Santa Catarina vive onda de violência | Foto: Divulgação
Às 6h30 desta quarta-feira, dois homens armados invadiram um ônibus de uma empresa de turismo enquanto ele saía da garagem, no bairro Tapera, em Florianópolis. Os dois mandaram o motorista descer e em seguida jogaram um coquetel molotov num banco do veículo. O motorista, que teve roubados a carteira e o celular, conseguiu conter o fogo. Apenas dois assentos foram queimados e parte do teto foi destruída.
Esta é a segunda onda de atentados no Estado. A primeira, que durou pouco mais de uma semana, ocorreu em novembro do ano passado. A Polícia Militar acredita que os ataques só serão interrompidos por ordem de líderes da facção, que cumprem pena em algumas penitenciárias de Santa Catarina.
Força Nacional
Diante da frequência de ataques, o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, já acena com a possibilidade de o Estado aceitar auxílio da Força Nacional de Segurança (FNS) oferecida na semana passada pelo Ministério da Justiça.
Em entrevista ao jornal Diário Catarinense, no fim da tarde de segunda-feira, após se reunir com o comando-geral da Polícia Militar (PM), Colombo afirmou que a FNS deve ser utilizada. "É uma decisão técnica. A Força Nacional de Segurança será utilizada, se for o caso, em atuações específicas", disse ao periódico.
Para o governador, a segurança pública catarinense está dando resposta com a prisão de suspeitos e autores dos crimes. Estão sob investigação 137 pessoas e, após 14 dias de atentados, 31 estão presos.
Segundo a Polícia Civil, criminosos encarcerados estão ordenando os atos de violência. As ações podem estar relacionadas a excessos cometidos por agentes penitenciários em uma operação pente-fino no Presídio de Joinville, no dia 18 de janeiro. As imagens do circuito interno mostram agentes penitenciários utilizando spray de pimenta e disparando balas de borracha, mesmo com os presos sob controle.
Na tentativa de conter a onda de ataques, o governo de Santa Catarina decidiu transferir pelo menos 20 presos de alta periculosidade para penitenciárias federais.
Fonte: As informações são do iG
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