Rio - O titular da Delegacia de Combate às Drogas (Dcod), Márcio Mendonça, remeteu ontem três investigações sobre homicídios que teriam participação do pastor Marcos Pereira — líder da Assembleia de Deus dos Últimos Dias — para a Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF). As vítimas seriam duas testemunhas que presenciaram orgias promovidas pelo pastor e poderiam denunciá-lo, além de um empresário, também assassinado.
Outros casos envolvendo o pastor continuam sendo apurados e
distribuídos para delegacias especializadas. Também ontem, uma mulher depôs na
Dcod e contou que foi estuprada pelo religioso quando era menor de idade. “Vamos
enviar esse inquérito para a Deam (Delegacia Especial de Atendimento à Mulher)
de São João de Meriti, onde houve o estupro”, esclareceu Mendonça.
Marcos reza em culto numa carceragem em
2004
Foto: Alexandre Brum / Agência O Dia
O pastor — preso na noite do dia 7 deste mês por estupro de duas
mulheres e suspeito de pelos menos mais 20 casos semelhantes — já está indiciado
pelos abusos e ameaças a testemunhas. Segundo o delegado Márcio Mendonça, outras
investigações procuram esclarecer denúncias de que ele teria escondido armamento
do tráfico em sedes da igreja.
Conforme O DIA publicou na quarta-feira, Marcos Pereira foi flagrado em escutas telefônicas autorizadas pela Justiça mantendo diálogos de teor sexual com fiéis da igreja.
Numa das conversas, ele pede a uma mulher que leve uma jovem de 16 anos de idade — que seria filha de um chefão do tráfico de drogas e ligado ao Comando Vermelho — a seu apartamento em Copacabana, onde supostamente, ocorreria uma orgia. Ele se refere à adolescente como “uma safada”.
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