quarta-feira, 5 de outubro de 2016

RJ estuda 'medidas mais duras' para cortar gastos, diz secretário

Chefe da Fazenda descartou melhora da crise financeira no curto prazo.
Ele adiantou que não há previsão imediata de demissão de servidores.







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Governo do RJ anuncia pacote de medidas para cortar gastos

O governo do Rio de Janeiro descarta a possibilidade de reversão da grave crise financeira do estado no curto prazo. Foi o que afirmou o secretário de estado da Fazenda, Gustavo Barbosa, na manhã desta quarta-feira (5). Ele adiantou que são estudadas “medidas mais duras” para cortar os gastos do governo.
Em entrevista ao Bom Dia Rio, Barbosa confirmou as informações antecipadas pelo RJTV sobre um decreto, que será publicado ainda nesta semana, para enquadramento na lei de responsabilidade fiscal. Entre as ações previstas está o corte no pagamento de fornecedores e prestadores de serviço. O secretário de Fazenda destacou este é o começo de um plano de reestruturação.
“Essas medidas são medidas iniciais. O governo do estado está estudando outras medidas que virão, sim. Neste momento eu prefiro não antecipar essas medidas. Seriam medidas mais duras do que as atuais. A gente certamente terá que aprofundar em função dessa situação de caos fO secretário negou que a demissão de servidores – ação permitida pela legislação para que o governo cumpra a lei de responsabilidade fiscal – faça parte das ações em estudo pelo governo.
“Não há previsão, neste momento, de qualquer ação neste sentido [corte de servidores]. O estado com certeza precisa ser repensado. Ele hoje está grande para o bolso da sociedade. Ela paga impostos, o estado arrecado e o tamanho dele não permite que ele possa cumprir com todas as obrigações”, disse.
Embora tenha ressaltado que a arrecadação do governo tem caído, com resultado em 2016 pior que do ano passado, Barbosa afirmou que não há previsão imediata de aumento de impostos, embora tal medida não seja descartada.
“Já houve um momento de aumento de impostos ano passado. Posse ser que aconteça, mas eu prefiro não antecipar. Tem o lado também da despesa, que aí sim eu acho que as medidas serão mais duras”, ressaltou.
Dentre as medidas de redução de gastos já tomadas, o secretário destacou a revisão de contratos do governo, iniciada no começo do ano. Segundo ele, isso já possibilitou uma economia de cerca de R$ 515 milhões.
Pagamento dos servidores
Nesta quarta-feira (5), o governo do RJ disse que iniciaria o pagamento da folha de setembro dos servidores.  Segundo o secretário de Fazenda Gustavo Barbosa, 100% dos servidores ativos da área de Educação e 70% dos vencimentos da segurança devem ser pagos até o fim doa dia. No dia 13 serão pagos os outros 30% dos salários dos servidores ativos da segurança e 100% dos inativos desta área. O restante da folha deve ser quitado até o dia 17, ainda de acordo com o secretário.
Barbosa comentou que a intervenção judicial não garante a alteração do calendário de pagamentos. “Os arrestos que têm acontecido eles têm seguido o fluxo de entrada do caixa do governo. Se paga a folha de acordo com a entrada de recursos. O estado não tem recursos em outro lugar e não está pagando porque não quer”, afirmou.
Por conta da arrecadação tributária, segundo o secretário, é que o governo tem estendido o prazo de pagamento dos servidores até o décimo dia útil. “O caixa do estado recebe recursos tributários e é dali que vem o pagamento dos servidores. É por isso que se definiu o décimo dia útil para pagamento dos servidores, porque é até nele que tem a maior entrada de recursos tributários”, destacou o secretário em entrevista ao Bom dia Rio.
Representante da Federação das Associações e Sindicatos dos Servidores, o advogado Carlos Henrique Jund criticou o escalonamento da folha de pagamento e enfatizou a necessidade de se uniformizar o crédito dos salários tanto para os servidores ativos quanto para os inativos.
“O que não pode é continuar essa degradação púbica com parte dos servidores. Ou seja, uma parte recebe antes do final do mês, uma outra parte recebe logo após o final do mês e uma boa parte recebe praticamente na metade do mês, passando por todos os problemas que se pode ter em razão disso, com atraso de conta, com impossibilidade de sobrevivência digna, isso não pode acontecer”, disse o advogado.inanceiro”, afirmou Gustavo Barbosa.
Fonte: Do G1 Rio



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