segunda-feira, 24 de outubro de 2016

Em reta final de campanha, Crivella é citado em delação da Lava Jato

Delação aponta que, em 2010, campanha do então candidato ao Senado teria contado com ajuda financeira provinda de dinheiro desviado da Petrobras
Agência Brasil
Segundo o material que chegou ao MPF, Crivella (PRB) procurou Graça Foster em 2010, durante a campanha dele

Às vésperas do segundo turno das eleições, o candidato à prefeitura do Rio de Janeiro Marcelo Crivella (PRB) pode ter o seu nome envolvido nas investigações da Operação Lava Jato. As informações foram publicadas no jornal O Globo, na edição deste domingo (23).

De acordo com a publicação, o ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque, está negociando com o Ministério Público Federal uma delação premiada que envolve Crivella, o bispo licenciado da Igreja Universal do Reino de Deus na Operação Lava Jato.

Segundo o material que chegou ao MPF, Crivella (PRB) procurou Graça Foster em 2010, durante a campanha dele, e pediu a ex-diretora de Óleo e Gás da Petrobras uma ajuda financeira. Graça, por sua vez, encaminhou a questão a Renato Duque.


Depois disso, João Vaccari, que era tesoureiro do Partido dos Trabalhadores, entrou em cena e, de acordo com Duque, acionou Carlos Cortegoso, conhecido como Carlão, dono das gráficas Focal e CRLS. Essas gráficas, aliás, são as mesmas investigadas na ação do TSE que pode cassar a chapa Dilma e Temer.

A sequência da delação aponta que foram impressas 100 mil placas para a campanha de Crivella ao Senado, com gasto estimado em R$ 12 milhões. Segundo as informações do MPF, Duque disse que o serviço - não declarado nos gastos da campanha do agora candidato à prefeitura do Rio, foi descontado do dinheiro desviado da Petrobras.

A assessoria do candidato à prefeitura do Rio de Janeiro nega as acusações.

Fonte: Por iG São Paulo

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