Helicópteros da PM com alta tecnologia vão ajudar na segurança na Copa das Confederações
Rio - A frota aérea da Polícia Militar entrou na era high-tec. Os três helicópteros do modelo Esquilo começaram, há duas semanas, a ser equipados com câmeras importadas de última geração, que vão ajudar no mapeamento das comunidades, montagem de operações e, inclusive, no monitoramento dos policiais em campo, permitindo ações com o menor risco possível. As aeronaves estão sendo enviadas para Porto Alegre (RS) para a instalação dos equipamentos. E a tecnologia já tem data de estreia: a Copa das Confederações, que será realizada em junho.
Helicóptero compacto, considerado um dos melhores do mundo, será usado no treinamento de pilotos da PM | Foto: Severino Silva / Agência O Dia
O investimento está sendo aguardado há anos pela PM. A segunda aeronave será enviada do Rio para o Sul do Brasil dia 12. As câmeras possuem tecnologia para capturar imagens digitais em alta resolução. A ideia é que o helicóptero dê suporte às operações, em distância segura, onde pode localizar bandidos e repassar as imagens, em tempo real, tanto para a aeronave blindada da corporação quanto para o Centro de Comando e Controle, o quartel-general de todas as ações. Muito além de identificar criminosos, as filmagens vão permitir operações mais seguras para os policiais: através das informações enviadas pelas aeronaves a longa distância, as equipes em terra terão noção dos riscos e dos pontos mais seguros por onde podem progredir nas operações. O equipamento também é capaz de fazer imagens noturnas e registrar a movimentação de suspeitos através do calor de seus corpos.
No rastro dos investimentos para este ano, a PM vai adquirir mais 12 helicópteros do mesmo modelo. A ideia é criar rotina de radiopatrulhamento aéreo na cidade, com as aeronaves monitorando pontos onde a incidência de crimes está alta. O gigante da frota da PM
O pontinho que sobrevoa o céu do Rio é um gigante que vai treinar a tropa da Polícia Militar. O mini-helicóptero Schweizer 300 CBi foi comprado pela Secretaria de Segurança para o treinamento de pilotos na Escola de Aviação (Esar) do Grupamento Aero Móvel (GAM). Apesar do tamanho compacto, é considerado por especialistas um dos melhores do mundo para instrução aérea.
O helicóptero é americano e custa R$ 1,2 milhão. Era um pedido antigo dos pilotos da Esar. Antes dele, os policiais recebiam instruções teóricas em Niterói, mas os treinamentos práticos eram feitos em outros estados.
O repórter Fábio Ramalho foi ver de perto a história de Antônio, que após um acidente, foi internado e quase um mês após dar entrada no hospital, além de não ter sido tratado, o homem ainda sofreu com uma infecção e corre o risco de perder as duas pernas. Acompanhe o caso.
Nos Estados Unidos, pacientes que se trataram com o dentista Scott Harrington, de 64 anos, correm o risco de ter contraído Aids ou Hepatite durante o tratamento. A suspeita começou quando um paciente foi contaminado. Uma inspeção na clínica de Scott verificou que o estabelecimento funcionava sem as mínimas condições de higiene.
Joshua tem apenas 16 anos, mas já carrega nas costas e nas pernas o peso e a pressão de ser filho do maior jogador de todos os tempos, o Rei Pelé. Ele começou a treinar no sub-17 do Santos, onde não tem nenhuma regalia por ser quem é. O adolescente conta que quer ser chamado pelo nome, e não de príncipe, e revela que o pai lhe deu uma bronca por causa do cabelo novo. Veja a entrevista!
Estádio, que já foi o maior da América do Sul, vive nova realidade
Mudanças da sociedade, de padrões de segurança e crise do Vasco influenciaram
Vista aérea de São JanuárioGenilson Araújo / Divulgação
RIO - O torcedor que hoje acompanha as discussões em torno da viabilidade de se realizar clássicos em São Januário talvez perca as referências do que este estádio já representou não só para o futebol brasileiro e sul-americano, mas para a cultura nacional. Cenário de páginas históricas do futebol e da política brasileira, foi palco da antológica exibição de um coral de 40 mil vozes regidas pelo maestro Heitor Villa-Lobos e até do desfile oficial das escolas de samba do carnaval de 1945. Patrimônio do Rio, São Januário viu mudar o público que frequenta estádios de futebol e, com isto, as exigências de segurança. A capacidade de público caiu a mais da metade. A séria crise financeira do Vasco limita investimentos. Tendo embaixo do braço um projeto de uma arena moderna, o clube reluta em pôr dinheiro em obras para atender às exigências de órgãos públicos para liberar mais lugares no estádio.
São Januário nasceu do idealismo e da luta contra o preconceito. Nos anos 1920, como argumento para rejeitar o Vasco na nova liga recém-criada, os demais grandes argumentaram que o rival não tinha estádio em condições. Os vascaínos fizeram o maior da América do Sul. Compraram o terreno em 1925 e inauguraram São Januário em 1927. Nos anos 1940, Getúlio Vargas fazia seus discursos do Dia do Trabalho nas tribunas do estádio. Foi lá que anunciou a Consolidação das Leis do Trabalho, em 1940. Até 1950, com a inauguração do Maracanã, São Januário era a casa da seleção brasileira, como no título Sul-Americano de 1949. Em 1978, um Vasco x Londrina recebeu 40.209 pagantes. Quase 30 anos antes, um jogo contra o Arsenal, da Inglaterra, teria reunido 60 mil. São Januário já foi palco de final de Libertadores, em 1998: 36 mil vascaínos viram o jogo com o Barcelona de Guayaquil.
Mas, no mundo moderno, reunir multidões não era mais tão simples. A prova veio da pior forma. Em 1985, três jovens morreram em tumultos na entrada do show do grupo Menudo, sucesso da época, que teria atraído 130 mil pessoas. Até que, em 2000, na final da Copa João Havelange, o alambrado não resistiu a uma confusão na arquibancada tomada por 32 mil pessoas, embora até hoje se acredite que havia bem mais gente.
Veio o Estatuto do Torcedor, em 2003. Com ele, a exigência de que estádios com mais de 20 mil lugares devessem ter sistema de monitoramento com câmeras, além de assistência médica e número de ambulâncias proporcional ao público. Para não precisar investir no novo aparato, o Vasco baixou a capacidade do estádio para 18 mil lugares. Em 2009, já com o monitoramento instalado, a capacidade foi novamente ampliada para 24 mil lugares. A esta altura, o problema era outro. Num estádio antigo, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros exigem ampliação dos portões, dos túneis de escoamento e outras medidas para liberar uma capacidade de público maior. Em 2011, após tumultos nas fases anteriores da Copa do Brasil, o próprio Vasco limitou a capacidade para a decisão do torneio em 20.500 pessoas. Hoje, São Januário está liberado para 18 mil vascaínos e 2 mil visitantes num setor específico, isolado na arquibancada, abaixo das cabines de rádio.
— Há uma vistoria anual, e, de uns anos para cá, o poder público vem ampliando as exigências. Mas com a questão financeira do Vasco e com o projeto da arena, não tem por que mexer em alguns pontos agora. São coisas que exigem reforma, investimentos — explica Manoel Santos, vice de patrimônio do Vasco. — Em geral, as exigências da polícia e dos bombeiros dizem respeito a acessibilidade, entrada e evacuação do estádio, além de venda de ingressos. Até o monitoramento a nossa gestão encontrou sucateado. Recuperamos, mas precisa ser melhorado também.
