Publicação satírica 'Charlie Hebdo' publicou charges sobre o profeta Maomé e o líder do Estado Islâmico. Testemunhas disseram que terroristas gritaram 'Vingamos o Profeta'
Uma das vítimas do ataque terrorista em Paris é socorrida
Foto: Foto: Reuters
França - Doze pessoas morreram e pelo menos dez ficaram gravemente feridas num ataque terrorista contra a redação do jornal satírico francês Charlie Hebdo, em Paris. Segundo a imprensa local, três homens de origem argelina armados com fuzis e um lançador de granadas invadiram a redação e atiraram contra pessoas. O jornalista, cartunista e diretor do semanário Charlie Hebdo, Stephane Charbonnier, conhecido como Charb, e três cartunistas do jornal estão entre os mortos.
Em vídeos gravados na área do ataque ouvem-se gritos "Allahu akbar", "Deus é grande". A revista é frequentemente ameaçada por conta das charges que publica sobre o profeta Maomé (o que é uma ofensa grave para os muçulmanos) e líderes islâmicos.
O advogado do jornal confirmou à rádio France Info os nomes dos quatro profissionais da redação entre os mortos: Charb, Cabu, Wolinski e Tignous. Os cartunistas Tignous e Cabu já estavam na lista de alvos da Al-Qaeda desde 2013.
Segundo a televisão pública France Télévision, os profissionais da redação do Charlie Hebdo estavam reunidos quando ocorreu o ataque.
O presidente François Hollande colocou o país em alerta máximo e classificou o ataque como "ato de barbarismo contra a liberdade de expressão".
Os terroristas estão sendo procurados pela polícia. Trata-se do primeiro ataque terrorista em Paris em 40 anos.
Testemunhas disseram que os homens abriram fogo com fuzis Kalashnikov e depois fugiram do local. Além disso, elas relataram que os autores do ataque gritaram "Vingamos o Profeta". Luc Comovente, um funcionário do sindicato da polícia SBP, disse que eles fizeram vários disparos antes de deixar o local.
Ruas foram fechadas ao redor do prédio no rescaldo do tiroteio e a alguns metros de distância. No Boulevard Richard-Lenoir, um carro da polícia foi crivado de buracos de bala no pára-brisa, segundo o The Guardian.
O veículo francês gerou polêmica no passado com sua descrição irônica de notícias e assuntos atuais. Seu Tweet mais recente foi o desenho animado do líder do grupo Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi. Em 2011, a sede da revista foi destruída num incêndio de origem criminosa depois da publicação de um número especial sobre a vitória do partido islâmico Ennahda na Tunísia, no qual o profeta Maomé era o “redator principal”.
Uma testemunha do ataque, Benoit Bringer, disse à rede iTele ter visto vários homens mascarados armados com pistolas automáticas chegar à sede do "Charlie Hebdo", no centro de Paris.
Fonte: O Dia
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