quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Deputado protocola pedido de impeachment de Michel Temer

Cabo Daciolo (sem partido-RJ) acusa o vice de assinar também as ‘pedaladas fiscais’

sem autorização. 


                                O deputado Cabo Daciole ( sem partido RJ)Zeca Ribeiro/ Divulgação

BRASÍLIA - O deputado Cabo Daciolo (sem partido-RJ) protocolou na manhã desta quinta-

feira pedido de impeachment contra o vice-presidente da República, Michel Temer. O 

parlamentar acusa Temer de crime de responsabilidade por, diz ele, infringir a Lei de 

Responsabilidade Fiscal ao também assinar decretos de abertura de crédito que 

resultaram 

na acusação das "pedaladas fiscais".

Daciolo pede que seu pedido seja aditado, juntado, ao pedido do afastamento da 

presidente Dilma Rousseff feito por juristas e acatado pelo presidente da Câmara, Eduardo 

Cunha. Diz que as razões são as mesmas.

"Em relação à edição de decretos sem número a participação do vice-presidente foi ativa e 

não tão-somente omissiva, pois nas datas em que a Presidente da República se ausentava 

em viagem ao exterior, na condição de presidente em exercício, o vice-presidente 

autorizou 

indevidamente e sem o aval do Congresso Nacional a liberação de créditos 

suplementares. 

Os respectivos atos administrativos foram publicados no Diário Oficial entre novembro do 

ano passado e julho deste ano", diz Daciolo na petição.

O vice-presidente Michel Temer respondeu, por intermédio de sua assessoria, que, nas 

interinidades que exerce a Presidência da República o faz apenas formalmente, "em nome 

da titular do cargo". Temer informa, via assessoria, que assina atos governamentais cujos 

prazos expiram na sua interinidade e que ele não formula a política econômica ou fiscal. 

"Ele cumpre, tão somente, as rotinas dos programas estabelecidos pela presidente em 

todo 

âmbito do governo, inclusive em relação à política econômica e aos atos de caráter fiscal e 

tributários".

A nota diz ainda que Michel Temer não entra no mérito das matérias objeto de decretos ou 

leis, "cujas justificativas são feitas pelo Ministério da Fazenda e pela Casa Civil da 

Presidência, em consonância com as diretrizes definidas pela chefe de governo".

DEPUTADO FOI EXPULSO DO PSOL


sido eleito pela legenda no ano passado com cerca de 50 mil votos, mas acabou 

desagradando a direção do partido ao assumir posições contrárias ao estatuto do PSOL. A 

expulsão por infidelidade partidária foi aprovada por 54 a 1, confirmando a orientação da 

Comissão de Ética da legenda.

Fonte: O Globo

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