Mas nem tudo é culpa só do estádio. Se São Januário tinha de ter mudado mais, o comportamento do público teria de ter mudado menos. Tentativas de clássicos de forte rivalidade com mais de 10% de visitantes resultaram em problemas. Em 1992, com o Maracanã fechado, São Januário recebeu os dois jogos com o Flamengo pelo Estadual. Houve conflitos em ambos, o mais grave na Taça Rio. Agora, a Polícia Militar sinaliza com a possibilidade de clássicos do Brasileiro no estádio. Na competição, ao contrário do Estadual, os clássicos têm mando de campo, e é possível ceder só 10% dos ingressos a visitantes, condição estabelecida pela PM. Caso contrário, num estádio cercado por ruas estreitas e sem uma setorização que permita a divisão meio a meio, seria preciso uma operação de guerra para dar segurança. Mesmo assim, em 2005, um Vasco x Flamengo pelo Brasileiro, com só 10% de rubro-negros, teve tentativa de invasão ao portão onde o ônibus do Flamengo entraria, gás de pimenta e bombas na arquibancada.
Até candidatura de Cabral ao Senado pode ser usada para impulsionar chapa de vice-governador à sucessão
RIO — A falta de acordo entre PT e PMDB para a sucessão do governador do Rio, Sérgio Cabral (PMDB), em 2014, levou peemedebistas a traçar um plano “B” em socorro à candidatura do vice-governador Luiz Fernando Pezão, caso o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) não desista da ideia de disputar o Palácio Guanabara, e a Executiva Nacional petista abrace de vez a ideia. Cresce no partido a corrente em defesa do lançamento de Cabral ao Senado para reforçar a chapa de Pezão. Apesar do esforço do partido em tornar o vice-governador mais popular, ele ainda enfrenta, apesar de uma melhora identificada por pesquisa recente, o desconhecimento de sua trajetória por boa parte dos eleitores. A presença de Cabral ajudaria a quebrar essa barreira.
No outro lado da balança, Lindbergh Farias teve sua candidatura inflada pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que afirmou que o senador tem o direito de disputar o estado. Após ganhar fôlego, o petista guardou na manga uma carta para ser usada em caso de recusa de seu nome pela Executiva Nacional — o quadro hoje dentro do partido é favorável a Lindbergh. O senador recorreria, afirma um petista com estrela de alta grandeza, ao PSB em busca de legenda desde que o governador pernambucano, Eduardo Campos, entrasse na disputa pelo Palácio do Planalto e garantisse um palanque forte.
Além de atuar nas eleições municipais do ano passado para eleger prefeitos petistas, Lindbergh se empenhou para garantir prefeituras a candidatos aliados do PSB, de olho no apoio fiel do grupo em 2014.
Enquanto PMDB e PT não entram em acordo quanto à aliança, Lindbergh engrossa as críticas ao governo Cabral em suas viagens pelo estado — entre os dias 4 e 7 de abril o senador levará sua Caravana da Cidadania a bairros da Zona Oeste do Rio. A rotina de críticas tem provocado reações dos peemedebistas, que classificam a estratégia do petista “como um tiro no pé”. Peemedebistas nacionalizam aliança com petistas no Rio
Para os peemedebistas, as críticas feitas por Lindbergh Farias à administração de Sérgio Cabral vão respingar no próprio PT. A maior parte dos investimentos é feita em parceria com o governo da presidente Dilma Rousseff.
— A população não quer a ruptura da parceria entre PMDB e PT no estado. A aliança deu certo e tirou o Rio de Janeiro da estagnação. Quando o senador Lindbergh critica ações do governo Cabral, ele ataca o ativo dos dois governos, o estadual e o federal da presidente Dilma. A candidatura dele é legítima? É, mas ele se esquece de que só foi eleito porque o PT estava com o PMDB, e seu nome recebeu o apoio de Sérgio Cabral e do prefeito Eduardo Paes — analisa o presidente estadual do PMDB, Jorge Picciani.
De posse de um levantamento que comprovaria mais investimentos do estado e da prefeitura do Rio em áreas nobres, preterindo a periferia, cidades da Baixada Fluminense e da Região Metropolitana, além de municípios do interior, Lindbergh busca o apoio de prefeitos descontentes em sua caravana. O senador também apresentou as distorções em inserções do PT na TV.
O PMDB tenta barrar as investidas de Lindbergh em busca de apoio dos prefeitos e nacionaliza o acordo. O partido é hoje o principal aliado do PT no Congresso, e uma quebra da aliança no Rio, ameaçam peemedebistas fluminenses, poderia repercutir no apoio à reeleição de Dilma: ele só existiria no papel, não na prática.
— A parceria do PMDB com o PT no Rio é a mais importante no país. Representa mais que comandar a prefeitura de São Paulo, já que o PT não possui o estado, nas mãos do PSDB. Em Minas Gerais, a posição do PT também não é a mais confortável. No Rio, está junto no estado e na capital. É uma arrogância e uma precipitação do senador Lindbergh antecipar essa discussão para um ano ímpar — critica Picciani.
Peemedebistas e petistas fluminenses têm antecipado a corrida eleitoral de 2014 e travado embates. Lindbergh chegou a acusar o PMDB de estar por trás de denúncias publicadas pela revista “Época” de irregularidades em sua gestão à frente da prefeitura de Nova Iguaçu. O PMDB do Rio nega a produção de dossiês contra o senador.
Em entrevista ao jornal “Valor Econômico”, o ex-presidente Lula defendeu a candidatura de Lindbergh, mas ressaltou a importância da aliança com o PMDB. Ele colocou a reeleição da presidente Dilma como prioridade mesmo que algumas candidaturas sejam rifadas. O vice-governador não comentou as declarações.
Deputado que preside Comissão de Direitos Humanos foi escolhido por declarações polêmicas
Boneco de pano representou o deputado federal Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) na malhação de Judas da Vila Planalto, em BrasíliaAilton de Freitas / O Globo
BRASÍLIA - O deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP) foi o escolhido este ano como forma de protesto político na malhação de Judas da Vila Planalto, bairro de Brasília que se localiza próximo ao Palácio da Alvorada e à Praça dos Três Poderes. A eleição de Feliciano para presidência da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados vem gerando protestos quase que diários e dificuldades em conduzir as sessões da comissão. Há pressão forte de parte da sociedade e de líderes partidários para que Feliciano renuncie ao cargo, mas o deputado diz que não o fará.
— Todos os anos a malhação do boneco tem um protesto político. Em 2011, o protesto foi em razão da saúde pública sucateada; Em 2010, o alvo foi a caixa de Pandora, escândalo político que envolveu o ex governador de Brasília. Esse ano, o judas foi o deputado federal Marco Feliciano, por sua postura de racismo, homofobia e intolerância religiosa — afirmou Leiliane Rebouças, uma das organizadoras do ato.
Segundo Leiliane, foi seu pai, Félix Rebouças, quem começou a realizar, na Vila Planalto, a tradição católica de malhar o boneco de Judas no sábado de aleluia, escolhendo alguém ou algo como protesto. A Vila Planalto é um reduto de pioneiros de Brasília, pessoas que saíram de suas cidades para ajudar a construir a capital. Félix Rebouças se mudou para a capital federal, vindo de Fortaleza, em 1958.
— A Vila Planalto tem a malhação do Judas mais tradicional de Brasília. Félix faleceu em 2010, mas deixou o compromisso da continuidade da tradição para os seus filhos — acrescentou Leiliane.
Com pedaços de pau e cabos de vassouras, crianças e adolescentes bateram e destruíram o boneco de pano que simbolizava o deputado Marco Feliciano. Na próxima terça-feira, líderes partidários da Câmara se reúnem com o deputado para fazer apelo por sua renúncia à presidência.
