quarta-feira, 6 de março de 2013

Polonesa grávida que morreu eletrocutada durante chuva deve ser cremada no Brasil

  • Outra vítima, vendedora de doces estava em banca de jornal quando morreu
  • Chuva deixou pelo menos quatro mortos e três feridos

  • Rubens Kuhn, maido de Magdalena Teresa Rosa, vítima de uma descarga elétrica no Largo do Machado, faz a liberação do corpo da mulher no IML Foto: Marcelo Piu / Agência O Globo
    Rubens Kuhn, maido de Magdalena Teresa Rosa, vítima de uma descarga elétrica no Largo do Machado, faz a liberação do corpo da mulher no IMLMarcelo Piu / Agência O Globo
    RIO – A chuva que atingiu o Rio na noite da terça-feira deixou pelo menos quatro mortos, três feridos e um adolescente desaparecido. Uma das vítimas é a polonesa Magdalena Teresa Rosa, de 32 anos, que estava grávida de um mês e meio e morreu a 50 metros do hotel onde estava hospedada, na Rua Bento Lisboa, no Largo do Machado, na Zona Sul do Rio. Segundo um parente do marido de Magdalena, que não se identificou, ela pisou numa poça, em que tinha um fio, próximo a uma banca de jornal, quando sofreu a descarga elétrica e morreu. A mãe da vítima está vindo da Polônia, e a intenção da família é cremar o corpo no Brasil na sexta-feira.
    O marido da vítima, Rubens Kuhn, e alguns parentes fazem na tarde desta quarta-feira a liberação do corpo no Instituto Médico-Legal. O casal estava no Rio há duas semanas. O marido da vítima é um engenheiro, de Santa Catarina e tem 37 anos. Ele disse que a polonesa chegou a ser socorrida pelos bombeiros e levada para o Hospital Souza Aguiar, mas não resistiu.
    A vendedora de doces Raimunda Neves da Silva, de 58 anos, foi outra vítima eletrocutada na noite de terça-feira devido às chuvas. Segundo o filho de Raimunda, Leandro Neves, de 26 anos, a mãe estava em uma banca de jornal quando tentou puxar uma carroça de doces na Rua do Catete por volta das 21h. Ela caiu eletrocutada imediatamente.
    A filha de Raimunda, Tatiana Neves, de 35, que foi avisada sobre o choque por uma amiga que estava com Raimunda, disse que estava perto do corpo de bombeiros da Rua São Salvador, onde tentou pedir ajuda para o socorro.
    – O bombeiro me disse que tinha mandando uma viatura para a rua, mas ela enguiçou no meio do caminho – conta Tatiana. – Quando cheguei à banca, minha mãe estava toda roxa sentada em uma cadeira. Ela já estava esperando pelo menos há uma hora pelo socorro, que não chegou. Pedi aos guardas municipais que tirassem ela de lá, e eles a levaram para o Souza Aguiar. Vou processar o Estado e a Light.
    Raimunda tinha três filhos e um neto. Morava na Rua Pedro Américo, no Catete.
    Em Jacarepaguá, na Zona Oeste, o vigia José Rodrigues da Silva, de 48 anos, morreu após uma árvore – derrubada por um raio – cair sobre ele na Estrada do Camorim. Ele sofreu fratura no crânio, ação contundente e laceração de encéfalo. Segundo o sobrinho da vítima, Ernando Rodrigues Ferreira, de 25 anos, ele deixa sua esposa e duas filhas, de 14 e 8 anos. José era morador da Rocinha e trabalhava como vigilante na empresa de cimento onde morreu. O corpo do vigia foi encontrado por um amigo por volta das 22h de terça-feira.
    – Ele era uma pessoa muito alegre e querida por todos na Rocinha. Gostava de beber Coca-Cola nos botecos – disse Ernando.
    Na Baixada Fluminense, agentes da Defesa Civil confirmaram a morte de um homem, vítima de um desabamento no bairro Lote 15, em Belford Roxo. Já em Cordovil, na Zona Norte, um adolescente de 14 anos desapareceu após cair em um valão durante o temporal. Bombeiros seguiram para o local, mas não conseguiram localizar o jovem. De acordo com a assessoria de imprensa da corporação, a forte correnteza dificultou o trabalho dos militares.
    Pelo menos três pessoas ficaram feridas por causa de desabamentos. A queda de uma marquise na Rua Hadock Lobo, na Tijuca, feriu dois idosos. Conceição da Silva, de 65 anos, e um homem sem identificação foram levados para o Hospital Souza Aguiar. Em Vigário Geral, uma casa desabou e feriu Adriana Ferreira da Silva, de 38 anos. Ela foi levada para o Hospital Getúlio Vargas.

    Veja também
    Fonte: O Globo

    Nenhum comentário:

    Postar um comentário