sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

Fiocruz encontra vírus zika ativo na saliva e na urina

Fundação confirma a possibilidade de transmissão, mas diz que são necessários estudos para comprovar



O mosquito Aedes aegypti, causador da dengue e do Zika vírus. Exército deve começar a produzir repelente para grávidas (Foto: Thinkstock)


Nesta sexta-feira (5), o presidente da Fiocruz, Paulo Gadelha, confirmou a presença ativa do vírus zika na saliva e na urina, mas deixou claro que “o significado dessa descoberta na transmissão ainda deve ser esclarecido”. O anúncio foi feito durante coletiva de imprensa.
Em entrevista a ÉPOCA, o infectologista David Uip, secretário da Saúde do Estado de São Paulo, afirma não haver motivo para pânico. "Entre detectar a presença do vírus na saliva, algo que era muito provável, e confirmar a transmissão, existe uma distância enorme", diz Uip. "Não devemos mudar a forma de combater a epidemia: o importante é combater o mosquito Aedes aegypti."
Segundo o G1, a descoberta foi feita usando análises de amostras de dois pacientes com sintomas do vírus zika. Os cientistas comprovaram a atividade viral com os testes, mas ainda são necessárias pesquisas mais aprofundadas que mostrem se há riscos de infecção através de fluidos.
De acordo com Gadelha, "o fato de haver um vírus ativo com capacidade de infecção na urina e na saliva não é uma comprovação ainda, nem significa que necessariamente o será, ou que há possibilidade de infecção de outras pessoas de maneira sistêmica através desses fluidos". A necessidade de combater o mosquito Aedes aegypti não diminui com a possibilidade da contaminação por saliva e urina, diz a Fiocruz.
Na ocasião, a Fiocruz fez uma série de recomendações, em especial para as gestantes que devem evitar aglomerações e não compartilhar copos e materiais levados à boca.
Fonte: Época

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