Agricultores na miséria denunciam preço extorsivo de carros-pipa
Floresta (PE) — Ao sair de casa, na última terça-feira, para visitar uma filha no centro da cidade sertaneja de Floresta, a 439 quilômetros de Recife, Manoel Afonso dos Santos, de 82 anos, delegou uma triste tarefa à mulher, Maria Fátima Alves Laurentino, de 46: deixar com fome o cavalo Canário por um dia, para que não faltasse ração aos bois Sereno e Mineiro e ao bezerro Boa Vista. Morando em uma casa de taipa, sem direito a água nem colheita, ele adotou esses rodízio para administrar os seis hectares do sítio Riacho do Ouro, onde, ao longo dos últimos doze meses, viu sumir o patrimônio de uma vida, na pior seca em meio século. Assistiu à morte de 31 bichos e vendeu cinco outros, “a preço de banana” para garantir o sustento dos que sobreviveram.
Em Floresta, boi aproveita água do que restou em leito de rioHans von Manteuffel
Em Serra Talhada, também no sertão, a 418 quilômetros de Recife, José Lopes da Costa, de 78 anos, vive a mesma dor: já perdeu 20 cabeças de gado. Há um mês, vendeu uma “junta de boi de trabalho” por R$ 5 mil para garantir alimentação dos que sobraram. Era bicho “danado de bom”, que Zeca do Jazigo, como o agricultor é mais conhecido, não pretendia comercializar por dinheiro algum. Em São Caetano, no agreste, José Albertino da Silva, de 75 anos, já não tem “mais nenhum bichinho”. Nem tentou plantar melancia, milho, feijão e mandioca porque “a terra não molhou” no seu sítio, chamado ironicamente Poço D´Água.
Além de verem os rebanhos minguarem Afonso, José e Albertino são a prova de que a indústria da seca não acabou: eles vêm gastando os últimos trocados na compra de água, já que a frota oficial não atende à demanda das populações da caatinga.
— Água virou ouro, e tem muita gente enricando com ele — reclamaram Maria Angelina Cordeiro, de 71 anos, e sua filha, Josefa Márcia, de 29.
Elas moram no Sítio Mocós, em Tacaimbó, também no agreste, uma zona de transição entre a Zona da Mata e o sertão. Beneficiária de aposentadoria rural, Maria pôde comprar água. Este ano já gastou R$ 600 só com pagamento de carros-pipa. Contou que a venda da água, transformada em artigo de luxo, virou um negócio tão rentável, que há pessoas vendendo até automóveis para comprar caminhões-tanque:
— Teve um aqui perto que vendeu um açude por R$ 3 mil — disse ela, referindo-se a Albino Jota Barros, que não foi localizado em casa pelo GLOBO. Carro-pipa chega a custar R$ 180
O comprador do açude, segundo a agricultora, secou a represa e vendeu a água a um preço muito alto para os lavradores já descapitalizados com a estiagem. O problema, porém, é mais abrangente: O GLOBO não esteve em uma só casa onde os moradores não compraram água na atual seca. Os preços não são baixos: variam de R$ 120 a R$ 180 cada carro-pipa. Na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Tacaimbó, a 169 quilômetros de Recife, a maioria dos lavradores levantou as mãos, quando pergunta se já tinha gasto dinheiro com água este ano.
— Não comprei, mas não por falta de necessidade, mas por falta de dinheiro. Minha cisterna está seca — reclamou José Herculino de Macedo, de 66 anos.
Quem comprou reconhece a exploração. Angelina contou que parentes seus, que moram na cidade com água encanada, têm conta mensal de R$ 36 com uma família do mesmo tamanho da sua. Ela não entende por que tem que pagar um preço tão exorbitante pelo que é um direito. Em Pernambuco, há 1.476 carros-pipa em operação: 638 do Exército e 838 do governo estadual. Isso sem falar nos mobilizados pelas prefeituras. Mas, segundo a população da caatinga, a oferta está longe de atender à demanda. Assim quem quase mais nada têm a oferecer é explorado. Gente como Adriano João da Silva, de 23 anos, residente em São Caetano, vizinho a seu Albertino, que está vendendo o rebanho para comprar água e comida para a família e os caprinos:
— O governo diz que vem todo mês uma carrada, mas não chega. A gente compra a R$ 130 no caminhão, e nem boa a água é, é salobra a danada. Até os bichos acham ruim — disse Adriano.
Para economizar, ele gasta três horas diárias no jumento para arranjar água barrenta nos açudes que ainda têm “um espelhinho” na caatinga. Precisa de 250 litros por dia para matar a sede das 40 cabras que restam. Dez milhões afetados pela seca
Segundo a presidente do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Tacaimbó, Antônia dos Santos Nascimento, há 300 reclamações de que falta ajuda dos caminhões oficiais. Apesar disso, o Ministério da Integração Nacional informou que a Operação Carro-Pipa é a maior já executada no país, coordenada pelo Exército. São 4.649 unidades, atendendo a 763 municípios, levando água a 3 milhões de pessoas. Só essa operação já custou R$ 510,1 milhões ao governo. Cerca de dez milhões de nordestinos foram afetados pela seca. No cenário devastado, furto de cisternas piora a situação
Ao percorrer 1.200 quilômetros, foi possível ter a dimensão dos danos causados pela seca. Os açudes, barreiros e rios, como o Pajeú e o Riacho do Navio, estão secos. O verde da caatinga transformou-se num amontoado de galhos cinzentos, como às margens da BR-232, que liga Recife ao agreste. Ao lado da pista, as carcaças de bois mortos são facilmente encontradas.
Só no quilômetro 176 da BR, na altura do município de Belo Jardim, havia 16 carcaças, algumas recentes, cena que se repetiu 16 quilômetros adiante, no município de Sanharó.
O governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), prometeu que, até 2014, todas as casas da caatinga terão uma cisterna, de concreto ou de polietileno, como as distribuídas pelo governo federal, que diz ter entregue 250 mil unidades no semiárido. Muitas, não foram instaladas e já houve casos de furto, como em Floresta, disse Josélio Amaro Lisboa, coordenador do Comitê Gestor Municipal. Ele denunciou o sumiço de duas à polícia.
Os ladrões de cisternas (cada uma armazena 16 mil litros) não foram identificados. Elas foram furtadas às margens da rodovia PE-360. Iriam ser instaladas em duas escolas municipais, no vilarejo de Jericó. Ao contrário das cisternas de concreto, instaladas pela Articulação do Semiárido (ASA), as do governo não têm número de série, o que torna difícil seu rastreamento. Têm só o carimbo do “Água para todos”, o slogan “País rico é país sem pobreza” e a marca de fábrica.
Os efeitos da seca deverão ser tema da reunião que a presidente Dilma Rousseff terá com os governadores em Fortaleza esta semana. Até o momento, são 1904 municípios nordestinos em estado de emergência. O Ministério da Integração Nacional informou que já investiu R$ 5 bilhões (desde 2012) para reduzir os efeitos da estiagem sobre a população do semiárido, por meio de benefícios como o Bolsa Safra, o Seguro Garantia Safra, a venda de milho subsidiada e crédito a juros baixos. O ministério negou que a indústria da seca persista, já que os beneficiários das medidas emergenciais constam do Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal identificados como de baixa renda.
Barracos da Favela do Metrô e antigo quartel do Exército já sumiram do mapa com o bota-abaixo
Pilha de escombros na área que foi do Exército e que servirá de apoio ao MaracanãDaniela Dacorso
RIO - Um furacão chamado Copa do Mundo e Olimpíadas hoje varre a região do Maracanã. Caminhar por lá é escutar o barulho de britadeiras, cruzar com operários uniformizados, deparar-se com montanhas de escombros, seguir por corredores sem fim de tapumes e olhar para o céu e ver, entre nuvens, guindastes de obra. O protagonismo do velho estádio nos grandes eventos esportivos parece engolir tudo a sua volta: parte da Favela do Metrô, que margeia a Radial Oeste, já foi demolida, assim como instalações de uma área de 83 mil metros quadrados de um antigo complexo do Exército, em São Cristóvão. O bota-abaixo ainda atingirá a Escola Municipal Friedenreich, o Parque Aquático Júlio Delamare e o Estádio Célio de Barros.
