O governador Luiz Fernando Pezão e sua base de deputados na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) já têm em mente a tática para tratar o pacote de medidas formulado em conjunto com a União. Ao que tudo indica, o projeto que prevê a contribuição extra dos servidores para a Previdência chegará à Casa somente no fim de março, para ser debatido no início de abril. Isso se o governo conseguir, antes, aprovar o processo de privatização da Cedae, a tomada de um novo empréstimo bancário no valor de R$ 3,5 bilhões para pagar os salários aos servidores e, em seguida, a elevação da contribuição previdenciária mensal fixa de 11% para 14%.
— O governo vai acompanhar o andamento dos acontecimentos. Caso o processo ocorra da forma que se espera, com aprovações na Alerj e no Congresso Nacional, e os salários dos servidores pagos em dia, poderemos discutir a cota extra. Caso contrário, pode nem entrar em pauta — disse um interlocutor do governo.
Hoje, o governo teme ser derrotado, caso a contribuição extra de 8% seja levada à votação sem qualquer alteração. Para piorar o clima, ontem, os servidores entraram em conflito com o Batalhão de Choque do lado de fora da Alerj.
— Não posso votar uma proposta para cortarem do salário do servidor. Eles já não estão recebendo em dia — disse Coronel Jairo (PMDB).
A alternativa para a discussão da cota extra é a redução do percentual de pretendido (8%) para, no máximo, 4%. O texto seria emendado, e a questão teria que ser tratada com a União. O termo assinado entre o governador Luiz Fernando Pezão e o presidente Michel Temer não prevê alterações nas propostas.
A respeito da elevação da cota fixa, de 11% para 14%, a perspectiva é de aprovação. O governo já conta com votos de deputados que batalharam contra o aumento no fim do ano passado.
— A conta, hoje, é de aprovar a elevação com uma margem segura. Será aprovada sem emendas — cravou um deputado próximo a Pezão.
Fonte: Extra
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