Iniciativa é do mutirão do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil
Haddad (Into); no total, 35 crianças serão atendidas
Crianças com deformidades congênitas e sequelas devido a problemas no parto vão
passar por cirurgias para correção das anomalias. As operações começaram ontem,
30, e terminam nesta sexta-feira, 31. A iniciativa é do mutirão do Instituto
Nacional de Traumatologia e Ortopedia Jamil Haddad (Into). No total, 35 crianças
serão atendidas.
É a primeira vez que o instituto organiza mutirão de
cirurgias reconstrutoras com essa finalidade, segundo o chefe do Centro de
Cirurgia Plástica e Microcirurgia Reconstrutiva do instituto, o cirurgião
plástico Pedro Bijos. No primeiro dia, 18 crianças passaram pelo centro
cirúrgico.
Pedro Bijos explicou que a seleção das crianças foi aleatória
e todas vieram de hospitais públicos. Segundo o médico, os pacientes foram
cadastrados no mutirão pelas unidades de saúde onde nasceram ou pelos próprios
pais, que procuraram o instituto. Há pacientes dos estados do Acre e de
Rondônia. A maioria ainda não completou dois anos de idade. No entanto, Pedro
Bijos informou que, crianças com até 13 anos, também estão inscritas para as
cirurgias reconstrutoras.
Entre as pessoas que procuraram o instituto
está a dona de casa Letícia Gama, de 21 anos, mãe da pequena Kaila, de apenas um
ano de idade, que nasceu com um dedo a mais no pé esquerdo e enfrenta
dificuldade em usar sapatos.
“ Não vejo a hora da Kaila usar um calçado e
não precisar mais ficar com meias nos pés o tempo todo”, disse s mãe, ansiosa
para ver a filha usando sapatos e sandálias após a cirurgia.
Os pacientes
foram divididos em dois grupos. O primeiro formado por aqueles com alguma
deformidade nos membros superiores e inferiores. No segundo, são crianças com
anomalia congênita, por exemplo, com dedos a mais ou incompletos.
O
mutirão faz parte ainda do primeiro curso médico sobre anomalias e sequelas de
lesões obstétricas do plexo branquial (lesão nervosa), organizado pelo Into. O
objetivo, conforme Bijos, é ajudar na formação de médicos residentes formados em
cirurgia plástica e ortopedia.
O curso é composto por aula teórica,
avaliação e exames clínicos, discussão de casos e o acompanhamento das
cirurgias, que são transmitidas ao vivo por um telão no auditório do
instituto.
“O mutirão é apenas uma maneira de diminuir a espera por uma
cirurgia reconstrutora. É a primeira vez que esse curso é realizado no Into. Ele
é voltado totalmente para a parte prática. As cirurgias são transmitidas ao
vivo”, ressaltou.
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