A festa em torno da entrega de 248 apartamentos do Condomínio Mangueira II, na comunidade de mesmo nome, na Zona Norte do Rio, nesta terça-feira (4), por meio do programa 'Minha casa, Minha Vida', trata-se da realidade de uma pequena parcela de cariocas, segundo dados da Secretaria Municipal de Habitação (SMH).
Questionado sobre o déficit habitacional na cidade e sobre novos projetos para contornar o problema, o secretário municipal de Habitação, Pierre Batista, disse que o número de cadastrados no programa 'Minha casa, Minha Vida' no Rio de Janeiro não corresponde à realidade. Segundo Pierre, que participou da inauguração do empreendimento ao lado do prefeito Eduardo Paes, há má-fé de alguns inscritos.
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Há famílias de quatro pessoas onde cada membro da família fez uma inscrição pedindo um imóvel. Há muitos casos deste tipo", defende-se o secretário. Segundo ele, um estudo da SMH dá conta de um déficit habitacional de 200 mil famílias, contrariando os 326 mil inscritos. Ainda assim, se considerarmos o número de famílias já contempladas pelo programa e o registro de déficit da SMH (200 mil), temos um percentual de apenas 13% de famílias atendidas pelo 'Minha Casa, Minha Vida' no Rio.
Morador do que restou da comunidade Metrô-Mangueira, que está sendo removida devido às obras de ampliação do Maracanã, o frentista Dejair esteve na inauguração do Mangueira II e fez críticas à baixa cobertura habitacional da Prefeitura.
Outro que também reclama do número de contemplados pelo programa é Valmir Costa, pedreiro, morador da favela Barreira do Vasco, em São Cristóvão.
Novos empreendimentos
Questionado sobre a construção de novos empreendimentos destinados a atender outras famílias inscritas no programa, o secretário Batista admitiu que a última contratação de uma construtora feita pelo programa para o Rio de Janeiro foi em março.
"Temos que atingir um número forte, mas com qualidade. A Prefeitura faz sua parte desonerando impostos para construtoras, reduzindo ITBI (imposto sobre transmissão de bens imóveis) e ISS (Imposto sobre Serviço). Mas quem contrata as construtoras são as entidades financeiras (Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil). Não é a Prefeitura", desconversa
Fonte: Jornal do Brasil
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