segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

Chefe do FMI diz que EUA precisam cortar gastos e aumentar receitas para evitar recessão

Lagarde está confiante que os legisladores americanos irão aprovar plano antes de prazo final para o ‘abismo fiscal’

WASHINGTON — Os Estados Unidos precisam de uma postura equilibrada e compreensiva para lidar com seus problemas fiscais, que deveria incluir uma mistura de cortes de gastos e aumento de receitas, disse este domingo a chefe do Fundo Monetário Internacional, Christine Lagarde.
— Minha visão, pessoalmente, é que o melhor modo de ir em frente e ter uma postura equilibrada que leve em consideração tanto aumentar as entradas, o que siginifica elevar impostos e criar novas fontes de receitas, e reduzir os gastos — disse Lagarde, em entrevista pré-gravada no programa ‘State of de Union’, da americana CNN.
Lagarde deu a sua opinião sobre o iminente ‘abismo fiscal’ de Washington, uma combinação de cortes de gastos automáticos e aumentos de impostos que entrarão em vigência no começo do ano que vem, se os legisladores não chegam a um acordo para impedí-lo.
O governo do presidente Barack Obama e líderes do Crongresso ainda estão negociando um modo de evitar o abismo de US$ 600 bilhões em reajustes tributários e gastos federais. Em caso de não fazerem isso, a economia americana poderia voltar a cair em recessão.
Em sua entrevista à CNN, Lagarde citou o ‘abismo fiscal’ como a maior ameça à economia americana e disse que o país está mais vulnerável aos seus próprios problemas internos que a qualquer outra coisa que aconteça zona do euro ou na China.
— Não digo que não haja consequências de uma crise que possa ocorrer na Europa, mas as consequências serão relativamente menores. (Estados Unidos) está más exposto às suas próprias dificuldades e aos seus próprios assuntos do que o que ocorre em outras partes do mundo — ressaltou a chefe do FMI.
Lagarde disse à CNN que segue otimista que os legisladores americanos decidirão por um plano antes do prazo final do ‘abismo fiscal’:
— Minha confiança está profundamente enraizada no afeto que tenho pelos Estados Unidos. Creio que existe um sentido de ser prático, lidar com uma coisa de cada vez.

Fonte: O Globo

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