Rio de Janeiro – Uma operação conjunta entre a Delegacia de Repressão às
Ações Criminosas (Draco) e o Serviço de Inteligência da Secretaria Estadual de
Segurança Pública do Rio de Janeiro iniciada na manhã de hoje (5) em Guapimirim,
na Baixada Fluminense, prendeu o prefeito da cidade, Renato Costa Melo Júnior, a
candidata à prefeitura do município, Ismeralda Rangel Garcia, e dois integrantes
do governo local. O grupo é acusado de integrar uma organização criminosa que
desviava, por meio de licitações fraudulentas, mais de R$ 1 milhão por mês de
recursos da prefeitura.
O prefeito de Guapimirim, conhecido como Júnior do Posto, foi preso em sua
casa, num condomínio de luxo no Recreio dos Bandeirantes, na zona oeste da
capital fluminense. Segundo a polícia, ainda estão foragidos o presidente da
Câmara, Marcelo Prado Emerick, o Marcelo do Queijo, Ivan Azevedo Valentino, o
Ivan Gazetão e Ronaldo Coelho Amorim. Os dois últimos desempenhavam, segundo as
investigações, a função de “laranja” no esquema.
Ainda de acordo com a Polícia Civil, a organização criminosa que atuava na
prefeitura de Guapimirim chegou a oferecer R$ 800 mil para que os policiais da
Draco deixassem as investigações. Os agentes simularam o recebimento do dinheiro
para conseguir mais provas. Ainda segundo a polícia, todo o dinheiro, que foi
entregue em notas de R$ 50 e R$ 100, foi depositado numa conta bancária à
disposição da Justiça.
Os sete meses de investigações da operação, batizada de Os Intocáveis,
resultaram em sete mandados de prisão e 45 de busca e apreensão. O Ministério
Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou 16 pessoas pelos crimes de quadrilha
armada, fraude em licitação, corrupção ativa, coação no curso do processo e
peculato, que podem somar 24 anos de prisão, caso os envolvidos sejam
condenados.
Os documentos, computadores e notas fiscais apreendidos na prefeitura de
Guapimirim foram levados para a Academia de Polícia Civil. No início da tarde,
promotores do Ministério Público do estado e os responsáveis pela ação vão
detalhar a operação em entrevista coletiva na sede do Ministério Público, no
centro do Rio.
Fonte: Agência Brasil
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