quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Cardozo: 'A Polícia Federal não se submete a orientações políticas'

Brasília - O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, exaltou a "independência" da Polícia Federal e negou ter tomado conhecimento com antecedência de detalhes da Operação Porto Seguro , que desmantelou um esquema de venda de pareceres técnicos fraudulentos em órgãos federais. Cardozo afirmou que, diferentemente do que ocorria durante o regime militar, a Polícia Federal hoje não age guiada por "interesses políticos".
Foto: Divulgação
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"Graças a Deus o período da ditadura acabou", afirmou Cardozo. "É com orgulho que eu comando hoje a PF, que não se submeterá em momento algum a orientações políticas", emendou. Ele afirmou que a PF agiu como deveria ao informá-lo sobre as investigações somente quando fosse "estritamente necessário". "A Polícia Federal, para orgulho do Ministério da Justiça, configura uma polícia de Estado e não de governo."
Cardozo disse ter tomado conhecimento da operação na quinta-feira, 22, um dia antes de a Polícia Federal executar os mandados de prisão e de busca referentes à operação. "Recebi informações genéricas, como deveria ser", acrescentou, dizendo ter sido apenas avisado pela PF de que havia uma operação a ser executada no dia seguinte e que atingiria órgãos federais em Brasília e outros Estados.
A versão "genérica" sobre a operação, segundo o ministro, foi então repassada à presidenta Dilma Rousseff na noite da quinta-feira. "Eu não poderia dizer a ela mais do que sabia", disse.
Cardozo negou, por exemplo, a versão de que teria sido avisado na manhã de sexta-feira pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, no momento em que seu braço direito José Weber de Holanda tornou-se alvo da operação . "Não sei de onde tiram essas versões fantasiosas", disse o ministro.

As informações são do iG

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