Crédito à mineradora usado no Porto Sudeste que, assim como outros projetos do empresário, tem obras em atraso
![Eike Batista terá empréstimo de quase R$ 1 bilhão do BNDES para empresa. Grupo enfrenta crise de credibilidade, com constantes atrasos no cronograma. Veja mais em http://bit.ly/Zx4DlD (via @[123288521042765:274:Economia Estadão])
Foto: Fabio Motta/Estadão](https://fbcdn-sphotos-d-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash4/s480x480/3650_643624612319271_1718534354_n.jpg)
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RIO - Mergulhado em uma grave crise de credibilidade, o Grupo X contabiliza atrasos no cronograma de vários projetos, como os portos do Sudeste e do Açu, ambos no Rio de Janeiro. A constante revisão de prazos é mais uma reclamação de investidores preocupados com os atuais rumos das empresas.A MMX anunciou nesta quinta-feira, 18, pela segunda vez no mês, a aprovação de empréstimo ao porto do Sudeste pelo BNDES.
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A meta inicial era que o porto começasse a operar no final de 2012. Agora, o novo cronograma prevê a entrada em operação em dezembro deste ano. Questionada pelo Broadcast, a MMX informou que precisou revisar o início das operações do porto Sudeste "em função de atrasos no fornecimento de alguns equipamentos importados do projeto".
Um problema semelhante vive o Porto do Açu, chamado de "Roterdã dos trópicos" pelo empresário Eike Batista. A obra foi postergada em um ano e também está prevista para o final deste ano. Responsável pelo Açu, a LLX, empresa de logística do empresário, credita o atraso a uma mudança no escopo do projeto, que foi ampliado para aumentar a quantidade de movimentação de carga.
"Quem frustra as expectativas consistentemente não está azarado. O problema está na gestão", afirma Ricardo Correa, analista-chefe da Ativa Corretora.
O executivo lembra que, no comando das empresas X, o empresário Eike Batista, criou uma "inflação de expectativas". Uma estratégia perigosa a ser desenvolvida por um grupo com tantos projetos a serem tirados do papel ao mesmo tempo.
Outro que culpa o modelo de gestão pelos atrasos acumulados em projetos do grupo é o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), Adriano Pires. Segundo ele, os problemas de gestão se concentram na petroleira OGX, criada para ser a principal estrela das empresas X.
A entrada da companhia na fase comercial, com a entrega da primeira carga de óleo produzido em Waimea, na Bacia de Campos, foi adiada diversas vezes. A previsão inicial era final de 2010, mudou para setembro e outubro de 2011, depois dezembro, mas, só aconteceu mesmo em janeiro de 2012.
Na Colômbia, o cronograma também está atrasado. A estimativa inicial era perfurar o primeiro poço em 2013. Agora, a companhia trabalha com uma nova previsão: primeiro semestre de 2014. Segundo Pires, os atrasos são preocupantes, mas ficam em segundo plano quando se analisa a frustração dos investidores com os rumos do grupo X.
"A OGX informou números muito abaixo do esperado. A companhia se endividou demais para produzir pouco petróleo", analisou.
Apesar dos percalços das empresas da holding EBX, o diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE) se mostrou otimista em relação ao futuro do Porto do Açu. Segundo ele, o projeto é importante para o País, por isso, aposta em uma ajuda do governo para viabilizar o empreendimento.
"Tem investimentos que a Petrobrás pode fazer por lá que não são ruins. O pior seria deixar quebrar o projeto", avaliou.
Fonte: Mônica Ciarelli, do O Estado de S.Paulo
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