As demolições abrirão espaço para a organização dos Jogos e permitirão a reurbanização de áreas degradadas. Da Favela do Metrô, 550 famílias já foram reassentadas pela prefeitura, e as 46 que continuam lá se mudam para o Bairro Carioca, em Triagem, em abril. A favela, que ainda inspira medo e cujos espaços vazios viraram um lixão e atraem usuários de drogas, deve ser cercada em maio. As demolições vão até o fim do ano, informa a subprefeitura da Zona Norte. Para o lugar dos barracos, uma das propostas é a construção de um parque, com quadras.
Do outro lado da linha férrea, montes de entulho são o que restam dos prédios que serviam a um grupamento de artilharia do Exército. Em nome do progresso, um antigo quartel de cavalaria, erguido após a Proclamação da República, também foi quase todo destruído. Dele, sobrou parte da fachada, cujo destaque é o grande brasão com a inscrição Estados Unidos do Brasil.
— As pessoas vêm e perguntam se têm como comprar o brasão, mas ele vai continuar aí — conta uma funcionária do canteiro de obras.
Seguindo mais à frente pelo terreno vazio, encontra-se o Centro Hípico do Exército, que se salvou por ter sido tombado pela Câmara de Vereadores antes de a Secretaria municipal de Obras começar a esvaziar o terreno. Lá, ficam as chamadas cocheiras imperais. O prédio da antiga escola de veterinária do Exército, a primeira do Brasil, também será preservado com a suas palmeiras imperiais e vai receber a Escola Friedenreich, que este ano ainda funciona no Maracanã.
Sobre a área que foi do Exército, a Secretaria de Obras diz apenas que “será um grande pátio, para uso da organização dos eventos esportivos”. O espaço servirá à Copa das Confederações, em junho, mas a passarela ligando o estádio à Quinta da Boa Vista ficou para dezembro.
— Com a passarela, você poderá ir de bicicleta da Tijuca à Quinta, passando pelo Maracanã. O caminho até a Quinta é hoje horrível e inseguro — comenta, com entusiasmo, Jaime Miranda, da Associação Comercial e Industrial da Tijuca.
Mas esse furacão modernizador não é ponto pacífico. Sob protestos, o governo do estado desistiu de pôr abaixo o antigo Museu do Índio, que será transformado em Museu Olímpico. No entanto, caberá à empresa que vencer a licitação para o Complexo do Maracanã derrubar a escola, o Júlio Delamare e o Célio de Barros. Para as áreas vagas, estão previstas quadras de aquecimento, bares, restaurante, estacionamentos e heliponto.
Muitos atletas do parque aquático já fizeram suas malas, mas não sabem ainda para onde ir. Amanhã, o Júlio Delamare fecha, definitivamente, seus portões. Mônica Lages, de 19 anos, treinava saltos ornamentais no local desde os 6:
— Perdemos uma ferramenta preciosa. É a melhor instalação do Rio. E, mais do que isso, é a minha casa — lamenta a atleta, da seleção brasileira, agora sem local para treinar.
A campanha da presidente Dilma Rousseff à reeleição, no ano que vem, será ancorada por um tripé de apelo popular, “traduzido” pelo Palácio do Planalto como “energia/comida/juros”. A um ano e meio da disputa, o marketing eleitoral dita a agenda da presidente e vai embalar o programa do PT, a ser exibido em rede nacional de TV no dia 9 de maio.
Cortes de impostos, queda dos juros e redução da conta de luz terão destaque no cardápio petista para o segundo mandato de Dilma, se tudo correr como o script previsto pelo Planalto. A estratégia é mostrar que a desoneração dos produtos da cesta básica, a tesourada nos juros, hoje em 7,25% ao ano, e a diminuição do preço da energia elétrica fazem parte de um pacote para promover a distribuição de renda e transformar o Brasil em um país de classe média.
Mudanças contratuais aumentam em até 16,6% custos dos patrões
Depois de aprovar no Congresso a equiparação dos direitos das empregadas domésticas com os demais trabalhadores, o governo corre para regulamentar a atividade autônoma de diarista na tentativa de evitar a demissão em massa de 38,8% das domésticas com carteira assinada e contribuição previdenciária em dia. São cerca de 815 mil domésticas com risco de demissão, segundo o Instituto Doméstica Legal. As mudanças do contrato das domésticas aumentam em até 16,6% os custos dos empregadores. A estimativa é do jornalista Juca Guimarães, do Jornal Diário de S.Paulo.
Nos últimos 12 meses, 133 mil domésticas deixaram a profissão. Em fevereiro, um mês antes da mudanças nas regras, a baixa foi de 25 mil. Para o governo, o caminho mais rápido para a regularização das diaristas é o Projeto de Lei 7279/10, da senadora petista Serys Slhessarenko (MT), que estabelece como dois dias por semana o tempo máximo de trabalho da diarista na mesma casa. A partir de três dias, a diarista teria os mesmos direitos da doméstica, incluindo FGTS, férias e 13 salário. Na prática, a alteração dificultaria a troca da empregada doméstica pela diarista, que corresponde a uma economia de até 8,8% para os patrões.
Justiça/ Atualmente, quem define se existe ou não vínculo empregatício para diarista é a Justiça trabalhista. O entendimento do TST (Tribunal Superior do Trabalho) é de que até três dias por semana ainda é atividade autônoma. O projeto reduz em um dia esse prazo. Dispensa pode custar mais que o dobro com novas regras A despesa para demitir, sem justa causa, uma empregada doméstica vai aumentar mais de 100% com as regras aprovadas na última terça-feira. Além do aviso-prévio, 13 proporcional, férias e INSS, o empregador terá de pagar também a multa de 40% sobre o saldo do FGTS. Por exemplo, uma doméstica com cinco anos de trabalho e salário mensal de R$ 1 mil teria direito a R$ 1.680 de rescisão contratual.
Com a nova regra, ela terá R$ 4,8 mil depositados no FGTS. Somando a multa de 40% sobre esse valor (cerca de R$ 2 mil), o total da rescisão sobe para R$ 3.680, aumento de 119%. Outro ponto que vai aumentar os custos na hora de rescindir o contrato da doméstica são as horas extras, desde que elas sejam habituais – elas serão incorporadas ao salário para o cálculo da indenização.
A estimativa do tempo necessário à recuperação da estrutura já corroída por ferrugem foi feita pelo Crea Pelo menos, antes de seis meses, o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão, não deverá ser liberado para o público. A estimativa é do conselheiro para Obras de Grandes Estruturas do Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Crea), Antonio Eulálio. De acordo com o conselheiro do Crea, existe todo um processo a ser executado para a recuperação da estrutura. Primeiro terá de ser feita uma análise para saber quais as peças da estrutura metálica do estádio terão de ser reforçadas ou substituídas. Depois, é necessário elaborar um plano de montagem dessas peças. Além disso, é preciso quantificar as horas que serão gastas na recuperação para fazer uma estimativa de orçamento a fim de dar início à concorrência pública.
Na avaliação de Eulálio, o aço usado na estrutura da cobertura do estádio não foi o melhor. "Poderia ter sido adotado o aço de alta resistência à corrosão, com 50% a mais de resistência e custo maior de 10% a 15%. Mas o custo-benefício seria melhor para o Poder Público", disse.
