terça-feira, 15 de julho de 2014

DILMA SOBRE BRICS: "SOMOS QUEM MAIS CRESCEU"

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Em discurso durante a sessão plenária da 6ª cúpula dos Brics, que reúne líderes de Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em Fortaleza (CE), presidente diz que os países do bloco "são essenciais para a prosperidade do planeta"; "Fomos responsáveis pela mitigação dos efeitos da crise financeira global, e pelo sustentado crescimento da economia mundial", afirmou; mais cedo, Dilma Rousseff ressaltou avanço a ser obtido com criação do Novo Banco de Desenvolvimento, que terá fundo inicial de US$ 100 bilhões; "O banco vai contribuir com recursos para garantir investimentos em infraestrutura", disse; sede do Banco será em Xangai e primeiro presidente será indiano, anunciou a presidente
 Em discurso durante sessão plenária da 6ª cúpula do Brics, que reúne em Fortaleza (CE) mandatários de Rússia, Índia, China e África do Sul, além do Brasil, a presidente Dilma Rousseff afirmou que, com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do bloco e o estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas, os países Brics "ganham densidade e afirmam seu papel no cenário internacional".
No atual cenário, ressaltou Dilma, uma conjuntura de "grandes oportunidades", os países do bloco "têm a obrigação de se manifestar, de se fazer escutar, de atuar". Os membros do grupo "não podem ficar alheios às grandes questões internacionais", acrescentou. A presidente reforçou que "estamos não apenas entre as maiores economias do mundo, mas também entre as que mais cresceram nos últimos anos".
"Somos responsáveis pela mitigação dos efeitos da crise financeira global, e pelo sustentado crescimento da economia mundial", discursou, lembrando que o "ativismo" do bloco, no entanto, não deve ser confundido com o "exercício de poder hegemônico ou o desejo de dominação". Entre os temas debatidos na cúpula, disse Dilma, houve o consenso na ideia de que "apesar de uma diminuição no ritmo de seu crescimento, os países emergentes continuam a ser a força motriz". Segundo a presidente, também foi examinado "o processo de lenta recuperação econômica dos países mais ricos, como os EUA, cuja economia registrou forte contração".
Dilma finalizou dizendo que o Arranjo de Reservas firmado na cúpula atesta a maturidade da cooperação entre os países do bloco, ao estabelecer fundo de US$ 100 bilhões q apoiará as economias. No encontro, relatou a presidente, o Brasil propôs a criação de uma plataforma conjunta do Brics para o desenvolvimento de metodologias para indicadores sociais e anunciou que nesta quarta-feira haverá a primeira reunião entre os países Brics e países da América do Sul.
Abaixo, reportagens da Agência Brasil:
Banco de Desenvolvimento do Brics terá sede em Xangai e presidente indiano
Daniel Lima e Sabrina Craide - Enviados Especiais
A sede do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) será na capital da China, Xangai, e a primeira presidência do órgão será de um representante da Índia. O anúncio foi feito hoje (15) pela presidenta Dilma Rousseff após se reunir com os chefes de Estado dos países que compõem o bloco, em Fortaleza.
O capital inicial autorizado do banco será US$ 100 bilhões e o capital subscrito do banco será US$ 50 bilhões, igualmente distribuídos entre os cinco países que integram o Brics. O primeiro escritório regional do banco será na África do Sul, a primeira direção da equipe de governadores será da Rússia e a primeira direção da equipe de diretores será do Brasil. A presidência do banco será rotativa entre os integrantes do bloco.
"O banco representa uma alternativa para as necessidades de financiamento de infraestrutura nos países em desenvolvimento, compreendendo e compensando a insuficiência de crédito das principais instituições financeiras internacionais", disse Dilma.
O acordo sobre o Novo Banco de Desenvolvimento e o tratado para estabelecer o Arranjo Contingente de Reservas do Brics foram assinados pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, os ministros das finanças da Índia e da África do Sul e pelo presidente do Banco Popular da China e do Banco Central da Rússia. O presidente do Banco Central do Brasil, Alexandre Tombini, compareceu ao evento ontem (14), mas hoje retornou à Brasília para reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).
Também foi assinado durante o evento hoje um memorando de entendimento para cooperação entre agências seguradoras de crédito a exportação dos Brics e um acordo para cooperação sobre inovação entre bancos de desenvolvimento dos cinco países.
Banco do Brics vai garantir investimentos em infraestrutura, destaca Dilma
A presidenta Dilma Rousseff disse hoje (15) que está otimista com a criação do Novo Banco de Desenvolvimento do Brics e de um fundo de reservas para o bloco, que reúne cinco países – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Ao sair do hotel onde está hospedada em Fortaleza, para participar da sexta reunião de cúpula do bloco, ela ressaltou que a instituição deverá beneficiar os países emergentes e em desenvolvimento.
"O banco vai contribuir com recursos para garantir investimentos em infraestrutura. O Acordo Contingente de Reservas, com montante de US$ 100 bilhões, vai contribuir para que esse processo de volatilidade, enfrentado por diversas economias quando da saída dos Estados Unidos da política de expansão monetária, seja mais contido, mais administrado. [Isso] dá segurança, uma espécie de rede de proteção aos países do Brics e aos demais", disse a presidenta.
A criação do banco e do fundo de reserva deve ser anunciada na tarde de hoje, após reunião dos chefes de Estado do Brics. O banco terá capital inicial de US$ 50 bilhões, sendo US$ 10 bilhões em recursos e US$ 40 bilhões em garantias. Depois da assinatura do acordo para a criação, o banco terá que ser aprovado pelos parlamentos dos cinco países. O fundo terá capital inicial de US$ 100 bilhões, para os países do bloco com dificuldades financeiras.
Fonte: 247

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