido pela prefeitura

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A greve dos rodoviários do município do Rio provoca transtornos desde o início da madrugada desta sexta-feira. Na foto, o acesso à estação do metrô de Pavuna
Foto: Bruno Gonzalez / Extra / Agência O Globo
    A greve dos rodoviários do município do Rio provoca transtornos desde o início da madrugada desta sexta-feira. Na foto, o acesso à estação do metrô de PavunaBruno Gonzalez / Extra / Agência O Globo
    RIO — Sessenta ônibus, sendo 30 da Viação Jabour e 20 da Pégaso, que exploram linhas na Zona Oeste do Rio, foram apedrejados, na madrugada desta sexta-feira, por rodoviários que fazem piquete na porta das empresas. Motoristas que tentaram sair com os coletivos para as ruas foram agredidos, e a situação não se agravou porque a Polícia Militar chegou rapidamente nas garagens. Coletivos também foram apedrejados na Avenida Brasil. Devido a paralisação dos rodoviários, o metrô da superfície não funcionará nesta sexta-feira. Os trens do metrô continuam funcionando. Entretanto, por causa das obras de expansão as estações Cantagalo e General Osório estão fechadas.
    Segundo avaliação da Rio Ônibus, a greve dos rodoviários está afetando principalmente as linhas da Zona Oeste, onde os rodoviários estão sendo impedidos de entrarem nas garagens. Na Zona Sul, também há problemas, mas as empresas Tijuquinha e Redentor conseguiram colocar em circulação mais de 50% da frota. O Rio tem 40 mil rodoviários e 8.800 ônibus que transportam 3,2 milhões de pessoas por dia.
    O presidente da Rio Ônibus, Lélis Teixeira, disse que às 11h, o sindicato patronal pedirá ao Tribunal Regional do Trabalho a decretação da ilegalidade da greve. Se o pedido for aceito, os rodoviários que não forem trabalhar vão perder o dia de trabalho e o repouso remunerado.
    — A greve é política e resultado de uma briga interna entre duas facções do Sindicato dos Rodoviários. Trata-se de uma violência contra a população justamente no dia do aniversário do Rio de Janeiro. A Rio Ônibus, após longa negociação, ofereceu reajuste salarial de 8%, além de 20% da cesta básica. A greve é abusiva porque a população não foi informada e não se previu o número mínimo de ônibus nas ruas para atender a demanda de usuários. Os rodoviários que forem trabalhar terão assegurada a segurança porque a PM está mobilizada nas ruas e nas garagens — apelou Teixeira.
    Aproveitando-se da greve dos rodoviários, os proprietários de vans reajustaram o preço das tarifas, principalmente para a Zona Oeste. Os pontos de ônibus da Avenida Brasil, da Leopoldina e da Central do Brasil estão lotados. Na região central da cidade, estão circulando apenas os ônibus intermunicipais.
    — É lamentável que um pequeno grupo de rodoviários consiga parar o Rio. O sindicato legal aceitou a proposta da Rio Ônibus, mas a oposição interna convocou a greve prejudicando um serviço essencial para a população — lamentou Lélis.
    A Secretaria municipal de Transportes e a CET-Rio informam que, devido à paralisação parcial dos ônibus, os corredores do BRS estão liberados para embarque e desembarque de táxis.
    A Prefeitura do Rio informou, em nota, que determinou aos consórcios que coloquem imediatamente a frota programada nas ruas da cidade.
    A greve dos rodoviários do município do Rio provoca transtornos desde o início da madrugada desta sexta-feira. De acordo com o vice-presidente da categoria (Sintraturb-Rio), Sebastião José da Silva, menos de 10% da frota de ônibus está circulando na cidade. Com isso, o movimento corre o risco de ser considerada ilegal.

    Fonte: O Globo

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