Ele explicou que a estrutura metálica para recuperar é mais simples que o concreto armado, porque a peça com problema pode ser substituída totalmente ou então ser reforçada acrescentando volume à estrutura. Para o conselheiro do Crea, no entanto, o grande problema é a corrosão. Segundo ele, isso requer mais tempo de trabalho por causa da remoção da pintura e preparação da base para receber um tratamento com zinco a fim de proteger a estrutura metálica.
>> Ferj garante segurança no Raulino de Oliveira O prefeito Eduardo Paes interditou o estádio na noite da última terça-feira (26), após receber o laudo detectando falhas estruturais em sua cobertura. O problema está nos arcos leste e oeste, que tiveram um deslocamento 50% a mais do que o previsto no projeto e apresentam risco de desabar sob condições ventos fortes. "Nossa prioridade é a segurança dos frequentadores. O Engenhão vai ficar fechado pelo tempo necessário, só reabre quando houver uma solução definitiva", disse o prefeito. O Estádio Olímpico João Havelange foi construído para os Jogos Pan-Americanos do Rio, em 2007, e inspirado no estádio do Benfica, em Portugal. A obra que começou em 2003 foi orçada inicialmente em R$ 60 milhões, mas o custo final ficou em R$ 376 milhões.
Alvo de ataques de movimentos políticos e da opinião pública para que renuncie ao cargo de presidente da Comissão dos Direitos Humanos e Minorias da Câmara, o deptuado pastor Marco Feliciano (PSC-SP) cobra apoio do PT para seguir no cargo: "se isso está acontecendo (o PT apoiando sua renúncia) a presidente Dilma começa a jogar fora o apoio dos evangélicos, que é não é pequeno, para a releição em 2014", declarou, em entrevista ao programa Agora é Tarde, da TV Bandeirantes.
Feliciano disse ser um "bode expiatório do jogo político", mas exaltou a importância do seu trabalho. "Ao meu partido, que é pequeno, coube a comissão que sobrou. Caiu no colo e acharam por bem me indicar. Era uma comissão secundária, quase inexpressiva, ninguém nunca tinha ouvido falar. Porém, depois da minha chegada, ela está em destaque nacional. Há brasileiros no corredor da morte na Indonésia, corintianos presos na Bolívia, índios... Há um milhão de questões que precisam de mim e eu quero trabalhar", analisou. Pastor se disse vítima de preconceito por sua religiãoFeliciano reforçou suas restrições a temas como pesquisas com células-tronco, teoria da evolução e casamento homossexual, mas negou que seja racista ou homofóbico, acusações defendidas pelos que querem sua saída do cargo. "Depois de me lincharem, estão acordando. Não sou racista, minha mãe é negra e fiz trabalhos na África. Também não sou homofóbico, isso é uma doença que pode levar a um assassinato. Quem me conhece sabe", alegou.
Por fim, se disse vítima de preconceito por sua religião: "meus pastores não ganham salário. Pensam que todo é pastor é ladrão, por culpa da mídia. Desde que o mundo é mundo arrecadam dinheiro, Padre Marcelo pede dinheiro e nunca se falou nada. O problema é preconceito com evangélico, mas a verdade é que há gente que não presta em todo lugar."
O ator britânico Richard Griffiths, 65, morreu na quinta-feira (28), após complicações em uma cirurgia cardíaca, na Inglaterra.
O personagem mais conhecido de Griffiths foi Vernon Dursley, tio do protagonista, na franquia "Harry Potter".
Daniel Radcliffe, 23, que interpretou o bruxinho, comentou a morte.
"Richard estava ao meu lado durante os dois momentos mais importantes da minha carreira. Em agosto de 2000, antes mesmo de a produção começar oficialmente, nós filmamos juntos na casa dele, o que foi minha primeira interpretação de Harry Potter. Estava muito nervoso e ele me acalmou", lembrou.
"Sete anos depois, nós fizemos [a peça] 'Equus' juntos. Foi minha estreia nos palcos, mas, nervoso como eu estava, as palavras de apoio dele, a ajuda e o humor me fizeram achar a alegria naquilo. Na verdade, qualquer lugar onde ele entrava se tornava duas vezes mais engraçado e inteligente só pela sua presença. Sinto orgulho de dizer que o conheci."
Rio - Após voltar aos centro das atenções com um suposto retorno ao comando do Vasco, Eurico Miranda acabou tendo uma notícia nada agradável nesta quinta-feira. O ex-presidente do Gigante foi condenado, em primeira instância, a efetuar um pagamento de cerca de R$ 1,3 milhão ao clube, em relação a prisão do ex-jogador Edmundo em 2001.
O clube moveu uma ação contra o ex-mandatário em função do pagamento de uma quantia parecida para três desembargadores, e a decisão judicial acabou sendo tomada definitivamenta na última terça-feira, pela juíza Isabella Pessanha Chagas, da 24ª Vara Cível. Sobre o fato, Eurico deixou claro que ainda não recebeu nenhum comunicado oficial, mas que caso o fato se confirme irá recorrer da decisão.
Eurico foi condenado a pagar R$ 1,3 milhão ao Vasco | Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
O caso
Após protagonizar um acidente de carro em 1995, que acabou resultando na morte de três pessoas, Edmundo acabou sendo condenado a quatro anos e meio de prisão em regime semiaberto, em 2001. Entretanto, na época desempenhando a função de vice-presidente do clube, Eurico saiu em defesa do ex-jogador e acabou fazendo duras críticas a alguns desembargadores da 6ª Câmara Criminal.
Pelo fato, os desembargadores duardo Mayr, Erié Sales da Cunha e Maurício da Silva Lintz entraram com um processo contra o clube e o dirigente, por terem se sentido ofendido com as críticas. Em 2009, o Vasco acabou tendo que pagar R$ 1.363.468,47 aos desembargadores, quantia que, agora, deverá ter que ser reposta pelo ex-dirigente ao clube da Colina.
O ex-técnico de futebol e ex-jogador Mário Jorge Lobo Zagallo, de 81 anos,
sofreu um acidente de carro na noite desta quinta-feira, no Rio, e não ficou
ferido. Ele bateu com seu Honda Civic em um poste, na Praça do Pimentinha, na
Barra da Tijuca (zona oeste), por volta das 23 horas.
Atendido no Hospital Barra D''Or, Zagallo foi liberado em seguida. Segundo a
assessoria do hospital, Zagallo não teve ferimentos e passou por exames apenas
por precaução, depois de ter colidido o seu carro após ter perdido o controle do
mesmo por causa da pista molhada devido à chuva.
Conhecido por ser o maior vencedor da história das Copas do Mundo, com dois
títulos como jogador, em 1958 e 1962, um como técnico, em 1970, e outro como
coordenador-técnico, em 1994, Zagallo será homenageado com uma estátua a ser
inaugurada no próximo dia 31 de maio, no Engenhão. A CBF anunciou a homenagem no
último dia 10 e a estátua ficará exposta em frente ao estádio, que nesta semana
foi interditado por causa de problemas estruturais na sua cobertura.
A estátua de Zagallo ficará na companhia de outras, dos ex-jogadores Nilton
Santos, Jairzinho e Garrincha. Durante a inauguração, estarão presentes a
comissão técnica e os jogadores da seleção brasileira, que têm treino marcado
para o Engenhão no mesmo dia 31 de maio - o Brasil faz amistoso com a
Inglaterra, em 2 de junho, no Maracanã.
