- O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, voltou a afirmar nesta quinta-feira que ainda
não sabe se terá ou não recursos suficientes para pagar o 13º salário dos servidores do
estado este ano. Segundo o governador, a arrecadação vem caindo com a redução das
atividades da Petrobras, e o pagamento do 13º depende de acertos prévios com o governo
federal e eventuais empréstimos de bancos oficiais.
— A data (do pagamento) está marcada para dia 17. Vou tentar honrar. Não sei se vai ser
possível. Não tem arrecadação, não tem atividade econômica. Petrobras parada, o preço
do barril de petróleo está a menos de US$ 40. Quando mandei o Orçamento era US$ 115
dólares o barril. Estou recebendo a US$ 40 — disse Pezão.
Nos últimos dias, o governador pediu ajuda ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, e até a
presidente Dilma Rousseff. A ideia é obter recurso para pagar dívidas relacionadas à
construção do metrô da Barra da Tijuca e, em seguida, partir em busca de empréstimos. O
governo federal deve responder aos pedidos do governador em dez dias.
— Pedimos mais espaço fiscal para acessar empréstimos na Caixa, Banco do Brasil,
BNDES, Banco Mundial, BID. Tenho ai pleito de R$ 1 bilhão para terminar o metrô da
Barra da Tijuca e aí ver o que que pode dar. Aí a gente vai correr atrás dos bancos —
afirmou.
O governador fez o pedido ao governo federal, mas sabe que os cofres federais também
estão vazios. Pezão lembrou que a falta de recursos é geral. Com exceção do governo de
São Paulo, todos os demais governadores estariam em apuros para pagar o 13º salário
dos servidores:
— Estão vendo. Nos próximos dez dias deve ter uma proposta. Não é só eu. É um pleito
de governadores do Brasil inteiro. Tirando o Alckmin, que é nosso primo rico, o resto está
tudo com dificuldade.
Fonte: O Globo
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