Pelo menos 74 marcadores genéticos para tumores de ovário, mama e próstata foram descobertos
A dupla-hélice do DNA. Alterações podem favorecer doençasReuters
RIO- Pelo menos 74 marcadores genéticos que determinam um aumento significativo no risco de desenvolvimento de câncer de mama, ovário e próstata foram descobertos no maior estudo já realizado sobre o tema. O DNA de 200 mil pessoas — metade delas com câncer e a outra metade sem — foi comparado, revelando perfis mais propensos à doença. Pesquisadores acreditam que, com a descoberta, nos próximos cinco anos já seja possível termos um novo teste genético para a prevenção de câncer. Eles também acreditam que o conhecimento possa levar a uma maior compreensão sobre o desenvolvimento de tumores.
A pesquisa foi coordenada por cientistas da Universidade de Cambridge e do Instituto de Pesquisa do Câncer. Mas profissionais de outras 200 instituições na Europa, Ásia e EUA também participaram do levantamento. Os principais resultados foram reunidos em cinco grandes estudos publicados na “Nature Genetics”.
— Estamos muito perto de conseguir usar o nosso conhecimento das variações genéticas para desenvolver um teste que possa complementar o atual screening genético para o câncer de mama e de termos um eficaz programa de screening genético para o câncer de próstata — afirmou, em entrevista a BBC, de Londres, Doug Easton, um dos principais autores do estudo.
A colaboração permitiu a identificação de erros genéticos relacionados às três doenças, que afetam 2,5 milhões de pessoas em todo o mundo. Cada um desses erros, chamados de polimorfismos de nucleotídeo único, confere, por si, um aumento muito baixo do risco das doenças. Mas um indivíduo pode acumular dezenas deles, aumentando de maneira significativa as chances de desenvolver um tumor cancerígeno ao longo da vida.
Os polimorfismos de nucleotídeo único são, na realidade, pequenas alterações na ordem das letras do DNA. O genoma é composto de três bilhões de pares formados pelos elementos químicos A, C, T e G. Cada indivíduo pode ter milhões de falhas no seu genoma sem muitas consequências. Essas alterações nos diferenciam uns dos outros; explicam, por exemplo, por que uma pessoa responde melhor a um tratamento do que outra; ou ainda por que um indivíduo é mais sensível a determinadas doenças. Diferentemente das mutações (menos comuns, porém mais determinantes), os polimorfismos são muito frequentes. Mas são necessários dezenas deles para que se possa dizer que há um aumento significativo do risco para determinadas enfermidades.
Comparando pacientes com câncer a pessoas saudáveis, os cientistas conseguiram identificar “erros” na grafia genética que ocorrem, repetidamente, no grupo daqueles que tinham a doença. Nada menos que 49 alterações foram associadas com o câncer de mama, levando o total já identificado a 76. Para o câncer de próstata, 23 novos marcadores foram encontrados, perfazendo um total de 78. Para os tumores de ovário, foram identificadas oito variantes, que se somam às quatro já conhecidas.
Embora cada variação, individualmente, aumente muito pouco o risco de alguém vir a ter a doença, cientistas calculam que 1% dos homens que carregam várias dessas alterações podem ter um risco de câncer de próstata aumentado em até 50%. Mulheres com múltiplas das variantes teriam o risco de câncer de mama elevado em 30%.
alterações apontam Riscos de até 100%
Sabe-se que uma em cada 300 mulheres carrega um gene alterado, chamado de BRCA1 ou BRC2. Dois terços delas vão desenvolver câncer de mama antes dos 80 anos e 45% terão tumores de ovário. Mulheres que apresentem, por exemplo, esses marcadores e mais alguns dos recentemente descobertos poderiam ter até 100% de risco de desenvolver tumores. Em contraste, aquelas sem nenhum dos novos marcadores, poderia ter o risco bastante reduzido. O mapeamento desses perfis genéticos poderia ser útil na prevenção da doença.
— Nossa pesquisa nos coloca muito perto de oferecer às mulheres um retrato muito mais acurado de suas chances de desenvolver câncer de mama ou de ovário e nos ajudará a orientá-las sobre as mais apropriadas formas de prevenção e monitoramento.
Mas não só. Outros especialistas acreditam que o estudo pode revelar muito sobre o desenvolvimento de tumores, de forma a permitir a criação de novos tratamentos.
— Estes resultados não são o que qualquer cidadão médio esperaria, uma cura para o câncer, por exemplo. Tampouco vão a alterar imediatamente os tratamentos oncológicos. Mas têm, sim, um grande valor a curto prazo — afirmou, em entrevista ao jornal espanhol “El Mundo”, John Witte, coautor do estudo. — Como alguns dos marcadores descobertos são comuns a vários cânceres, isso aponta diretamente para o início do processo tumoral e sugere que, em vez de categorizar os tumores como diferentes, talvez devêssemos centrar nossos estudos em suas semelhanças
Servidor ainda atua em processo de estelionato; ele sustenta que recebe honorários e cumpre horário
O deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da CâmaraAilton de Freitas / O Globo
BRASÍLIA- O advogado que protocolou no Supremo Tribunal Federal (STF) a defesa do deputado Marco Feliciano (PSC-SP) em inquérito por homofobia tem emprego e salário pago pela Câmara. Feliciano é defendido por Rafael Novaes da Silva, seu secretário parlamentar desde fevereiro de 2011. O advogado respondeu à denúncia do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, no último dia 21, por meio de um documento com várias citações bíblicas.
Rafael também deve acompanhar Feliciano em interrogatório nas dependências do STF, no próximo dia 5, às 14h30m. O presidente da Comissão de Direitos Humanos será questionado sobre outro processo, no qual é acusado de estelionato, por um juiz federal designado pelo ministro Ricardo Lewandowski, relator da ação. Nesse processo, Feliciano já é réu e tem como advogado o mesmo secretário parlamentar.
O salário de Silva divulgado no site da Câmara é de R$ 2,4 mil. O nível do cargo — SP-25 —, no entanto, tem uma remuneração mínima de R$ 6.470. Uma das estratégias de Rafael na defesa de Feliciano é arrolar testemunhas de defesa próximas ao deputado: pelo menos duas testemunhas são pastores amigos do parlamentar e que também exercem o cargo de secretário no gabinete.
Gurgel acusa Feliciano de homofobia pelo Twitter, enquadra o deputado na lei que prevê crimes de preconceito de raça ou cor, e pede pena de um a três anos de prisão. Na defesa que rebate a denúncia, o secretário parlamentar diz que o deputado é “vítima de uma perseguição fria e calculista por conta de uma simples interpretação teológica que realizou de um trecho da Bíblia”.
Boa parte da defesa é dedicada a citações bíblicas, como os trechos do livro do Gênesis que remetem à maldição de Noé a descendentes africanos. “Como cristãos, cremos em bênçãos e, portanto, não podemos ignorar as maldições”, diz Rafael. Segundo ele, a maldição vem sendo “quebrada” por povos africanos. “Milhares de africanos têm devotado sua vida a Deus e por isso o peso da maldição tem sido retirado.” Com a alegação de imunidade parlamentar, liberdade de expressão de ideologia religiosa e atipicidade da conduta, Rafael pede a suspensão da denúncia.
Ao GLOBO, o secretário disse que recebe honorários de Feliciano para fazer as defesas no STF, por meio de contrato entre o escritório de advocacia do qual é sócio — Araújo, Novaes e Pires Advogados — e o deputado.
— Presto as oito horas diárias de serviços legislativos, como determina a legislação da Câmara, e fora dessas oito horas posso exercer outros trabalhos. Atuo na Câmara em conjunto com o escritório. Fico em Brasília e em São Paulo — afirmou Silva.
Patroas terão prazo para cumprir direitos de domésticas que precisam de regulamentação
Rio - Donas de casas terão 90 dias para se adaptarem e cumprirem quatro benefícios após a promulgação da PEC das Domésticas na próxima terça-feira. De 17 direitos aprovados, oito precisam ser regulamentados, sendo que quatro estão diretamente ligados às patroas. Pagamento de FGTS, adicional noturno, seguro contra acidente de trabalho quando houver culpa do empregador e indenização compensatória para evitar demissão arbitrária ou sem justa causa precisarão de lei complentar para valer.
Miinistra do Tribunal Superior do Trabalho, Delaíde Miranda Arantes | Foto: Divulgação
O Ministério do Trabalho informou ontem que estima que o recolhimento do FGTS, por exemplo, será obrigatório depois de três meses, quando comissão criada pela pasta definir, por meio de portarias e normas específicas, como o fundo será depositado. O objetivo é tornar o procedimento fácil.
De acordo com o ministério, para o recolhimento do FGTS será necessário fazer ajustes em conjunto com a Caixa Econômica no sistema do fundo. O banco é o gestor dos recursos do FGTS.
Outros benefícios que não interferem no orçamento da dona de casa também precisam ser regulamentados. Seguro-desemprego, salário-família, licença-gestante, assistência gratuita aos dependentes em creches e pré-escolas estão na lista que necessitam de portaria ou lei complementar para entrar em vigor.
No caso do seguro-desemprego, norma técnica precisa ser editada pelo Ministério do Trabalho para aumentar o número de parcelas de três para cinco, em caso de demissão involuntária.
Ex-doméstica, a ministra do TST Delaíde Arantes afirmou que não espera aumento no número de ações entre trabalhadores e patrões com a promulgação da PEC no dia 2 de abril. Propostas para amenizar impactos
Um projeto de lei em tramitação e outro apresentado na terça-feira tentam amenizar o impacto que os novos benefícios das domésticas vão provocar nas contas das donas de casas. Há três anos no Congresso,o PL 7.082/10 propõe a desoneração da folha de pagamento para os empregadores. A proposta reduz o percentual de contribuição do patrão para INSS, de 12% para 4% sobre o salário do empregado.
Já deputado federal Otavio Leite (PSDB-RJ) apresentou na Câmara um projeto de lei que estabelece dedução de 30% no Imposto de Renda pelo empregador de trabalhador doméstico. “Precisamos garantir a viabilidade das novas regras sem gerar desemprego” disse Leite. TIRA DÚVIDAS DO MINISTÉRIO DO TRABALHO
VALEM IMEDIATAMENTE Passam a valer a partir da próxima terça-feira salário mínimo fixado em lei, irredutibilidade de salário, salvo o previsto em Acordo ou Convenção Coletiva onde há sindicatos; proteção do salário na forma da lei, constituindo crime sua retenção dolosa; 13º salário com base na remuneração integral ou no valor da aposentadoria; duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 44 horas semanais, facultada a compensação de horários e redução da jornada, mediante acordo ou convenção coletiva.
JORNADA E HORA EXTRA Também entrará em vigor na semana que vem direitos como repouso semanal remunerado, preferencialmente aos domingos; hora extra, que será acrescida, no mínimo, em 50%; férias anuais remuneradas com, pelo menos, 1/3 a mais do que o salário normal; aviso-prévio, de, no mínimo, 30 dias, para empregados com até um ano de serviço no mesmo empregador, acrescidos de três dias por ano de serviço prestado ao mesmo empregador, até o máximo de 60 dias, em um total de 90 dias.
CONTROLE DA JORNADA A jornada deverá ser estabelecida entre empregado e empregador, não sendo necessário o controle da jornada do trabalhador doméstico como é feito em empresas comuns. O Ministério do Trabalho sugere que a jornada deve ser estabelecida em contrato de trabalho e se em algum dia ocorrer hora extra, anotar a parte e ao final de cada mês somar os extras naquele mês.
ONDE DENUNCIAR De acordo com o Ministério do Trabalho, a doméstica que estiver trabalhando em casa que não cumpre algum dos direitos previstos na PEC deve procurar as Superintendências, Gerências ou Agências Regionais do Trabalho e Emprego para fazer a denúncia no plantão fiscal.
PREVIDÊNCIA Salário-família, licença de 120 dias para gestantes, assistência gratuita a filhos e dependentes de até seis anos de idade em creches e seguro contra acidentes de trabalho a cargo do patrão, quando houver culpa, deverão ser regulamentados pelo Ministério da Previdência.
Pastor que preside Comissão de Direitos Humanos mandou prender um jovem que o
teria chamado de racista
BRASÍLIA - O pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP) definiu nesta
quarta-feira, 27, como exemplo de democracia a realização de uma sessão da
Comissão de Direitos Humanos sem a presença de manifestantes. Após pedir a
prisão de um dos jovens que protesta por sua saída do cargo e mudar o plenário
da comissão, permitindo a entrada apenas de parlamentares, assessores e
jornalistas, o pastor acompanhou a reunião que durou cerca de duas horas para um
debate sobre a contaminação de pessoas por chumbo na cidade de Santo Amaro da
Purificação (BA).
Dida Sampaio/AE
Seguranças expulsaram manifestantes que
protestaram durante a sessão
"Me sinto realizado. Democracia é isso. Talvez seja preciso tomar medidas,
não austeras, mas necessárias", afirmou o deputado do PSC durante a audiência.
Ele se recusou a dar entrevistas após a reunião.
O deputado afirmou que as vítimas de contaminação que estiveram presentes na
audiência teriam conseguido condições melhores se tivessem os manifestantes a
seu lado. "Se vocês tivessem um grupo por trás gritando, seriam atendidos, se
tivessem condições de impedir uma comissão de trabalhar, talvez tivessem sido
atendidos", afirmou.
Feliciano presidiu apenas o início da reunião. Ainda com a presença dos
manifestantes, o deputado estadual Fernando Capez (PSDB-SP) fez uma exposição
sobre a situação dos torcedores corintianos presos na Bolívia. Após trocar de
plenário e impedir a entrada de manifestantes, Feliciano passou o comando ao
deputado Roberto de Lucena (PV-SP), autor do requerimento para audiência
pública. Aproveitou para dizer que essa será sua praxe na comissão e negou que
tenha "fugido" da reunião na semana passada, quando ficou em plenário por apenas
8 minutos. Desta vez, sem público, Feliciano acompanhou toda a audiência. Veja também: Pastor
Feliciano manda prender manifestante que o chamou de 'racista' Evangélicos
pedem afastamento de condenados no mensalão Vice-presidente
do PSC fala sobre a situação 'TV Estadão': "Não saio de jeito
nenhum"
Dependendo de que estado comanda, um governador no Brasil pode ganhar de R$ 9,6 a R$ 26,7 mil reais. Confira quem tem os maiores - e menores - contracheques no país
Ganham bem ou mal?
São Paulo – Comparado ao salário médio da população do Rio de Janeiro, o governador da foto, Sérgio Cabral, não pode reclamar: recebe cerca de 13 vezes mais, com um ganho bruto de 20,6 mil reais todos os meses. Já os trabalhadores em geral ficam com 1.521 reais.
Mas Sérgio Cabral está longe de poder se gabar para os próprios pares: se ganha mais que o dobro do menor salário do Brasil – de Eduardo Campos, de Pernambuco – existem outros 10 governadores com holerites superiores.
O salário médio dos chefes dos executivos estaduais no país é de 19.867 reais, o que corresponde a cerca de 30 salários mínimos. Mas alguns governadores levam para casa quase 40; outros, menos de 15.
Clique nas fotos para conferir levantamento de EXAME.com com os salários de todos os governadores do país. Os valores são brutos, sem os posteriores descontos previdenciários e de Imposto de Renda.
Os dados foram comparados com o rendimento médio mensal dos trabalhadores da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) 2011, do IBGE.
1º PR - Beto Richa (PSDB): R$ 26.723,13
Salário bruto: R$ 26.723,13 Renda média do trabalhador: R$ 1.336
O salário de Beto Richa é 20 vezes maior que da população do Paraná.
2º RR - Anchieta Júnior (PSDB): R$ 26.700,00 Salário bruto: R$ 26.700,00 Renda média do trabalhador: R$ 1.252
O salário de Anchieta Júnior é 21,3 vezes maior que da população de Roraima.
3º DF – Agnelo Queiroz (PT): R$ 26.055,06 Salário bruto: R$ 26.055,06 Renda média do trabalhador: R$ 2.623
O salário de Agnelo Queiroz é quase 10 vezes maior que da população do Distrito Federal.
4º MS - André Puccinelli (PMDB): R$ 25.444,09
Salário bruto: R$ 25.444,09 Renda média do trabalhador: R$ 1.420
O salário de André Puccienlli é cerca de 18 vezes maior que da população do Mato Grosso do Sul.
5º PA - Simão Jatene (PSDB): R$ 25.323,54
Salário bruto: R$ 25.323,54 Renda média do trabalhador: R$ 994
O salário de Simão Jatene é cerca de 25 vezes maior que da população do Pará.
6º AC – Tião Viana (PT): R$ 25.323,51
Salário bruto: R$ 25.323,51 Renda média do trabalhador: R$ 952 O salário de Tião Viana é 26 vezes maior que da população do Acre.
7º SE - Marcelo Déda (PT): R$ 24.117,62
Salário bruto: R$ 24.117,62 Renda média do trabalhador: R$ 907
O salário de Marcelo Déda é 26 vezes maior que da população de Sergipe.
7º AP – Camilo Capiberibe (PSB): R$ 24.117,62
Salário bruto: R$ 24.117,62 Renda média do trabalhador: R$ 1.140
O salário de Camilo Capiberibe é 21 vezes maior que da população do Amapá.
9º TO – Siqueira Campos (PSDB): R$ 24.117,00
Salário bruto: R$ 24.117,00 Renda média do trabalhador: R$ 958
O salário de Siqueira Campos é 25 vezes maior que da população de Tocantins.
10º PB – Ricardo Coutinho (PSB): R$ 23.500,82
Salário bruto: R$ 23.500,82 Renda média do trabalhador: R$ 880
O salário de Ricardo Coutinho é 26 vezes maior que da população da Paraíba.
11º RO - Confúcio Moura (PMDB): R$ 23.052,31
Salário bruto: R$ 23.052,31 Renda média do trabalhador: R$ 1.153
O salário de Confúcio Moura é cerca de 20 vezes maior que da população de Rondônia.
12º SP - Geraldo Alckmin (PSDB): R$ 20.662,00 Salário bruto: R$ 20.662,00 Renda média do trabalhador: R$ 1.637
O salário de Geraldo Alckmin é cerca de 12 vezes maior que da população de São Paulo.
12º RJ – Sérgio Cabral (PMDB): R$ 20.662,00 Salário bruto: R$ 20.662,00 Renda média do trabalhador: R$ 1.521
O salário de Sérgio Cabral é 13 vezes maior que da população do Rio de Janeiro.
Fonte: Exame.com
O PT tem levantado a bandeira da reforma política, com foco no financiamento público de campanha
O ex-presidente do Brasil Luiz Inácio Lula da Silva conversa com o público ao lado de ex-primeiro-ministro espanhol Felipe Gonzalez, em 26 de março de 2013
São Paulo - Ao participar de um debate com empresários nesta terça-feira em São Paulo, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva defendeu o financiamento público exclusivo de campanhas eleitorais e afirmou que a doação de empresas privadas a candidatos deveria ser considerada "crime inafiançável".
"Eu sou defensor do financiamento público de campanha como forma de moralizar a política. E, mais ainda, eu acho que não só se deveria aprovar o financiamento público de campanha como tornar crime inafiançável o financiamento privado", afirmou o ex-presidente durante um evento promovido pelo jornal Valor Econômico.
Essa ideia já havia sido defendida por Lula no fim de fevereiro, em ato do PT em Fortaleza. O partido tem levantado a bandeira da reforma política, com foco no financiamento público de campanha, por considerar que essa seria uma maneira de evitar que escândalos como o mensalão voltem a acontecer.
Apesar de o Supremo Tribunal Federal ter julgado que o caso consistiu em um esquema de compra de votos em troca de apoio ao governo Lula no Congresso, o PT afirma que o que houve foi caixa 2 para pagamento de dívidas de campanha.
O ex-presidente também defendeu a necessidade da reforma política, mas se mostrou cético quanto à possibilidade de o Congresso aprová-la, mesmo com a possibilidade de um projeto que trata do assunto entrar na pauta nas próximas semanas.
Em entrevista, ex-presidente também afirma que Dilma tem 'amplas chances' de
vencer no 1º turem 2014 e considera legítima a movimentação de Eduardo Campos
SÃO PAULO - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou, em entrevista ao
jornal Valor Econômico publicada nesta terça-feira, 27, que não
descarta se candidatar à presidência da República mais uma vez, em 2018.
Marcio Fernandes/AE
Lula também defendeu suas viagens ao
exterior custeadas por empreiteiras
"Vai saber o que vai acontecer nesse país, vai que de repente eles precisam
de um velhinho para fazer as coisas. Não é da minha vontade. Acho que já dei
minha contribuição. Mas em política a gente não descarta nada", disse o
petista.
Em relação às eleições de 2014, Lula avalia que Dilma "tem ampla chance de
ganhar no primeiro turno" e que ainda "é muito cedo" para falar da candidatura
do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). No entanto, ele afirma que
"jamais" pedirá a Campos que não seja candidato à Presidência, com quem afirma
ter uma relação de amizade "inabalável".
"Ele é um jovem de 40 e poucos anos. Termina seu mandato no governo de
Pernambuco muito bem avaliado. Me parece que não tem vontade de ser senador da
República nem deputado. O que é que ele vai ser? Possivelmente esteja pensando
em ser candidato para ocupar espaço na política brasileira, tão necessitada de
novas lideranças. Se tirar o Eduardo, tem a Marina que não tem nem partido
político, tem o Aécio que me parece com mais dificuldades de decolar. Então é
normal que ele se apresente e viaje pelo Brasil e debata (...) Acho bom para a
democracia. E precisamos de mais lideranças", afirmou.
O petista aproveitou para alfinetar o PSDB. Disse que os tucanos "estão sem
liderança" e que o ex-governador José Serra se desgastou. "Eu avisei: não seja
candidato em a prefeito que não vai dar certo. Poderia estar preservado para
mais uma. Mas Serra quer ser candidato a tudo, até síndico do prédio acho que
ele está concorrendo agora", ironizou. Quanto a Aécio Neves, disse que o
governador mineiro " não tem a performance que as pessoas esperavam dele".
Lula ainda defendeu suas viagens ao exterior, custeadas por empreiteiras, e
disse que viaja para "vender confiança". "Adoro fazer debate para mostrar que o
Brasil vai dar certo. Compre no Brasil porque o país pode fazer as coisas. Esse
é o meu lema. Se alguém tiver um produto brasileiro e tiver vergonha de vender,
me dê que eu vendo".
O petista se recusou a fazer uma análise do julgamento do mensalão pelo
Supremo Tribunal Federal, pois prefere aguardar a análise dos recursos da
defesa, mas garantiu que fará isso após o trânsito em julgado da ação. "Não é
correto, não é prudente que um ex-presidente fique dizendo ‘Ah, gostei de tal
votação’, ‘tal juiz é bom’. Não vou fazer juízo de valor das pessoas. Quando
terminar a votação, quando não tiver mais recursos vou dizer para você o que é
que eu penso do mensalão", afirmou.